Aos poucos vai saindo do chão a promessa de financiamento aberto para expandir as possibilidades de crédito para aqueles que concordam em compartilhar informações entre bancos. Apenas uma instituição financeira aumentou sua oferta de crédito em mais de meio bilhão de reais em 2023. A oferta também é mais assertivo entre instituições: a precisão na concessão de crédito é de seis a oito vezes maior usando dados financeiros abertos.
Os dados fazem parte do relatório anual sobre o sistema financeiro aberto.
Os produtos de crédito, aliás, são o grande ‘filão’ para gerar receitas incrementais para as instituições. Até 2026, poderão gerar o equivalente a R$ 42 bilhões em negócios para o setor de serviços financeiros no país.
A estimativa é da consultoria PwC Brasil, quais projetos que a partir do uso de financiamento aberto pelos clientes, as principais oportunidades para os bancos relacionadas ao crédito sãorespectivamente, o crédito pessoal não consignado (R$ 6,8 bilhões), o empréstimos consignados (R$ 6,7 bilhões) e crédito imobiliário (R$ 4 bilhões) – valor que representa R$ 17,5 bilhões.
Em todas as categorias, oferecer crédito personalizado ao cliente é uma das oportunidades a ser explorada pelas instituições financeiras, afirma a consultoria. Isso acontece porque para o as informações analisadas são atualizadas em tempo realum ganho em comparação com outras fontes de dados tradicionais, como uma agência de crédito, por exemplo.
Finanças abertas também permite combinar fontes de informação para comprovar renda. Nesse caso, o cliente sem renda formal é analisado com base no recebimento de valores de benefícios sociais e despesas de aluguel e em plataformas como aplicativos de transporte, por exemplo.
Ó BV é uma das instituições em que o histórico financeiro do open finance começou a ser utilizado para verificação de receitas. Portanto, no primeiro trimestre de 2024, 50% dos clientes que compartilharam dados tiveram aumento de renda e acesso a linhas de crédito mais adequadas ao seu perfil e necessidades.
Já clientes que possuem um bom histórico de pagamentos em outras instituições financeiras agora têm acesso a financiamento de carro com entrada média 10% menor.
Para que isso aconteça, há um trabalho semelhante ao de transformar “petróleo em combustível”, explica. Fabrício Violinogerente executivo de finanças abertas na BV.
“Os dados compartilhados pelo usuário são brutos, assim como a extração de petróleo do fundo do mar. Depois é preciso refinar os dados, o que pode ser feito internamente ou por meio de empresas parceiras que padronizam as informações. Só a partir desse momento é que se pode pensar em algum benefício que esteja disponível ao usuário de forma imediata e que não frustre suas expectativas”, resume.
O crédito mais barato, claro, é o principal benefício esperado por quem precisa dos recursos. O Banco Central ainda não possui elementos suficientes para medir o ritmo de queda dos preços por meio do financiamento aberto, mas acredita que a maior concorrência entre os bancos é um vetor para a diminuição do custo.
O motivo é simples: o financiamento aberto permite que uma pessoa que precisa de um empréstimo receba uma proposta de crédito da instituição onde já é cliente e de outras com as quais não tem relacionamento. Ao analisar o histórico bancário e financeiro, as instituições apresentam o valor que podem conceder, a que taxas de juros e condições de pagamento. A pessoa pode comparar as possibilidades e escolher a que mais lhe convém. Isso poderia levá-la a abrir uma conta em uma instituição que ela não havia considerado anteriormente, por exemplo.
De olho nesse potencial, Sicredi, Esforços são feitos para garantir que, a partir da abertura de novas contas, os clientes sejam informados sobre o que é o sistema financeiro aberto e porque devem partilhar dados. Recentementea cooperativa agora permite compartilhamento de histórico financeiro via Whatsapp. Utilizando o atendente virtual da instituição, o usuário escolhe de onde quer trazer seu histórico financeiro e o período em que deseja compartilhar seus dados.
“O financiamento aberto nos dá uma grande oportunidade de gerar os benefícios que os associados buscam, principalmente por meio de soluções de concessão de crédito e limites de cartão. A nossa participação no open finance é voluntária, mas achamos importante aderir porque nos permite levar a relação para o próximo nível”, afirma Paula Daniela Fantinel, gerente de finanças abertas Sicredi.
Leandro Pianovice-presidente de finanças da Belvouma fintech que oferece soluções de financiamento aberto, destaca que, mais do que criar um novo mercado de crédito, o ecossistema permitiu melhoria na curva de inadimplência e qualificação dos produtos.
“É um mundo novo para as instituições. É uma nova forma de gerir dados, que traz o desafio adicional de gerir as expectativas entre o utilizador e a instituição financeira.”
A visão é compartilhada por Jimmy Luisuperintendente de Inovação e Open Finance da Banco BV. “O chassi tecnológico do sistema financeiro está a mudar e estamos num momento em que devemos utilizar a infraestrutura de financiamento aberto para melhorar os produtos existentes, em vez de criar coisas novas a partir dela. Mas daqui a cinco ou dez anos, olharemos para trás e perguntaremos como estendemos o crédito sem essas viagens”, resume.
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