Cidade Tiradentes sofre com ‘isolamento’ e poucos empregos; Lajeado e Guianases com coleta de lixo | São Paulo

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A série ‘O que falta no seu bairro’ visitou as subprefeituras de Guaianases e Cidade Tiradentes, na Zona Leste, nesta segunda-feira. A região abriga os bairros de Guaianases, Lajeado e Cidade Tiradentes, locais muito afastados do centro.

Cidade Tiradentes foi historicamente isolada, segundo moradores. O local abrigou famílias pobres que passaram a morar em conjuntos habitacionais construídos no final do século XX. Após a década de 2000, começaram a chegar equipamentos públicos. Mas o impacto do isolamento ainda é observado, principalmente nas opções de transporte público.

Não há transporte coletivo em Cidade Tiradentes. A 35 quilômetros do centro, a sensação de isolamento torna-se maior. A situação se agrava porque o bairro é considerado um bairro dormitório, fazendo com que as pessoas se desloquem diariamente para locais onde há opções de trabalho. Isso porque os empregos não estão aqui.

Segundo o ranking da Rede Nossa São Paulo, Cidade Tiradentes é o pior bairro da cidade em termos de ofertas formais de emprego. Existem apenas três empregos formais para cada 100 pessoas em idade economicamente ativa.

Em Lajeado e Guaianases a situação melhora um pouco. Os bairros são atendidos pela Linha 11-Coral da CPTM e há maior oferta de empregos formais. Mas as dificuldades ainda são observadas pela população.

O segurança Gilberto Dantas, que mora no bairro Vila Chabilândia, em Lajeado, há 20 anos, diz que falta muita coisa à população. Ele destaca a coleta de lixo, que haveria muito nas ruas.

Em Guaianases, a reportagem capturou cenas de total descaso com a coleta de lixo. Na Avenida Professor João Batista Conti e na Rua Luís Mateus, por exemplo, a calçada está coberta de lixo. É difícil e até perigoso (devido à contaminação por doenças) a passagem de pedestres por ali.

Ronnie Von Miranda, morador de Guaianases, reclama da falta de segurança e da baixa frequência dos ônibus, que, segundo ele, demoram para chegar aos pontos de ônibus. Ele, que é atleta de atletismo, também afirmou que faltam equipamentos esportivos.