O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (20) que era uma “vergonha” para o Comitê de Política Monetária (Copom) Ter Ontem foi interrompido o ciclo de cortes na taxa básica de juros do país. Para o presidente, quem perdeu com esta decisão, de manter a taxa Selic em 10,5%, foi o “povo brasileiro”. Lula também acusou o Banco Central (BC) de “investir no sistema financeiro” e “em especuladores que ganham dinheiro com juros”.
“Foi uma pena o Copom ter mantido os juros porque quem perde é o povo brasileiro. Quanto mais altos os juros, menos dinheiro sobra para investirmos aqui. [do Brasil] A decisão do BC não foi investir no povo brasileiro, foi investir no sistema financeiro, nos especuladores que ganham dinheiro com juros”, disse o presidente durante entrevista à rádio “Verdinha”, em Fortaleza (CE) .
A reação do mercado financeiro foi praticamente imediata. Após os discursos de Lula, a alta do Ibovespa perdeu força. Anteriormente, a bolsa brasileira vivia um raro momento de bom humor generalizado com os ativos de risco justamente pela unanimidade no Copom. Por volta das 13h20, o índice subia 0,09%.
O dólar à vista, que vinha em queda até então, voltou para o campo positivo a partir das 12h20. O câmbio segue em alta e já atingiu R$ 5,46 na máxima da sessão até o início da tarde. Às 13h20, o dólar subia 0,4%.
As taxas de juro dos futuros, que operavam em níveis baixos ao longo de toda a curva a prazo, também inverteram a tendência e começaram a subir no longo prazo, o que reflecte a percepção do risco fiscal no mercado.
Mais críticas a Campos Neto
Lula mais uma vez zombou do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao argumentar que ele tem “tanta autonomia” quanto Henrique Meirelles, ex-presidente do BC, teve durante seus primeiros mandatos como presidente da República.
“O presidente da República nunca interfere nas decisões do Copom ou do BC. Meirelles tinha autonomia tanto comigo quanto com quem está lá [Roberto Campos Neto]. Eles resolveram [no Congresso] entende que deve ser nomeado um presidente do BC que tenha autonomia financeira. Autonomia do BC em relação a quem? Para servir quem? Servir a quem?”, questionou, em tom irônico.
Por fim, o Presidente da República acusou os bancos brasileiros de preferirem “ganhar dinheiro” com juros elevados em vez de oferecerem crédito. “Porque é que a taxa de juro que pagamos não se transforma numa despesa? Os bancos privados preferem, em vez de oferecer crédito, lucrar com taxas de juro elevadas”, acrescentou.
No comunicado divulgado ontem pelo Copom, o painel destacou que um cenário global incerto e o cenário doméstico “marcado pela resiliência da atividade, projeções de inflação crescente e expectativas não ancoradas” exigiriam maior cautela em relação aos juros.
Além disso, o comitê não assumiu compromissos explícitos com a trajetória da Selic nas próximas reuniões e destacou que permanecerá vigilante e que “quaisquer ajustes futuros” deverão ser ditados “pelo firme compromisso com a convergência da inflação à meta”. Destacou também que a política monetária deve permanecer contracionista “por um período de tempo suficiente a um nível que consolide não só o processo de desinflação, mas também a ancoragem das expectativas em torno dos seus objetivos”.
Conteúdo publicado no Valor PRO, serviço de informações em tempo real da Valor Econômico.
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