A produção de uvas da empresa no Vale do São Francisco recebeu excesso de umidade e sofreu queda de 15% no primeiro semestre. As chuvas acima da média na região do Vale do São Francisco no primeiro trimestre deste ano não pouparam os vinhedos da Miolo em Casa Nova, na Bahia. Com a alta umidade, a vinícola gaúcha deverá sofrer queda de 15% na produção na primeira metade da safra (de março a agosto), e espera recuperar a produção de uvas nos meses seguintes. Neste cenário de instabilidade climática, a empresa planeja investimentos no aumento da área de plantio e também no cultivo de variedades mais adaptadas à região do Vale do São Francisco. Saiba mais taboola “O normal aqui é que faz calor o ano todo, e nossa expectativa de agora até o final do ano é voltar a trabalhar [com] o normal para a região”, afirma o enólogo e gestor da quinta Terra Nova, Miguel Almeida. Com 200 hectares, a propriedade foi adquirida pela Miolo em 2001 e especializou-se na produção de espumantes devido às características da região. O clima quente e seco, mas com disponibilidade hídrica às margens do Rio São Francisco, garante a colheita precoce de castas adaptadas às altas temperaturas, com destaque para as uvas shiraz e chenin blanc. “Regiões muito quentes podem gerar vinhos cansativos, com baixa acidez e muito álcool. Daquele que você bebe o primeiro copo e não tem vontade de repetir”, comenta o enólogo. Para evitar esse problema, a Miolo investe em uvas com maior acidez — por isso investe também nas castas Trebbiano e Francesa Colombard, menos conhecidas, mas com alto potencial de produção para a região. Dos R$ 8 milhões de investimentos previstos para este ano, R$ 3 milhões serão destinados à região do Vale do São Francisco, que receberá, pela primeira vez, as novas variedades. A ideia é garantir a qualidade do vinho mesmo em anos em que o clima reduz o volume produzido — exactamente o que aconteceu no primeiro semestre deste ano, período que abrange o final da colheita 2023/24 e o início da colheita. 2024/25. A inspiração veio de outras regiões que produzem um clima mais quente, como a Austrália e o Alentejo, em Portugal. “O francês Colombard, por exemplo, já havíamos plantado em nosso vinhedo do Sul, gostamos da adequação para os anos mais quentes e trouxemos para cá”, detalha. Outra medida adotada pela vinícola é a mudança na forma de poda das vinhas, que na região recebem um tratamento diferenciado para aguentar o clima mais quente. Enquanto no Sul as plantas são mantidas com esporas de até três gemas (área do caule onde as plantas rebrotam), no Vale do São Francisco é necessário manter pelo menos oito gemas para evitar a morte das as videiras. “De repente, com muitos brotos e muita água, o microclima fica diferente e temos que agregar mais mão de obra para fazer a desfolha e nos adaptar porque o clima está mudando, sim, mas também tem que mudar a forma de produzir” , defende Almeida.
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