Ó dólar em dinheiro encerrou a sessão desta sexta-feira (21) com leveza cair, interrompendo a sequência de cinco altas consecutivas da moeda americana. Os operadores mencionaram algum ajuste na percepção de risco, após os aumentos sequenciais, embora essa correção tenha sido ameaçada e até limitada diante dos novos comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a atuação do Banco Central e também sobre o desvalorização da moeda brasileira. Apesar da queda de hoje, dólar tem valorização de 1,10% desde segunda-feira (17), quinta semana consecutiva de ganhos frente ao real.
Terminadas as negociações, o dólar à vista apresentou desvalorização de 0,39%, cotado a R$ 5,4410, após ter tocado a mínima de R$ 5,4237 e atingido a máxima de R$ 5,4620. O euro comercial encerrou a sessão com queda de 0,51%, a R$ 5,8171. Durante a semana, o euro valorizou-se 0,98%. No exterior, hoje, o dólar se manteve forte, com o índice DXY subindo 0,22%, aos 105.817 pontos, perto das 17h05.
A sessão desta sexta foi mais uma vez marcada pelo dólar forte no exterior. Diante disso, o real mais uma vez teve dificuldade para recuperar as perdas recentes, o que para alguns operadores pode servir como termômetro da cautela dos agentes de mercado em relação ao Brasil.
O chefe de câmbio de uma instituição financeira local diz, sob condição de anonimato, que a taxa de câmbio interna tem sido infeliz, uma vez que os seus espaços de recuperação coincidem com momentos de dólar forte a nível global. “Não se pode negar que a decisão do Copom foi positivo. A parte longa da curva de juros caiu nos dois dias seguintes ao Copom. Por esse termômetro podemos dizer que foi uma decisão bem recebida”, afirma. “Se essa longa parte da curva de juros continuar se acalmando e caindo, o real vai se recuperar em breve. Na verdade, a moeda está defasada em relação a outros ativos, mas me parece circunstancial porque o dólar está forte lá fora.”
Na mesma linha, a Wagner Investimentos diz acreditar que pode haver alguma realização da moeda americana. Por enquanto não há recomendação de compra no médio prazo, sendo recomendada compra próxima ao patamar de R$ 5,30. Em relação às vendas, a Wagner Investimentos recomenda negociações quando o câmbio estiver próximo do patamar de R$ 5,50 por dólar. “Ainda existe o risco do dólar chegar a R$ 5,50 este mês na formação da Ptax [de fim de mês], conforme indicado pelo mercado de opções. Portanto, não recomendamos exagerar na venda, mantendo uma posição vendida entre o mínimo e a média da política de hedge.”
Apesar da queda de hoje, o dólar valorizou 1,10% na semana. A leitura do economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, é que o governo não recuperará a confiança dos investidores enquanto continuar pressionando pelo ajuste fiscal por meio de maiores receitas. “Até porque o governo está em uma posição ruim no Congresso, com pouca força na Câmara e no Senado, e dificilmente conseguirá aprovar qualquer medida favorável do ponto de vista arrecadatório.”
Velloni diz ainda que os agentes do mercado já conhecem a atuação dos governos petistas na economia, o que os torna mais cautelosos. “O PT tem um histórico de querer alcançar crescimento econômico com a inserção de crédito. Assim, você reduz as taxas de juros, aumenta o crédito e impulsiona artificialmente a economia. Mas hoje não há tanto espaço para isso”, afirma. “Porque justamente a função risco impede que você baixe os juros, ainda mais porque esse mesmo risco também está pressionando o dólar [que exerce pressão inflacionária]”, ele afirma.
Na tarde desta sexta-feira, o presidente Lula criticou mais uma vez a atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O presidente afirmou que o chefe do BC é um “adversário político e ideológico”. Ainda durante seu discurso, Lula afirmou que a desvalorização do real frente ao dólar não preocupa o governo. “Como só existe um lugar que fabrica o dólar, quando mudam a moeda, isso nos afeta aqui”, disse.
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