Abradeeuma associação que representa distribuidoras de energia, divulgou comunicado, nesta sexta-feira (21), dizendo que a publicação do decreto com diretrizes para prorrogação dos contratos de concessão gera estabilidade regulatória e segurança jurídica. No entanto, a entidade sublinha que o texto levanta preocupações para o setor, com “critérios desafiadores, que exigirão mais investimentos e custos adicionais”.
O decreto reúne 17 diretrizes e atinge diretamente 20 distribuidoras de energia que atendem 57 milhões de consumidores, com rescisões contratuais previstas para o período de 2025 a 2030. As concessões são controladas por sete grandes grupos industriais — NeoenergiaEnel, CPFL, Equatorial, Energisa, Luz e EDP — e representam cerca de 60% do segmento de distribuição.
Segundo a associação, temas relevantes como eventos climáticos extremosque interferem diretamente na operação de distribuição de energia, entre outros serviços básicos à sociedade, devem receber atenção especial durante a regulamentação técnica do Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A Abradee destaca que seus impactos muitas vezes são imprevisíveis e fogem ao controle dos distribuidores, como os recentes acontecimentos ocorridos em todo o país.
O que motivou o governo a incluir este tema foi o caso da Enel São Paulo. Em novembro de 2023, fortes chuvas provocaram um apagão na área de concessão da empresa, deixando 2,1 milhões de unidades consumidoras sem energia elétrica. Outra situação notável ocorreu no RioGrande do Sul, em abril de 2024, quando uma tempestade destruiu parte da infraestrutura elétrica do Estado, deixando milhares de pessoas sem energia elétrica por mais de um mês.
“É importante que a regulação considere prazos adequados de adaptação e transição para as novas regras, respeitando as especificidades e diferenças de cada área de concessão de um país continental como o Brasil”, diz a nota.
A nova regra também exige que as concessionárias transfiram postes e outras partes da infraestrutura de distribuição de energia elétrica para exploração comercial para estabelecer redes de telecomunicações, o “posteiro”, no jargão do setor. As distribuidoras afirmam que a transferência desta infra-estrutura não deveria ser obrigatória.
O texto também abre a possibilidade de a Aneel, em caso de descumprimento de indicadores de qualidade técnica, comercial e econômico-financeira, estabelecer limitações ao pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, respeitados os limites mínimos legais, além de limitar novos atos jurídicos e transações entre a concessionária e suas partes relacionadas.
“A norma que limita a distribuição de dividendos aos acionistas poderia violar as bases legais que sustentam o fluxo de investimentos na economia. Esse dispositivo poderia desviar investimentos, impactando diretamente nos serviços prestados aos consumidores”, afirma a entidade
A associação acrescenta ainda que, nos últimos 30 anos, as regras contratuais foram cumpridas e os investimentos no setor levaram à universalização do acesso à energia elétrica no país, com 99,8% dos lares brasileiros atendidos. As distribuidoras são responsáveis pela geração de 200 mil empregos e planejam investir cerca de R$ 130 bilhões nos próximos quatro anos.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo