A bolsa de energia N5X, formada a partir da joint venture entre a European Energy Exchange (EEX) e a L4 Venture Builder, um fundo apoiado pela B3, iniciou operações nesta quinta-feira (20). A expectativa é aumentar a liquidez do mercado energético brasileiro, atuando como contraparte central ou “clearing”, que registrará, verificará, conciliará e liquidará as ordens de compra e venda.
Com sede em São Paulo, contará com o apoio da EEX, bolsa de energia presente em mais de 21 países. Suas plataformas são dedicadas à negociação de diversos ativos, como eletricidade, gás natural, créditos de carbono, bem como frete e produtos agrícolas.
A ideia é oferecer negociação de derivativos de energia, instrumentos que protegem contra oscilações de preços e atraem investidores. Porém, num primeiro momento, a plataforma se limitará a formalizar negociações de compra e venda de energia para acelerar e personalizar as operações no mercado livre, segmento em que o consumidor pode escolher seu fornecedor de energia e estabelecer contratos por fonte, prazo ou preço.
Em entrevista com Valoro presidente da N5X, Dri Barbosa, afirma que as operações começam com mais de 160 empresas já cadastradas, incluindo os principais grupos de energia do país, como Cemig, CopelCasa dos Ventos, Raízen, AurenGalp, Danske, Assaí Atacadistaentre outros.
Segundo o executivo, assim como acontece com outros mercados financeiros, a negociação de energia está sujeita a riscos de preço, liquidez e crédito. Inicialmente, as transações em novos mercados são geralmente realizadas no mercado de balcão, bilateralmente. Contudo, à medida que cresce o número de participantes e aumenta a complexidade na gestão das obrigações contratuais, surge a necessidade de uma solução mais padronizada e centralizada.
“Em 2023, 37% do consumo de energia no Brasil estava no mercado livre de energia. Vivemos um momento em que este mercado será aberto em 2024. Contudo, 71% das negociações são feitas bilateralmente e a formalização também é o caso, ou seja, não passa por nenhuma plataforma. Entendemos que fazia sentido começar pela formalização”, afirma.
As negociações no mercado livre também precisam registrar a operação na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em até 30 dias após o mês de consumo. No longo prazo, o objetivo é trazer o mercado financeiro para o setor, acompanhando a evolução dos países que passaram pelo processo de liberalização.
Para atuar como contraparte central das operações (câmara de valores, no jargão do mercado financeiro) e administrar o risco de mercado, a empresa precisa de autorização do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que deve ser emitida entre 2026 e 2027.
O N5X nasceu como concorrente do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), plataforma privada regulada pela CVM que hospeda um terço dos contratos de entrega física registrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Só neste ano, a BBCE já gerou R$ 40 bilhões em 40 mil operações. Além disso, a BBCE também realiza a negociação e registro de derivativos de energia.
“O mercado está preocupado com a questão da governança neutra e quer operar em uma plataforma onde não há participantes do mercado por questões de segurança da informação e possíveis possibilidades de manipulação de preços”, afirma Barbosa.
Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
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