Professor, filósofo e ativista americano Ângela Davis elogiou o educador brasileiro Paulo Freire, a quem chamou de “o mais importante filósofo da educação”, e afirmou que se o mundo seguisse seus ensinamentos não haveria conflitos como a guerra que ocorre na Faixa de Gaza, no Oriente Médio. As declarações foram feitas esta sexta-feira durante o Festival LED.
Davis, um dos mais importantes pensadores antipunitivos, participou do primeiro painel do evento, que acontece esta semana no Museu do Amanhã, na zona portuária do Rio. O painel, mediado pela jornalista Aline Midlej, teve como tema “A educação como caminho para a liberdade”.
“Pessoas de todos os cantos do mundo têm muito a aprender com Paulo Freire. Talvez, se tivessem tido em conta os ensinamentos de Freire, não estaríamos envolvidos em crises globais como a guerra em Gaza. Porque as pessoas verdadeiramente educadas sabem que ser livre é partilhar a liberdade com a comunidade”, disse Davis. “O Brasil deu ao mundo um dos mais importantes filósofos da educação.”
Filha de dois educadores, Davis afirmou que a educação é o pilar essencial da sociedade, mas disse que a educação por si só não é “suficiente”.
“Não podemos pensar a educação de forma abstrata. A educação tem que estar ligada à habitação e à capacidade de viver. A educação por si só não é suficiente. Como os Panteras Negras defenderam desde o início, se as crianças não tiverem o suficiente para comer, não aprenderão”, disse Davis, citando o grupo americano do qual fez parte e que lutou pelos direitos civis no país desde a década de 1960 até década de 1980. .
O filósofo americano afirmou que uma das funções primordiais da educação é “libertar os outros” e que “o conhecimento é o oposto da escravidão”. Na opinião de Davis, a educação não é simplesmente a acumulação de factos, mas a capacidade de os analisar criticamente e questioná-los.
O americano ressaltou que o aprendizado deve ser algo constante ao longo da vida, pois ninguém tem capacidade de saber tudo. Davis aproveitou esse momento em seu discurso para criticar os ex-presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump. Sem nomeá-los, o filósofo mencionou que são pessoas que pensam que “sabem tudo”.
“Quando pensamos que sabemos tudo, é aí que começam os problemas. Você sabe, é aí que surgem figuras como a pessoa que já foi presidente deste país, ou a pessoa que está tentando se tornar presidente dos Estados Unidos.”
O ex-chefe da Casa Branca deverá concorrer este ano à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. A convenção nacional republicana, quando Trump se tornará candidato oficial, está marcada para 18 a 21 de julho.
Davis continuou: “À medida que seguimos o caminho de adquirir educação e aprender mais, ficamos mais conscientes de que não sabemos nada. Acho que é tão importante entender o que não sabemos quanto entender o que sabemos.”
O Festival LED — Luz na Educação é uma organização da Globo e da Fundação Roberto Marinho em parceria com a plataforma Educação 360, da Editora Globo. O evento já está em sua terceira edição e tem como objetivo debater o futuro da educação e formas de democratizá-la.
Na abertura do painel foi executada a música “Sweet Black Angel”, música feita em homenagem a Angela Davis. A música foi tocada pelos Batuqueiros do Silêncio, banda formada por músicos surdos.
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