Líder da empresa de tecnologia chinesa conhecida pela criação do WeChat afirma que a empresa quer trazer para o Brasil uma nova forma de pagamento que faz sucesso no país asiático. CEO da Tencent, Tom Petreca, afirma que empresa pretende trazer para o Brasil o formato de pagamentos com a palma da mão Divulgação Uma das maiores e mais influentes empresas asiáticas de tecnologia, a Tencent quer levar alguns de seus serviços populares na China para os brasileiros . Conhecida pela criação do WeChat, uma espécie de versão chinesa do WhatsApp, mas com vários outros serviços integrados, a empresa vê oportunidades no Brasil para importar o modelo de superaplicativo, afirma Tom Petreca, executivo que lidera a Tencent Cloud na América Latina , em entrevista ao GLOBO. Para ele, os superapps podem ser uma oportunidade para o Brasil avançar no Open Finance, compartilhamento de dados entre instituições financeiras para estimular a concorrência. O executivo também vê benefícios no modelo que integra diversos miniapps em uma única plataforma. A empresa também quer levar “até o final do ano” ao comércio a tecnologia de pagamento sem celular, cartão ou qualquer outro aparelho, apenas na palma da mão, lançada recentemente na China, diz Petreca, que tem como missão avançar no o competitivo mercado brasileiro de computação em nuvem. Como a Tencent Cloud opera na América Latina? A Tencent Cloud Americas cuida dos EUA e da América Latina. Hoje, para o Brasil, temos uma equipe comercial, uma entidade brasileira, com faturamento em reais e seguimos os mesmos padrões de qualquer outra empresa que faz negócios aqui. Temos cerca de 50 funcionários e revendemos todas as nossas tecnologias. Temos jogos, videogames, superapps… O grupo foi criado justamente para posicionar a Tencent no mercado internacional como uma empresa de tecnologia, como AWS para Amazon, Google Cloud para Google e Azure para Microsoft. Como e quando surgiu esse braço da empresa? A Tencent Cloud surgiu há dez anos da necessidade de várias empresas globais se expandirem para a China. Sem entender o mercado local, firmaram parcerias com a Tencent. Nosso maior mercado se chama Go China, de empresas que compram regionalização de serviços, plataformas e suporte. Walmart e Microsoft, assim como outros grandes nomes, são de alguma forma clientes da Tencent. Além disso, em vez de vender a sua marca fora da China, concorrendo com diversas outras empresas, a Tencent optou por um mercado de investimentos. Hoje possuímos diversas empresas globais, através do nosso Venture Capital (braço de investimento de risco). O setor ‘nuvem’ conta com empresas já bem estabelecidas no Brasil e com alta concorrência. O que diferencia a Tencent? É um mercado saturado, mas não estamos focados em ganhar participação no mercado de nuvem neste momento. Nossa estratégia não é enfrentar essas empresas no que diz respeito aos seus itens mais básicos. Então, como ganhar participação de mercado? Primeiro, com o preço. Um dos focos são os clientes que sofrem com custos de nuvem, que conseguimos reduzir em mais de 30%. Em segundo lugar, a nossa plataforma é super simples de usar. Você não precisa ter conhecimentos avançados. Também estamos focados em novas tecnologias de nuvem, com super apps e serviços de live commerce e streaming. É um trabalho de marca que nós, como empresa, temos que fazer. Como expandir os superapps no Brasil? O serviço é semelhante ao WeChat? Não é WeChat, mas é a mesma tecnologia, que podemos licenciar para empresas no Brasil. É um serviço, uma plataforma de desenvolvimento. O primeiro ponto é não confundir superapp com marketplace (portal de e-commerce). O superaplicativo é uma experiência nova, um ecossistema que, assim como o WeChat, faz parte do dia a dia do usuário. Ao acordar pela manhã, ele abre um miniaplicativo dentro do superapp onde lê as notícias, acessa as redes sociais, trabalha, faz pagamentos, envia mensagens, acessa um documento, lê um livro, assiste a um vídeo. São miniaplicativos integrados em uma única plataforma, com seus meios de pagamento, autenticação e serviços. E os miniapps herdam todos os recursos de pagamento, segurança e autenticação do superapp. Como você vê esse negócio crescendo no Brasil? Foi assim que surgiu a ideia da Open Platform, que é o WeChat aberto. Qualquer um pode criar um aplicativo e colocá-lo no WeChat, tornando-o acessível a 1 bilhão, quase 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. A partir disso, a Tencent criou este serviço que é a plataforma do programa Tencent Cloud Mini. É um produto baseado na estrutura WeChat. Ele permite que qualquer empresa replique um ecossistema de superaplicativos como o WeChat. Imaginamos que os interessados venham de três grandes setores: governo, setor financeiro e empresas de telecomunicações. Eles são o foco principal porque já possuem grandes bases de clientes. WeChat domina o mercado na China. Com vários superapps no Brasil, não criaria competição entre eles? Concordo. Se existirem vários superapps, poderemos acabar na mesma situação que temos hoje. Mas o ponto aqui são os miniaplicativos, que não têm correlação com um único superaplicativo. As empresas podem criar esses miniaplicativos que podem ser vinculados a superaplicativos de outras empresas. Essa é a grande vantagem do WeChat. O que poderia acontecer no Brasil é justamente isso: empresas entregam seus miniapps para superapps de outras empresas. Como funciona o pagamento com a palma da mão e quais os planos para trazê-lo para o Brasil? É um dispositivo com duas câmeras. Lê-se a forma e as linhas das mãos. A outra é uma câmera térmica que identifica o calor nas veias das mãos. É um sistema muito mais seguro que a identificação biométrica facial. Nosso sistema é totalmente antifraude em um momento em que a biometria facial se tornou mais sensível. Temos casos (desta tecnologia) em execução na China e em outros países, como a Indonésia. É utilizado principalmente em locais como academias, aeroportos, parques de diversões e hotéis. Para que o serviço comece a operar no Brasil, ainda precisamos da certificação de comercialização da Anatel. Estamos nessa fase, ainda não temos uma estimativa de quando será aprovado, mas temos um foco muito forte nisso. Nossa meta é lançar até o final deste ano. Queremos ter o sistema em funcionamento o mais rápido possível porque já está pronto. Que mercado você vê no Brasil para esse serviço? Você pode instalar os aparelhos em agências bancárias, caixas eletrônicos, correios, casas lotéricas… Pode ser útil, por exemplo, para realizar prova de vida (no INSS). Não há forma mais assertiva de autenticar a identidade de uma pessoa do que através da sua mão, viva, pulsante. Isso é o que é revolucionário. Também podemos utilizá-lo em transportes públicos, aeroportos… O que imagino é o que aconteceu na China, um país que há anos não depende de dinheiro físico e muito menos de cartões de crédito. Esses dados financeiros interconectados são bastante sensíveis. Como a Tencent garante a segurança? A Tencent, dentro do superapp, não disponibiliza a parte bancária. Não somos bancos e nunca seremos. Nossa ideia não é administrar dinheiro. Este continua a ser o papel do banco. O que vamos oferecer é uma plataforma de transação aberta entre dois mundos que é o banco versus os serviços que eles podem integrar de forma simples. A parte bancária continua a pertencer ao banco. Não teremos acesso a informações financeiras. A única coisa que veremos são as transações que acontecem no superapp. A Tencent possui todas as certificações de qualquer outro player no Brasil. O que fazemos é integração.
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