A ascensão da empresa foi meteórica: Só no último mês, o valor das ações atingiu 19,30% e, no acumulado do ano, as ações subiram 164,10%. Parecia caro? Nada disso: a ação continua quase unânime entre os analistas do mercado financeiro.
Dados compilados no terminal Bloomberg aponta que 64 especialistas recomendam atualmente a compra do papelincluindo analistas bancários como Wells Fargo, Citi, HSBC, UBS, Goldman Sachs, BNP Paribas, Barclays, Banco da América, JP Morgan Isso é Morgan Stanleyalém do gerente Bernstein. Apenas seteincluindo o Deutsche Bank, indica a manutenção da aplicação e um indica a venda do investimento.
Márcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise de Nvidia para a América Latina, conta a trajetória da empresa até o momento. “Não queremos liderar um mercado, mas sim criar novos. Estimamos que nosso mercado valha atualmente US$ 68 bilhões. Até o final do ano, devemos ultrapassar US$ 100 bilhões, mas acreditamos que o segmento de software de IA poderá atingir US$ 43 trilhões.”
Há mais de dez anos na empresa, o foco de Aguiar é desenvolver mercados de inteligência artificial e ampliar o uso das plataformas de software e hardware da empresa. O executivo tem mais de 25 anos de experiência em vendas de TI e é formado em administração pela Universidade Loyola Marymount, em Los Angeles, Califórnia. Veja abaixo a entrevista concedida pelo executivo ao Valor Investir:
Valor investe: Como a empresa passou da venda de unidades de processamento gráfico à venda de sistemas para clientes e como essa mudança levou a um aumento significativo no valor da empresa?
Márcio Aguiar: A Nvidia fundou um ecossistema para aproveitar ao máximo seus produtos. A empresa começou em 1999 com foco em plataformas de jogos. Em 2003, descobrimos que profissionais, como arquitetos, utilizavam nossos produtos para criar gráficos tridimensionais. Então decidimos criar produtos também para esses profissionais.
Em 2006, lançamos a computação de alto desempenho, que atende às principais aplicações de físicos, químicos e biólogoscuja atividade requer muitos cálculos.
Em 2012, foi criada uma unidade de processamento gráfico (GPUs) para servir redes neurais para classificação de imagens., em que pesquisadores venceram um concurso utilizando técnicas inovadoras. Nós os abordamos para entender o que precisavam para criar uma rede neural mais complexa. Vimos que era necessário um alto nível de processamento, o que seria necessário na IA no futuro.
Hoje, fornecemos arquitetura de hardware e plataforma de software para GPUs. Caso a empresa não possua desenvolvedores, nós fornecemos os aplicativos. A empresa pode contratar quatro deles e criar seu próprio ChatGPT. Atualmente temos mais de 150 em nosso portfólio.
Mais de 5 milhões de desenvolvedores também fazem parte do nosso ecossistema, criando mais de 3 mil aplicativos. Ainda temos 15 mil startups para os quais fornecemos conhecimento e que posteriormente poderão ser adquiridos por empresas que adquirirem nossas GPUs.
Finalmente, 40 mil clientes utilizam nossos produtos. Quando a Microsoft afirma ter mais de 50.000 clientes usando o Copilot, ela está consumindo dados de nossas GPUs. A OpenAI usou nossas bibliotecas e outros aplicativos abertos do mercado para construir o ChatGPT.
Valor investe: O que diferencia a Nvidia de concorrentes como ASML e AMD?
Márcio Aguiar: Vemos empresas desenvolvendo chips como a Nvidia, mas nenhuma possui bibliotecas como a nossa. Estamos onde estamos hoje não por causa de um ano, mas porque otimizamos nosso sistema há 16 anos.. Nenhuma outra empresa possui um ecossistema tão amplo.
Valor investe: Como vocês estão tratando a expansão de capacidade com a TSMC, visto que há muito mais demanda do que eles podem atender?
Márcio Aguiar: A TSMC (empresa taiwanesa que fabrica chips Nvidia) tem compromissos não só conosco, mas também com outras empresas de tecnologia. Hoje todos os provedores de computação em nuvem assumiram compromissos conosco e receberam um cronograma de entrega. As empresas que não fizeram isso demorarão mais para receber nossas soluções, mas eles não precisam do nosso hardware mais recente. Não temos apenas um modelo de chip.
Portanto, Não estamos deixando de atender ninguém: sabemos dosar e controlar a demanda. Adoraríamos entregar nossos produtos aos clientes com mais rapidez, mas todos querem comprar de nós. É por isso que nossas ações continuam crescendo.
Valor investe: A Nvidia teme tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China?
Márcio Aguiar: A tensão entre os Estados Unidos e a China ocorre no nível governamental. A China continua a ser um grande cliente nosso: as suas universidades compram muitas das nossas soluções. As tensões geopolíticas restringem a venda de alguns dos nossos modelos de GPU no país e limitam o crescimento lá. Mas como temos tecnologia que atende diversos mercados e países, não dependemos da China. Como empresa americana, trabalharemos dentro das regulamentações impostas.
Valor investe: Onde você acredita que eles podem chegar?
Márcio Aguiar: Não é uma bolha. A IA moderna tem 12 anos e acreditamos que estamos no meio de uma nova revolução industrial, que aproveitará técnicas de inteligência artificial para tornar as grandes empresas mais produtivas e competitivas no mercado em que atuam. Todos já utilizam diariamente diversas técnicas de IA, cujo objetivo é agilizar o processo de entrega de informações.
Hoje, podemos ajudar empresas, como Embraer e Volkswagen, para realizar cálculos aerodinâmicos na fabricação de seus aviões e carros, bem como realizar testes em ambiente digital. Também nós ajudamos a Petrobrás melhorar a perfuração de poços de petróleo, o que é muito caro se for feito de maneira errada. Também ajudamos empresas farmacêuticas a criar medicamentos neste mesmo ambiente, eliminando o uso de cobaias, como os animais.
No mercado financeiro, bancos, seguradoras e fintechs estão utilizando essas técnicas para melhorar o relacionamento com os clientes, gerencie melhor o perfil de crédito da sua carteira e calcule a probabilidade de um cliente bater o carro, por exemplo.
Acreditamos que as nossas soluções podem ser importantes no setor da saúde. A máquina não substituirá o profissional, mas poderá ajudar no diagnóstico, compará-lo com outras e prever problemas, ajudando até mesmo a indústria farmacêutica a melhorar os medicamentos.
O robô será manejado por um humano, que validará os resultados e, assim, analisará melhor as informações. Em outras palavras, você poderá fazer muito mais do que fazia antes.
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