As entrevistas com os candidatos duraram aproximadamente uma hora. A ordem das audiências foi definida por sorteio. Os candidatos mais bem colocados na pesquisa eleitoral carioca divulgada pelo instituto foram chamados DataFolha e que atingiram pelo menos 3% das intenções de voto nesta pesquisa.
As audiências representam uma oportunidade para os candidatos detalharem propostas para a cidade, e também para serem questionados sobre diferentes aspectos de sua atuação política. Os entrevistadores dos candidatos cariocas são os colunistas Lauro Jardim e Merval Pereira, de “O Globo” e CBN, os radialistas Bianca Santos e Leandro Resende, e a jornalista Camila Zarur, da Valor.
A equipe do Fato ou Fake conferiu as principais declarações de Tarcísio Motta. Ler:
“Jairinho, que hoje está preso acusado de assassinar uma criança, de contribuir para o assassinato de uma criança, era líder de Eduardo Paes e Crivella.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: O ex-vereador Jairo de Souza Santos Junior, Dr. Jairinho, está preso desde 8 de março de 2021, acusado de matar o menino Henry Borel, de 4 anos. 8 de março de 2021, com lesões no crânio, estômago, fígado e rins, além de diversos hematomas. Jairinho e Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, são acusados de homicídio, tortura e coação durante o processo. Monique está livre por seus crimes. Jairinho está preso desde 2021 e teve o registro médico cassado.
Jairinho, na época ligado ao partido Solidariedade, foi líder do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) na Câmara Municipal até 2020. Anteriormente, já havia sido líder do governo de Eduardo Paes.
Em 2021, quando surgiram revelações sobre a morte de Henry Borel, Eduardo Paes disse que ficou surpreso. “Ele foi meu líder de governo porque era um político habilidoso, com muita liderança na Câmara. Estou chocado, triste. É inimaginável olhar para ele e ver um monstro”, disse o prefeito em entrevista à Folha.
“Em 2018, num debate, quando questionados sobre qual candidato a Presidente da República, as opções eram Haddad e Bolsonaro. Ele diz, eu me identifico com o programa do Paulo Guedes, por isso é o Bolsonaro.”
A afirmação é #NÃOBOA. Veja por quê: Paes afirmou, em debate organizado pelos jornais O Globo e Extra, em 2018: “Acho que o deputado Jair Bolsonaro tem uma agenda importante no campo da segurança pública, essa é a prioridade dele. Acho que essa é uma questão tão relevante para o Rio de Janeiro, tão importante para o Rio de Janeiro, o que significa que, nesse campo, acho que podemos avançar muito mais. Mas como esta é uma agenda prioritária, não tenho dúvidas de que tenho muito mais uma identidade programática neste campo. A agenda traçada pelo Paulo Guedes é uma agenda que é mais, eu diria, mais sobre o que eu acredito na minha história, na minha vida pública. Mais liberais, mais pró-concessões, mais pró-PPPs.”
No mesmo debate, porém, Paes anuncia uma posição de neutralidade em relação à disputa presidencial. Na disputa do segundo turno para governador do estado do Rio em 2018, Paes enfrentou Wilson Witzel (então no PSC), sem que nenhum deles tivesse recebido apoio direto do então candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (na época, no PSL), que liderava a disputa pelo Palácio do Planalto —e venceria aquela eleição.
“A prefeitura deve ter um plano municipal de segurança e redução da violência, que a prefeitura não tem. Eduardo emitiu um decreto com as diretrizes do plano, e o plano até o momento não foi discutido com ninguém, nem enviado à Câmara Municipal, e o prazo já expirou.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: A Lei Federal nº 13.675/2018, que institui o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), também criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS). Determina que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar e implementar seus respectivos planos no prazo de dois anos, a partir da publicação do documento nacional, sob pena de não poderem receber recursos da União para a execução de programas ou ações de segurança pública. . e defesa social.
O Decreto Presidencial nº 10.822, de 28 de setembro de 2021, instituiu o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social 2021-2030. Portanto, a cidade do Rio teria até 28 de setembro de 2023 para elaborar seu próprio plano. No entanto, o documento ainda não foi publicado.
Em junho de 2024, o prefeito Eduardo Paes (PSD) publicou o decreto nº 54.603, que dispõe sobre a elaboração de diretrizes para a criação do Plano Municipal de Segurança Pública, por meio da definição de cinco eixos estratégicos. O Plano, porém, ainda está em desenvolvimento e não foi enviado à Câmara Municipal do Rio.
“É inadmissível que numa cidade como a nossa (Rio), com a população de rua que temos, tenhamos uma redução no orçamento da assistência social depois de descontada a inflação”.
A afirmação é #FACT. Veja por quê: A Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício de 2024 destinou R$ 500,1 milhões à carteira de Assistência Social (Smas), conforme demonstra o demonstrativo de despesas por órgão/unidade orçamentária.
No ano anterior, o valor destinado à Secretaria foi de R$ 508,8 milhões. Além da redução nominal de 1,7%, quando considerada a inflação oficial do Brasil em 2023, de 4,62% (a taxa é medida pelo IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a redução real no orçamento ainda é maior: R$ 476,9 milhões para este ano.
Isto porque a inflação é o aumento dos preços dos bens e serviços e implica uma diminuição do poder de compra. Nesse caso, houve redução de 6,25% na comparação anual.
No momento da discussão do projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício financeiro de 2024, estimava-se que o departamento receberia R$ 498,9 milhões a serem divididos entre despesas de pessoal, encargos sociais e outras despesas e investimentos.
Para ações de investimento, o projeto orçamentário passou de R$ 14,2 milhões em 2023 para R$ 2,1 milhões em 2024, representando uma queda de cerca de 85,2%. Os números geraram audiências públicas na Câmara Municipal do Rio. A justificativa dada pelo município para dotar menos recursos ao departamento de Assistência Social foi que o valor previsto para investimentos, quando foi votada a lei orçamental de 2023, era inferior ao que está a ser proposto para 2024, mas houve um aumento de fontes externas .
“Aqueles que sonham com uma cidade melhor não deveriam reduzir tanto os seus horizontes a ponto de pensar que uma boa gestão da cidade deixará meio milhão de pessoas morrendo de fome”.
A afirmação é #NÃOBOA. Veja por quê: O candidato está certo sobre o número de pessoas com insegurança alimentar no Rio. Quase meio milhão de cariocas passam o dia inteiro sem comer ou fazer uma única refeição por dia, segundo o Mapa da Fome da Cidade do Rio de Janeiro, que retrata o acesso da população carioca à alimentação – em qualidade adequada e quantidade.
A insegurança alimentar ocorre quando as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para a sua sobrevivência, conforme definido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Estudo realizado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC), da UFRJ, em parceria com a Frente Parlamentar Contra a Fome e a Pobreza, da Câmara Municipal do Rio, mostra que 2 milhões de pessoas vivem com algum nível de insegurança alimentar, seja leve , moderado ou grave. Ou seja, a fome está presente em 7,9% dos domicílios do município. Esse percentual é superior aos dados nacionais (4,1%) e mais que o dobro do índice estadual (3,1%), registrado pelo IBGE.
Por outro lado, o combate à fome não é responsabilidade exclusiva do gestor municipal, embora caiba aos municípios a implementação da maioria das políticas sociais públicas, inclusive federais e estaduais.
Em 2010, por exemplo, o direito à alimentação foi incluído na Constituição Federal como um direito social, de igual importância à saúde e à educação. Com isso, o país se comprometeu, a partir do Poder Público, a adotar as políticas e ações que sejam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população.
A acção contra a insegurança alimentar também envolve, até certo ponto, as famílias. De acordo com a Lei Federal 10.406/02, fica determinado que pais e filhos, e se estende aos seus antepassados, garantam que todos possam viver de forma compatível com sua condição social, tendo o dever de buscar soluções e apoios para minimizar os efeitos da alimentação. insegurança. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) explica que é dever da família erradicar os efeitos causados pela falta de direito à alimentação e isso é possível através da busca de alternativas e recursos disponíveis na sociedade, como diferentes programas governamentais.
Participaram desta verificação: Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Gabriela da Cunha, Henrique Coelho, Lucas Guimarães, Pedro Bohnenberger, Roney Domingos e Thamila Soares
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