A ordem das audiências foi definida por sorteio, mas as datas tiveram que ser ajustadas devido à agenda de debates. Foram convocados os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa eleitoral paulista divulgada pelo instituto Datafolha.
As audiências representam uma oportunidade para os candidatos detalharem propostas para a cidade, e também para serem questionados sobre diferentes aspectos de sua atuação política. Os entrevistadores dos candidatos paulistas serão as colunistas Vera Magalhães e Malu Gaspar, de “O Globo” e CBN, os âncoras de rádio Débora Freitas e Fernando Andrade, e a colunista Maria Cristina Fernandes, da Valor e CBN.
A equipe do Fato ou Fake conferiu as principais declarações de José Luiz Datena. Ler:
“Bandido, ele [Pablo Marçal] já se foi, porque estava condenado. Ele me citou em um processo que foi arquivado, que não foi adiante porque não havia provas contra mim, agora, ele foi condenado.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: O ex-técnico Pablo Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de prisão por furto qualificado pela Justiça Federal de Goiás, em 2010. Apesar da condenação, não cumpriu a pena, pois sua pena foi declarada prescrita por ter ultrapassado o prazo.
A ação começou em 2005, no âmbito da Operação “Pégaso”, deflagrada pela Polícia Federal quando Marçal tinha 18 anos. Ao lado de outros suspeitos, ele foi réu no processo que acusou supostos criminosos de desviar dinheiro de contas bancárias, como Caixa e Banco do Brasil.
O grupo foi acusado, segundo a ação, de criar sites falsos para bancos públicos desviarem dinheiro de correntistas, com condenação em maio de 2010. A defesa interpôs recurso, que foi analisado em segunda instância em 2018.
Em julho do ano passado, Marçal também foi alvo de outra operação da Polícia Federal. Ele é investigado por crimes de fraude eleitoral, desvio eleitoral e lavagem de dinheiro nas eleições do ano anterior.
A acusação de assédio sexual contra a ex-apresentadora foi arquivada em 2019, por ter sido apresentada ao Ministério Público mais de seis meses depois do alegado delito. A legislação, à época, estipulava o prazo de até seis meses, contados do dia do fato, para o direito da vítima à representação.
“Não há médico. São 16 mil médicos em São Paulo, certo? Você terá que contratar mais? Maria Cristina vai perguntar, mas quanto vai custar isso? Não sei, mas tem que haver, são 12 mil enfermeiros.”
#NÃOBOM. Veja por quê: Durante a audiência, Datena afirmou que a cidade de São Paulo contava com 16 mil médicos. Porém, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o número real é de 26.145 médicos. Em relação aos enfermeiros, o candidato tem razão. No total são 12.069 profissionais.
A verificação entrou em contato com o escritório de Datena para esclarecer a origem desses dados, mas não obteve resposta.
“O campeão do recebimento de obras sem licitação é uma pessoa próxima ao prefeito, com R$ 43 milhões”.
A afirmação é #FACT. Veja por quê: Segundo reportagem publicada em outubro de 2023 pela “”Folha de S.Paulo, a empresa de Pedro José da Silva, padrinho da filha de Ricardo Nunes, recebeu R$ 43 milhões em nove contratos emergenciais assinados com a Prefeitura de São Paulo. Em 2023, a gestão municipal gastou R$ 2,9 bilhões em obras que dispensam licitação.
Dados disponíveis no site do Tribunal de Contas Municipal (TCM) e em listas de convênios firmados pela prefeitura registram que os convênios foram firmados entre 2021 e 2023 com a empresa DPT Engenharia e Arquitetura, que pertence a Pedro. Procurado, porém, o TCM não confirma se a empresa DPT é a que mais recebeu obras sem licitação e afirma que não comentará o caso.
Ao jornal “Folha de S.Paulo”, quando foi publicada reportagem sobre o assunto, a prefeitura disse que as obras emergenciais contratadas são “exclusivamente para casos de risco iminente à vida de moradores ou à estabilidade de estruturas, em além de respeitar o modelo de contratação, conforme previsto na legislação”.
Segundo a administração municipal, o processo de contratação emergencial só é autorizado após recomendação expressa da área técnica da Defesa Civil e da área jurídica.
“Em relação ao caso apresentado no relatório, a ordem de serviço foi emitida em agosto do ano passado. Somente após a empresa apresentar o projeto é que se chega ao valor e então é feita a intervenção necessária.”
“Você sabe quanto a prefeitura recebe por dia em multas? Imagina quanto ela recebe por dia? R$ 4 milhões por dia. É uma indústria de multas vergonhosa.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: A Prefeitura de São Paulo arrecadou R$ 1,63 bilhão de multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro em 2023 —o equivalente a R$ 4,41 milhões por dia. Os dados são do boletim Execução da Receita Orçamentária de dezembro do ano passado.
Procurada, a Secretaria Municipal da Fazenda confirmou os números. “A receita com multas previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em 2023 foi de R$ 1.632.423.728,18. Em 2024, o valor arrecadado foi de R$ 791.793.991,97 e a previsão é que, até o final do ano, seja de R$ 1.896.568.728,00”, informou o ministério em nota.
“O prefeito deixou de construir um milhão e meio de metros quadrados de calçada. As pessoas andam na rua.”
A afirmação é #FAKE. Veja por quê: De acordo com o Programa de Metas da Prefeitura de São Paulo para o mandato 2021 a 2024 (SP Ágil), o objetivo era manter 1.500.000 metros quadrados de calçadas. Até julho de 2024, mais de metade da meta tinha sido alcançada. Porém, segundo o candidato, a Prefeitura não conseguiu realizar 100% das obras de manutenção estabelecidas em SP Ágil.
O projeto, determinado na Meta 40 do Programa, é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Subprefeituras (SMSUB) e da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras (SIURB). Segundo a base do SP Ágil, foram realizadas manutenções em 828.865 metros quadrados de calçadas até julho de 2024, portanto, mais da metade da meta estabelecida no início do atual mandato de Ricardo Nunes, que assumiu o cargo após a morte do ex- prefeito Bruno Caves.
“Essas empresas [de ônibus] vão ganhar R$ 7 bilhões da Prefeitura em mais subsídios.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: A cidade de São Paulo teve seu orçamento para 2024 aprovado pela Câmara Municipal no Plenário do dia 21 de dezembro do ano passado. O valor da peça foi de R$ 111,8 bilhões. Desse total, R$ 9,73 bilhões foram destinados à Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SPTrans), cuja compensação tarifária do sistema de ônibus prevê subsídio de R$ 5,15 bilhões. Para a eletrificação da frota de veículos do sistema de transporte público municipal, o orçamento indica um valor adicional de R$ 2,5 bilhões em incentivos. Totalizando R$ 7,65 bilhões disponíveis em subsídios para o sistema municipal de ônibus em 2024.
Participaram desta verificação: Adriana David, Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Klauson Dutra, Letícia Dauer, Lucas Guimarães, Mel Trindade e Thamila Soares
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