- Veja o que é #FACT ou #FAKE na audiência de Alexandre Ramagem
As entrevistas com os candidatos no Rio são transmitidas ao vivo pelas rádios e pelos sites e redes sociais dos três veículos. Eles começam às 10h30 (horário de Brasília), com duração aproximada de uma hora.
A ordem das audiências foi definida por sorteio. Foram convocados os candidatos mais bem colocados na última pesquisa eleitoral no Rio divulgada pelo instituto Datafolha, na última quinta-feira, e que atingiram pelo menos 3% das intenções de voto nesta pesquisa.
As audiências representam uma oportunidade para os candidatos detalharem propostas para a cidade, e também para serem questionados sobre diferentes aspectos de sua atuação política. Os entrevistadores dos candidatos cariocas são os colunistas Lauro Jardim e Merval Pereira, de “O Globo” e CBN, os radialistas Bianca Santos e Leandro Resende, e a jornalista Camila Zarur, da Valor.
A equipe do Fato ou Fake conferiu as principais declarações de Eduardo Paes. Ler:
“Não sou eu que estou dizendo que a tarefa da segurança pública [não] É responsabilidade dos prefeitos. Isso é semelhante à Carta Magna, a Constituição Federal que define esses instrumentos de combate ao crime. O ente da federação que tem menos relevância nisso são os municípios. É uma tarefa de todos os estados do governo estadual, portanto cabe à Polícia Militar, à Polícia Civil e à Polícia Judiciária. Todo o sistema de segurança pública pertence aos governos estaduais.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: Segundo a Constituição Federal, no artigo 144, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, exercido para preservar a ordem pública e a segurança das pessoas e dos bens, sob a égide dos valores da cidadania e direitos humanos, através de órgãos criados pela União e pelos Estados.
O documento afirma ainda que cabe aos Estados, na forma estabelecida pela legislação estadual, investigar infrações penais, preservar a ordem pública, realizar atividades de defesa civil, penitenciária e bombeiros.
“As corporações militares, se existirem, destinadas prioritariamente à manutenção da ordem pública e da segurança interna e ao exercício de outras funções, nos termos da lei, constituirão forças auxiliares e de reserva do Exército, subordinadas aos Governadores dos Estados.”
A Constituição Federal também define que os municípios poderão criar guardas municipais para proteger seus bens, serviços e instalações. Esses guardas também estão autorizados a exercer funções de segurança pública de competência dos Estados, na forma estabelecida pela legislação estadual, bem como serviços de bombeiros.
“Os únicos em Copacabana estão trabalhando [base do programa Segurança Presente com parceria da prefeitura].”
A afirmação é #FACT: Eis o porquê: Na campanha de 2020, Eduardo Paes (PSD) prometeu que facilitaria uma parceria com o governo do estado para ampliar a Segurança Presente em bairros da Zona Norte e Oeste e expandir o Programa em Bangu e Campo Grande até o final de 2023. Porém, a promessa acabou não sendo cumprida. O monitoramento de promessas cumpridas do portal g1 mostra que o assunto não foi resolvido.
A prefeitura ainda não firmou parceria com o governo do estado para expandir o Programa Segurança Presente para bairros das zonas Norte e Oeste nem para ampliar a atuação do programa em Bangu e Campo Grande, na Zona Oeste. A prefeitura disse, porém, que lançou em novembro de 2021 o programa CEP (Conjunto de Estratégias de Prevenção), que atua diretamente no combate aos crimes de oportunidade. O projeto piloto foi lançado no Méier, na Zona Norte.
Em Copacabana, atualmente existe a presença de agentes municipais, que contribuem com as forças de segurança do estado para o policiamento. O programa se chama Rio+Seguro.
“Prefeitura tem 5 mil câmeras […] já trabalhando com Civitas e trabalhando em conjunto com as forças policiais.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: A Polícia Civil e Militar, o Programa de Segurança Atual e o Corpo de Bombeiros ocupam assentos na Sala de Situação do Centro de Operações do Rio (COR), que conta com cerca de 3.800 câmeras disponíveis em toda a cidade.
Segundo a prefeitura, o Civitas (Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio à Segurança Pública), foi criado um sistema inaugurado em 4 de junho, para apoiar as forças de segurança no combate a atividades irregulares ou ilegais. O centro, que fica no COR, utiliza análise de dados, padrões e tendências para realizar as intervenções planejadas e conta com o auxílio de 1.500 radares da CET-Rio, totalizando 5.300 equipamentos de vigilância.
Em três meses, o Civitas já emitiu cerca de 20 mil alertas em tempo real a pedido da Polícia Civil, Militar, Judiciária e órgãos de fiscalização. Mais de 3.829 placas foram monitoradas para investigações e até prisões imediatas. A Civitas apoiou 232 casos, entre investigações e operações, que resultaram em 58 paradas de veículos, no desmantelamento de gangues especializadas e na prisão de pelo menos 18 pessoas.
“Expandimos, quase dobramos o número de abrigos.”
#NÃOBOM. Veja por quê: Consultada, a prefeitura afirma que a fonte dos números é a Secretaria Municipal de Assistência Social. “Aumento de 75,54% no número de vagas, de 1.803 (jan/2021) para 3.165 (2024), nas 33 unidades de acolhimento, incluindo albergues, hotéis, centros de acolhimento, unidades de reinserção social e unidades terapêuticas. Além disso, serão abertas mais 850 vagas até o final de 2024.” Procurada, a assessoria de imprensa da Prefeitura confirmou os dados por e-mail.
“Recuperamos 200 linhas que haviam desaparecido. 188, não tenho o número exato aqui. Começamos a subsidiar o sistema, a tarifa é R$ 4,30, era para ser R$ 7 ou mais.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: Desde 2022, a Prefeitura do Rio retomou ou criou 194 linhas de ônibus. Esse número, próximo de 200 conforme mencionado pelo candidato, inclui linhas restabelecidas após ajustes operacionais e outras criadas para atender às necessidades de mobilidade da cidade.
O Decreto nº 51.889, de 26 de dezembro de 2022, dispõe sobre a possibilidade de pagamento de subsídio tarifário à operadora do serviço pela prefeitura, de acordo com a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Estabelece tarifa fixa de R$ 4,30 para passageiros do município.
Nem todas as linhas intermunicipais do estado do Rio de Janeiro são subsidiadas, pois isso depende de acordos entre o governo e as prefeituras de cada município. O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro-RJ) aplicou novos reajustes tarifários este ano: 9,97% para ônibus urbanos e rodoviários que operam na Região Metropolitana e 4,23% para ônibus que circulam no interior. Com isso, na Região dos Lagos, por exemplo, a tarifa passou a ser de R$ 7,05.
“O Jardim Maravilha foi construído inteiramente em uma várzea de Guaratiba. A prefeitura dragou todos os rios de lá, fez investimentos e em dois anos criou um projeto que custa cerca de R$ 550 milhões”.
A afirmação é #FAKE. Veja por quê: Os valores destinados às obras de contenção de enchentes no Jardim Maravilha, em Guaratiba, Zona Oeste, totalizam R$ 426 milhões, de acordo com o disposto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022 e no Novo PAC — Programa de Aceleração do Crescimento, em 2024. Ou seja, 22,5% menos que o volume de recursos sinalizado pelo candidato.
Os assessores do candidato dizem que o valor orçado para o projeto de controle de enchentes do Jardim Maravilha ficou em torno de R$ 550 milhões. Porém, ao verificar a Lei Orçamentária Anual do município para os anos de 2023 e 2024, não há valores destinados à drenagem no Jardim Maravilha.
A LOA 2022 previu R$ 86 milhões para implantação de sistemas de gestão de águas pluviais e infraestrutura urbana nas bacias hidrográficas do Jardim Maravilha, Guaratiba. Em julho passado, o governo federal anunciou R$ 340 milhões para prevenção de desastres nesta região da Zona Oeste.
A implantação do projeto foi dividida em etapas, sendo que a primeira fase já está sendo executada desde setembro de 2022. O assessor do candidato afirma que os valores da primeira fase são de R$ 50 milhões para obras de drenagem, esgoto, infraestrutura hídrica, pavimentação e calçadas acessíveis na região, com o Programa Bairro Maravilha.
Relatos da época mostram que na primeira fase foram gastos R$ 40,9 milhões na urbanização de 7,7 km de estradas e na implantação de redes de água e esgoto, em uma área de 320 mil metros quadrados, fora da área de inundação do rio.
Em relação à dragagem de rios, não é possível verificar se todos os rios do Jardim Maravilha passaram pela operação. O que os dados indicam é que em Guaratiba, no ano de 2022, no total, foram drenados cerca de 4,1 mil metros quadrados de pontos de inundação tradicionais da região, conforme detalhamento feito pela prefeitura no Plano Verão, documento de referência que consolida diferentes iniciativas dos órgãos operacionais municipais com o objetivo de minimizar os impactos das chuvas e suas consequentes ocorrências graves, especialmente entre os meses de novembro a abril, que são os mais críticos para o município.
“Em relação às políticas antirracistas da prefeitura, temos um coordenador liderado por um jovem muito ligado à causa da igualdade racial e que tem uma série de programas.”
A afirmação é #FACT. Veja por quê: A prefeitura do Rio possui, em sua arquitetura organizacional, a Coordenação Executiva de Promoção da Igualdade Racial, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública. O objetivo do setor é propor, executar e consolidar a política municipal de promoção da igualdade racial, em alinhamento com a Lei 12.288/2010, que institui o Estatuto da Igualdade Racial e o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial.
O atual Coordenador de Promoção da Igualdade Racial no Rio é Yago Feitosa, homem negro, formado em Ciências Sociais pela UFF, mestre em Educação com ênfase em relações étnico-raciais pela UFRRJ, com a dissertação intitulada O Fio da Memória, onde tratou das relações étnico-raciais na arte e na cultura.
Ao longo dos anos, a coordenadora desenvolveu uma série de ações focadas nesse tema. Entre eles, o Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial e da Diversidade Religiosa e o Pacto Nacional das Cidades Antirracistas. Além disso, há iniciativas ao longo do ano, como o Programa Rio+Diverso de capacitação de colaboradores, realizado em 2023, e o Seminário Igualdade Racial, realizado em outubro do ano passado.
Em nota, a Prefeitura do Rio acrescentou outros projetos liderados pela Coordenação. Entre eles, o Edital Territórios Antirracistas, que incentivou 7 projetos culturais voltados à divulgação dos valores da afrocivilização; o Circuito Afrocarioca, para incentivar espaços sociais afrorreferenciados na zona oeste; e o Território Inventivo – Pequena África: um instrumento de valorização da Pequena África e do seu património a partir de um levantamento iconográfico e historiográfico.
Participaram desta verificação: Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Gabriela da Cunha, Henrique Coelho, Lucas Guimarães, Pedro Bohnenberger, Roney Domingos e Thamila Soares
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