Embarcar ou desembarcar de avião comercial em Canoas, no Rio Grande do Sul, é demorado, cansativo, exige tempo e muita paciência. Mas os passageiros não reclamam. Eles estão gratos, na verdade. Chegar ou sair de Porto Alegre após o aeroporto Salgado Filho ter sido submerso nas enchentes de maio seria muito mais difícil e trabalhoso se não fosse a solução emergencial encontrada de utilizar a base administrada pela Força Aérea Brasileira no município vizinho.
O primeiro passo para que o aeroporto da capital gaúcha volte à normalidade será dado nesta segunda-feira, 15. Os procedimentos de check-in, entrega de bagagem e controlo de segurança, que nas últimas semanas eram realizados num centro comercial, voltarão a ser realizados no aeroporto. Mas a pista de pouso e decolagem permanecerá fechada por tempo indeterminado. Portanto, os voos continuarão saindo da Base Aérea.
Portanto, a partir de hoje, a viagem para sair de Porto Alegre por via aérea inicia o processo no aeroporto. Mas os passageiros serão levados de ônibus até Canoas para embarcar. Da mesma forma, quem entrar no Rio Grande do Sul por Canoas o fará no sentido contrário. Da Base Aérea, você pegará um ônibus fretado para o aeroporto. Lá você recolherá sua bagagem e passará pelos procedimentos finais de desembarque.
Não é permitido ir ou sair da Base Aérea sem estar acompanhado de equipes da Azul, Latam ou Gol, as três empresas que há sete semanas utilizam a base de Canoas como principal porta de entrada para a capital gaúcha. . Antes mesmo de receber voos comerciais, a Base Aérea já havia revelado o seu papel humanitário. Ali chegaram mantimentos e outras doações, de diversas regiões do país, para as vítimas das enchentes.
A base possui uma pista perfeita para aeronaves de grande porte, quase tão longa quanto a de Salgado Filho. Mas, obviamente, não oferece os serviços de um aeroporto. Porém, a solução adotada nas últimas semanas para embarque e desembarque de passageiros chamou a atenção pela criatividade.
Para quem sai de Porto Alegre, a viagem começou no ParkShopping Canoas, a cerca de 15 quilômetros da capital gaúcha e a menos de quatro quilômetros da Base Aérea. Um dos requisitos: chegar com três horas de antecedência. Cada companhia aérea tinha seu próprio espaço, no meio das lojas. Todo o processo de embarque ocorreu nesta “loja” diferente. Funcionários uniformizados verificavam as passagens e etiquetavam as bagagens.
Após passar pelo equipamento de raios X, o passageiro dirigiu-se à “sala de embarque” nos fundos da loja. De lá, até os ônibus fretados, que saem em comboio. É preciso paciência porque os ônibus só saem alinhados depois que todos os passageiros do voo já estiverem acomodados. A organização do embarque improvisado inclui segurança reforçada no trajeto entre a saída do shopping e o embarque nos ônibus.
O ônibus fretado estaciona próximo ao avião. Quem teve curiosidade em visitar a Base Aérea saiu frustrado. Informamos aos passageiros que não é permitido fotografar durante a viagem.
O desembarque, que demora mais que o normal, segue a mesma lógica. Os passageiros saíram do avião diretamente nos ônibus fretados e de lá para o shopping, onde recolheram suas bagagens (fora do shopping).
Os lojistas do ParkShopping já estavam acostumados com o público carregando malas pelos corredores e escadas rolantes. Mas o retorno dos passageiros ao aeroporto, mesmo sem decolagens ou pousos, faz parte do processo de reconstrução do Rio Grande de Sul.
Mais de dois meses depois da calamidade que atingiu grande parte do Rio Grande do Sul, as áreas ainda alagadas impressionam. Na estrada que liga Porto Alegre a Cachoeirinha, antigos campos de vegetação foram transformados em lagos e lagoas.
Em todo o estado, voluntários ainda trabalham para ajudar as áreas mais atingidas. Guilherme Guilhermo trabalha em uma agência de turismo contratada por empresas que auxiliam no transporte de voluntários. Segundo ele, na Roca Sales, por exemplo, a água subiu 33 metros. Nas casas que não foram fechadas, as equipes trabalham com enxadas para retirar a lama que envolve móveis e eletrodomésticos.
Campanhas televisivas incentivam a população a comprar produtos de marcas gaúchas e slogans otimistas se misturam à publicidade. Ainda há muito lixo e entulho para coletar. Mas o pior já passou e o espírito de compromisso com a recuperação do Estado é visível em cada gaúcho. Nas lojas protegidas por tapume há sempre um cartaz com a mensagem de esperança: “Voltaremos em breve”.
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