O que cai? Se pudermos chamar um ranking como este em que a maioria das ações teve perdas na ordem de 9% nos últimos 31 dias (22 pregões), então a mensagem que agosto deixa no seu final é que o mau presságio associado ao mês já passou. longe do Ibovespa. Ou a maior parte do portfólio teórico.
Na véspera do final do mês, alguns barulhos causaram um choque em nossa lista. Rumores sobre a Azul estudando um pedido de concordata, Capítulo 11, nos Estados Unidos têm atormentado o mercado nos últimos dias. E essa notícia moveu a tocha do Ibovespa.
Caso chegue a um impasse nas discussões para prorrogar sua dívida, a companhia aérea poderá ser obrigada a acionar o dispositivo legal para proteger a operação enquanto renegocia com seus credores.
Traumatizado por episódios semelhantes no setor, o mercado financeiro não esperou a confirmação dos rumores para agir. Assim, em duas sessões, Azul aumentou suas perdas acumuladas e fechou com variação mensal negativa de 32%
“É um ciclo. A cada 10, 15 anos, a maioria das companhias aéreas quebram no Brasil. E aí aparece uma empresa menor, assim como foi a Azul na última década, que vai crescendo lentamente sobre essa lacuna deixada no mercado. A diferença agora é que não há no país agentes capitalizados ou com interesse em fazer esse tipo de movimentação agora”, afirma. Flávio Condeanalista em Aumentar investimentos.
Mesmo com o céu fechado para a Azul, o Ibovespa voou com céu limpo neste mês.
Agosto foi o melhor mês para o mercado de ações brasileiro no ano até agora. Mas a narrativa evoluiu de forma paradoxal: os investidores começaram a prever um miniciclo de subida da Selic que levaria a taxa básica de juros de 10,5% para 12% no início de 2025. E isso foi uma boa notícia para a maioria dos investidores. ativos.
Mas caiu mal para as empresas sensíveis às oscilações das taxas de juros e com endividamento elevado.
O ranking deste mês está repleto de nomes da indústria de consumo, cases de Alpargatas e Natura, e o setor de logística, como Localiza e Vamos. A locadora de caminhões, máquinas e equipamentos pesados teve a segunda maior queda em sua carteira teórica em agosto, 12%.
Das 85 ações que compõem atualmente o Ibovespa, 21 registraram queda em agosto.
10 ações com maiores quedas no Ibovespa em agosto de 2024
Aula. | Papel | Código | Variação (%) | Preço |
1 | AZUL PN | AZUL4 | -32,62 | 5,39 |
2 | VAMOS EM FRENTE | VAMO3 | -11,94 | 7,60 |
3 | PN ALPARGATAS | ALPA4 | -10.47 | 7,70 |
4 | YDUQS PARTE ON | YDUQ3 | -9,96 | 9,85 |
5 | COGNA LIGADA | COGN3 | -9,87 | 1,37 |
6 | NATURA NO GRUPO | NTCO3 | -9,24 | 13h55 |
7 | LOCALIZAR ATIVADO | ALUGUEL3 | -5,61 | 41,37 |
8 | SÃO MARTINHO EM | SMTO3 | -4,61 | 27,72 |
9 | CARREFOUR BR ON | CRFB3 | -3.13 | 8,97 |
10 | 3R PETRÓLEO LIGADO | RRRP3 | -2,55 | 26.37 |
Os feitos repugnantes de agosto
Para Filipe Mourasócio e analista na gestora Finacap Investimentoso principal fator no radar dos investidores hoje é a aquisição de Meta.
“Este é um cenário binário para a Azul, porque o mercado espera que a fusão ou aquisição da Gol se concretize – por qualquer meio. Porém, com essas novas informações sobre a possibilidade de recuperação judicial, entendemos que há mais riscos no horizonte da empresa. E, caso a compra não seja confirmada, a ação deve subir”, diz Moura.
Para ele, também há dúvidas sobre como a companhia aérea financiará essa compra da Gol. “Até agora se dizia que seria uma aquisição por meio de emissão de dívida. Mas isso não seria possível agora com os rumores de recuperação judicial”, pondera.
O processo deverá demandar muitos recursos, e a alavancagem da empresa resultante também será elevada, considerando que tanto a Azul quanto a Gol possuem dívidas brutas consideráveis, em grande parte indexadas ao dólar, o que pressiona seus custos financeiros.
“A estrutura de balanço desta nova empresa precisará ser muito bem desenhada junto aos arrendadores de aeronaves, que são os principais credores das empresas”, acrescenta Moura.
Mas Conde questiona a capacidade da Azul de concluir o processo de aquisição da Gol num cenário de risco de recuperação judicial da companhia aérea.
“A aquisição se torna menos provável agora. Além disso, hoje em dia não há nenhum agente estrangeiro de olho no mercado aéreo brasileiro, porque já está mais do que comprovado que esse tipo de operação não é sustentável no país. São empresas com receitas em reais e custos em dólares, sem contar que não se discute o peso dos impostos e da tributação nesta estrutura financeira. Isso torna a atividade do setor insustentável”, argumenta Conde.
A malha aérea brasileira está praticamente nas mãos de três companhias aéreas, Latam, Azul e Gol. Mas todos sofrem do mesmo mal que assombra o setor há décadas: altos custos operacionais.
Intercâmbio e óleo pressionam os custos e funcionam quase inversamente à capacidade destas empresas se tornarem lucrativas. Os dois componentes representam grande parte das despesas do setor devido a:
- querosene de aviaçãoo combustível derivado de petróleo utilizado pelas aeronaves, que representa quase 50% dos custos dessas empresas; e
- locadoresos credores do locação (arrendamento) de aeronaves, acordado em dólar.
“O risco de investir na Azul hoje é grande. A empresa passou quase três anos operando com os juros da dívida ‘comendo’ quase todo o seu resultado operacional, que já era negativo no período da pandemia da Covid-19. E depois tem a questão de ser uma empresa muito endividada, o que torna uma tese de investimento muito complexa”, finaliza Moura.
Para ele, as perspectivas de integração da Azul com a Gol seriam positivas, pois consolidaria uma empresa que dominaria a maior parte do mercado brasileiro.
Mas o risco é saber se este gigante conseguiria manter-se sobre as próprias pernas – se até o peso actual tem sido excessivo.
Ydus e Cogna têm parte significativa de suas receitas vinculadas ao público de média e baixa renda, portanto a perspectiva de taxas de juros mais altas pode comprometer a renda disponível dessas famílias.
Esse cenário pressiona as empresas em diversas frentes. Da perspectiva de pressão inflacionáriadevido ao aumento dos custos operacionais e serviço de dívida elevado – agora enfrentando o risco de a Selic subir de 10,5%. Estes factores podem exigir ajustamentos de preços dos serviços ou dificultar essas correcções de preços para os consumidores.
Isso porque o volume de receitas tende a diminuir. Ou seja, possíveis novos aumentos da Selic poderão piorar o que já estava ruim.
Conde também trata a debandada nessas funções como uma espécie de “desvio de rota” do que era inicialmente esperado pelos agentes do setor.
“Esses ativos se recuperaram em 2022 porque se criou a expectativa de que o retorno de Lula [na presidência da República] e Fernando Haddad no ministério podem ser boas notícias para o setor. Eles esperavam que Haddad fosse para o Ministério da Educação [MEC] e o governo trabalhou na retomada do Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior]o que foi extremamente positivo para essas empresas nos primeiros mandatos de Lula. Mas isso não se confirmou, e o Planalto só trouxe más notícias para as empresas privadas de ensino superior“, afirma o analista do Levante.
Segundo ele, o horizonte de investidores para essas empresas desmoronou porque o MEC suspendeu a autorização para abertura de novos cursos de medicina no ano passado.
Por questões de interpretação legislativa, o MEC passou a discutir se esses cursos poderão ser abertos onde estiverem sendo solicitados pelas instituições.
E, de uma só vez, o governo bloqueou dois canais de crescimento das empresas privadas de ensino superior: o ensino a distância (EAD) e os cursos de Medicina.
“É difícil prever se a Cogna ou a Yduqs conseguem fazer melhor porque não há alternativa no setor: são empresas com alto endividamento. analista.
Despedidas do Ibovespa em agosto
Não houve mudança de carteira prevista, mesmo assim o Ibovespa se despediu de três nomes em agosto: Grupo Soma, Arezzo e Cielo. Mas por razões diferentes.
Os do Grupo Soma, que acabou figurando entre as maiores quedas mensais do Ibovespa devido à deterioração do cenário do consumo no varejo, deixaram a carteira em agosto devido à sua fusão com a Arezzo & Co. A integração das operações criou o Azzas 2154.
Os acionistas do Grupo Soma receberam o equivalente a 0,120446593048 de ARZZ3 por cada 1 ação SOMA3. Posteriormente, esse bloco de ações da Arezzo foi transformado em 2.154 ações da Azzas na proporção de 1 para 1. Apenas alterando o nome e o código sob o qual o ativo é negociado.
Ou seja, a participação do Grupo Soma foi efetivamente extinta, enquanto a da Arezzo foi transformada em Azzas 2154 após a incorporação das operações.
A Cielo se despediu após a conclusão da oferta pública de aquisição de ações (OPA), que consiste basicamente no processo de delisting – ou delisting -, deixando assim a B3 em 26 de agosto.
Finalmente, o Dexcoempresa produtora de materiais para construção e reforma, deverá sair da nova versão do portfólio teórico. O movimento já havia sido antecipado pelas prévias do Ibovespa.
A nova formulação do índice estreia na próxima semana, e a empresa tende a ficar fora dos principais radares do mercado por algum tempo.
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