A Unipar continua sentindo os impactos da crise econômica na Argentina, onde opera um complexo industrial, em seus resultados. No segundo trimestre, o lucro líquido da empresa caiu 52% na comparação anual, para R$ 89 milhões — em relação ao primeiro trimestre, porém, houve um aumento de 59%.
A receita líquida da maior produtora de cloro e soda cáustica e vice-líder em PVC da América do Sul totalizou R$ 1,25 bilhão, queda de 5% em relação ao mesmo trimestre de 2023 e aumento de 8% em relação aos três primeiros Meses do ano.
“Estamos vivendo uma certa bipolaridade. Na Argentina, que já tinha um peso relativo importante nos resultados, a economia está paralisada. No Brasil, os preços e a demanda apresentaram certa estabilidade no período”, disse o presidente da empresa, Rodrigo Cannaval.
De abril a julho, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi de R$ 115 milhões, queda de 69% na comparação anual e de 39% em relação ao trimestre anterior, com margem de 9%. Considerando os ajustes decorrentes da hiperinflação no país e moeda vizinhos, o EBITDA ajustado foi de R$ 146 milhões, com margem de 13%.
Segundo Cannaval, apesar do momento difícil na Argentina e da estabilidade do negócio de PVC no Brasil, que tem visto aumento nas importações desse tipo de resina, o portfólio de produtos químicos voltados ao mercado de saneamento trouxe contribuição positiva para os resultados , especialmente para as margens.
No trimestre, a taxa média de ocupação nas três unidades da empresa foi de 82%, em linha com trimestres anteriores e acima da alcançada pela indústria.
No mercado nacional de PVC, comentou o executivo, a entrada crescente de produtos importados, em alguns casos em condições de concorrência desleal, acabou pressionando os preços realizados no trimestre. Tanto a Unipar quanto a Braskem, maior produtora local de PVC, solicitaram recentemente uma revisão da tarifa “antidumping” aplicada à resina originária dos Estados Unidos, que foi reduzida para 8,2% em 2022.
No Brasil, a percepção é que o mercado de PVC já atingiu o fundo do poço e se estabilizou, mas ainda não está claro quando haverá recuperação. Na Argentina, olhando para o segundo semestre, não há grande expectativa de retomada da demanda, que é impulsionada principalmente por obras de grande porte.
Para superar a fragilidade do mercado argentino, a Unipar aumentou as exportações para o mercado brasileiro e outros países da América Latina. Esse movimento, porém, reduz as margens devido ao aumento dos custos de envio. “Também na Argentina, apesar da redução da inflação em pesos, há inflação em dólares, o que impacta na consolidação dos resultados da Unipar. É um pênalti e um motivo de preocupação para o segundo tempo”, disse.
No Brasil, a expectativa é que o dólar fique na faixa de R$ 5,30 a R$ 5,50 no segundo semestre, o que contribuirá para o aumento das receitas e manutenção dos preços internacionais do PVC. O ponto de atenção é o volume de vendas, em meio à maior concorrência com a resina importada. Para o segmento de produtos químicos para saneamento, a perspectiva é positiva.
Em meio ao maior ciclo de investimentos de sua história, a Unipar encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de R$ 471 milhões e alavancagem financeira confortável de 0,7x.
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