Preocupados com o possível uso irregular de inteligência artificial em campanhas, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) intensificaram a preparação para lidar com a tecnologia, por meio de ações de prevenção e conscientização. Paralelamente, os tribunais também têm aplicado as ferramentas em suas rotinas de trabalho, inclusive em cargos de “assessor de IA”.
O tema está entre as prioridades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é considerado um dos principais desafios das eleições municipais deste ano.
O TRE do Paraná, por exemplo, criou um núcleo dentro da chamada Central de Combate à Desinformação para facilitar o contato entre diversos órgãos, como Ministério Público, Polícia Federal e universidades. Um dos objetivos é a “produção e rápida propagação de conteúdos que visem evitar ou mitigar potenciais danos causados ao processo eleitoral por elementos maliciosos de inteligência artificial”.
O presidente do tribunal, Sigurd Roberto Bengtsson, explicou que uma das ações será uma cartilha com orientações para que o eleitor consiga identificar por conta própria os chamados deepfakes, quando houver alteração de vídeos ou áudios.
“O caminho é a prevenção e a conscientização. Não tem como evitar um deepfake. A questão é como a pessoa vai receber”, explica, acrescentando que também houve treinamento para os próprios juízes: Fizemos um curso preparatório em nosso escola judiciária, com professores da Universidade Federal do Paraná.
Além disso, o tribunal dispõe desde 2020 de uma ferramenta que permite verificações de conteúdos falsos. Agora, informações sobre o uso irregular de IA também aparecerão no mesmo site.
Em Pernambuco, foi criado o Centro Regional de Combate à Desinformação (CRED), órgão que tem como uma de suas funções repassar as diretrizes do TSE sobre “regular o uso de inteligência artificial na esfera eleitoral, sobre o combate à desinformação e ao deepfake”.
Em nota, o tribunal afirmou que o centro está em fase de preparação e que o seu funcionamento terá início de facto no dia 16 de agosto, juntamente com o início oficial da campanha eleitoral. O TRE afirmou ainda ter realizado cursos de atualização para juízes, promotores e chefes de cartórios.
Como O GLOBO mostrou, os tribunais já tomaram decisões relacionadas à IA na pré-campanha, incluindo a remoção de conteúdo irregular. Porém, ainda existem divergências sobre como lidar com esse conteúdo.
Nos demais TREs, há avanços na aplicação da IA nos procedimentos internos. Os tribunais da Bahia e de Santa Catarina possuem cargos de “assessoria em Inteligência Artificial” para tratar desse assunto. No TRE-SC, a ideia do cargo é incentivar o uso da IA na Justiça e oferecer orientações, além de “avaliar o impacto ético das soluções propostas”.
No Espírito Santo, o tribunal conta, desde 2020, com o Laboratório de Inovação e Inteligência Artificial, que desenvolve projetos como um assistente virtual que fornece informações aos eleitores, como número de eleitor e local de votação.
Recentemente, o TRE paulista criou o Grupo de Avaliação de Inteligência Artificial (GAIA), responsável por “receber e avaliar a viabilidade de propostas de adoção” de IA. Os tribunais de Minas Gerais e do Maranhão criaram grupos de trabalho sobre o tema, que apresentarão uma proposta regulatória.
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