Os reflexos do terremoto de magnitude 7,3 que atingiu Antofagasta, no Chile, ocorrido a 128 km de profundidade, foram relatados em pelo menos 14 cidades do Estado de São Paulo, entre a região metropolitana, Baixada Santista e o interior de São Paulo, na noite desta quinta-feira (18).
Segundo a Defesa Civil do Estado e o Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo), tremores foram citados por moradores de São Paulo, Campinas, Valinhos, Itatiba, Santos, Praia Grande, Ribeirão Preto, Araraquara, São Carlos, São José Rio Preto , Marília, Assis, Osasco, Santo André e Guarulhos.
Não houve relatos de danos ou feridos, segundo o órgão estadual.
Segundo capitão Roberto Farina Filho, diretor de Comunicação da Defesa Civil do Estado, esse fenômeno é incomum na região de São Paulo, mas não extraordinário.
“Basicamente, entre o continente e a placa tectônica, existe um espaço. Nesse espaço temos uma bacia sedimentar aqui no Brasil. Então, isso fez com que esse movimento que ocorreu nesse epicentro lá no Chile gerasse uma onda sísmica que se propagou para essa região aqui, porém esse movimento é muito leve, tem baixa intensidade”, explica Farina.
O fato de ter ocorrido à noite, quando há menos barulho e as pessoas estão em casa, também pode ter contribuído para que o choque fosse percebido pela população.
“As pessoas tiveram uma percepção maior desse movimento, desse abalo. Pode acontecer de sentir, mas o que não vai acontecer aqui é um terremoto. [tectônica] apenas, uma placa que não tenha rachaduras, divisões entre outras placas”, explicou o diretor da Defesa Civil.
Algumas pessoas recorreram às redes sociais para falar sobre os tremores que sentiram.
“Senti o terremoto muito forte aqui no bairro Vila Augusta em Guarulhos, no 20º andar a sensação foi de segurar para não cair”, escreveu Renan Bernard em X.
“Terremoto sentido aqui em Itatiba! Evacuação dos prédios do Residencial Normandie”, afirmou Johnattan Faria.
“Senti um terremoto em São José do Rio Preto. As portas da cama e do guarda-roupa tremeram”, disse Michelle Monte Mor.
Bruno Collaço, do Centro de Sismologia da USP, explica que o fenômeno não é preocupante.
“Os terremotos que ocorrem nos Andes às vezes podem ser sentidos em São Paulo. A cidade de São Paulo está em uma bacia sedimentar que amplifica a passagem das ondas sísmicas. profundidade, as pessoas que estão dentro de prédios ou em bairros mais altos podem sentir esses tremores. Apesar da sensação estranha, é claro que é muito difícil que ocorram danos mais graves”, afirma.
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