As taxas de juros das modalidades de títulos públicos caminham em direções opostas nesta terça-feira (30), em relação ao fechamento anterior. Hoje, vale destacar, é véspera da “Super Quarta-feira”, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos divulgam novas decisões sobre taxas de juros.
O governo divulga nesta terça-feira os detalhes dos cortes de R$ 15 bilhões anunciados há duas semanas, cujo objetivo é cumprir a meta e o quadro fiscal de 2024. Conforme anunciado pelo ministro Fernando Haddad, serão R$ 11,2 bilhões em bloqueio e R$ 3,8 bilhões em contingência.
A decisão é um aceno ao mercado, que interpreta a contenção como um sinal do compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.
Com a expectativa como pano de fundo, às 12h os títulos pré-fixados subiram e os vinculados à inflação caíram. O Tesouro Prefixado de menor prazo, com vencimento em 2027, pagava 12,02% ao ano na mesma época. Entre os IPCAs, o papel com vencimento em 2029 oferecia 6,37%. Ambos ainda em níveis considerados atrativos pelos analistas.
As decisões sobre taxas de juros no Brasil e no exterior, especialmente nos Estados Unidos, influenciam os títulos públicos porque, dependendo do cenário, as taxas oferecidas no Tesouro Direto precisam continuar atrativas. E aqui a expectativa é que o Copom mantenha o nível atual de juros, em 10,5%.
Ou seja, com taxas de juros de dois dígitos, os títulos prefixados tendem a oferecer mais.
Em geral, os títulos atrelados à alta de preços têm sido os preferidos dos analistas diante do cenário de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, pois cumprem a função de proteção da carteira.
Vale lembrar que as taxas e os preços dos títulos são inversamente proporcionais. O que significa que, tanto nos títulos prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço e vice-versa. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — pois garante maior rentabilidade se mantiver o investimento até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, o que implica uma perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
Desempenho de títulos públicos nesta terça-feira (30)
Título | Rentabilidade anual | Investimento mínimo | Preço unitário | Maturidade |
Tesouro Prefixado 2027 | 12,02% | R$ 30,41 | R$ 760,43 | 01/01/2027 |
Tesouro Prefixado 2031 | 12,28% | R$ 33,42 | R$ 477,55 | 01/01/2031 |
Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 | 12,05% | R$ 35,83 | R$ 895,91 | 01/01/2035 |
Tesouro Selic 2027 | SELIC + 0,0814% | R$ 151,19 | R$ 15.119,28 | 01/03/2027 |
Tesouro Selic 2029 | SELIC + 0,1480% | R$ 150,49 | R$ 15.049,20 | 01/03/2029 |
Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 6,37% | R$ 32,11 | R$ 3.211,04 | 15/05/2029 |
Tesouro IPCA+ 2035 | IPCA + 6,19% | R$ 45,23 | R$ 2.261,88 | 15/05/2035 |
Tesouro IPCA+ 2045 | IPCA + 6,33% | R$ 36,33 | R$ 1.211,31 | 15/05/2045 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2035 | IPCA + 6,22% | R$ 43,00 | R$ 4.300,19 | 15/05/2035 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2040 | IPCA + 6,15% | R$ 43,73 | R$ 4.373,61 | 15/08/2040 |
Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2055 | IPCA + 6,25% | R$ 42,37 | R$ 4.237,10 | 15/05/2055 |
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