Uma folga em julho para sustentar o segundo semestre. A história contada pelos títulos públicos neste mês pode ser definida da seguinte forma: depois de viver meses e meses com rentabilidade no vermelho, agora a maioria dos títulos fecha estes 31 dias no positivo.
O principal motivo da reviravolta, dizem os analistas, foi o sinal de que o governo federal quer cumprir a responsabilidade fiscal. O grande passo foi dado pelo Ministério da Fazenda, que anunciou a contenção de R$ 15 bilhões para respeitar o quadro fiscal e chegar ao déficit zero.
Conforme detalhado no Planejamento, os ministérios e órgãos “terão até o dia 6 de agosto para adotar medidas de ajuste e realizar o procedimento de indicação dos programas e ações a serem bloqueados”. Dependendo do comportamento das despesas e receitas da União, o congelamento poderá ser revisto ao longo do ano.
Isso foi suficiente para que qualquer ruído sobre o comprometimento com as contas públicas fosse reduzido. Pelo menos por enquanto.
Mas nem tudo foi bom para os investidores. Na última ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a autoridade manifestou preocupação com a inflação, principal motivo para frear a queda da Selic, iniciada em agosto do ano passado. Além disso, o Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC, aponta alta no índice de preços no horizonte, o que deve pesar a favor de maior manutenção nesta quarta-feira (31).
Com esse cenário local, é natural que os investidores busquem, além do lucro, proteção para seu portfólio. Não é surpresa que o Tesouro IPCA tenha sido o título mais demandado pelos investidores no último mês, pelo terceiro ano consecutivo, desbancando a posição que foi consolidada pelo Tesouro Selic.
E é justamente essa a recomendação dos analistas do Santander. A sugestão do banco é destinar IPCA+ ao Tesouro, com proteção contra a inflação, mas com alongamento tático da duração do título recomendado, optando pelo vencimento em 2035.
Lá fora, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) também decidiu manter sua taxa de juros na faixa entre 5,25% e 5,5% ao ano. Aí, com a maior economia do mundo a demonstrar resiliência apesar das elevadas taxas de juro, é inevitável que os investidores comparem o risco e o retorno dos países.
O destaque entre as altas foi o queridinho dos investidores. O Tesouro IPCA 2035, recomendado pelo Santander, encerrou o mês com alta de 1,23%. A queda do mês também foi registrada pela modalidade indexada à inflação. O papel com vencimento em 2045 caiu 1,11% no mês.
Entre os prefixados, só aumenta, diferentemente do mês anterior. Os papéis com vencimento em 2027 caíram 0,18%.
A marcação a mercado pode trazer muita volatilidade para investir no Tesouro Direto. Tanto pelo lado bom, aumentando seu retorno potencial, quanto pelo lado negativo, abrindo espaço para perdas.
No entanto, esta oscilação atinge apenas os investidores que resgatam os seus investimentos antes do final do prazo “acordado” com o governo. Se você levar o título até o vencimento, o retorno acordado no momento da compra fica garantido.
Para analistas, o Tesouro Prefixado com vencimento em janeiro de 2027 é uma posição estratégica para investidores, pois tem oferecido rentabilidade acima de 11%. “O título cumpre as funções de dar liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital acima da inflação”, afirma o estrategista do Itaú BBA.
No caso do Tesouro IPCA+, também pode funcionar como proteção contra choques inflacionários de médio prazo, além de ser beneficiado em caso de otimismo no cenário local. “O ideal é combinar os dois tipos de modalidade, porque à medida que a inflação projetada pelo mercado sobe, as taxas prefixadas começam a ganhar atratividade.”
Entre os indexados ao IPCA, a recomendação é investir em títulos com prazo de até cinco anos, que já ofereçam taxas de juros em níveis atrativos. “Os dados da atividade económica têm apresentado resultados positivos e a inflação está relativamente controlada, o que reforça que o nível das taxas de juro reais parece elevado”, afirma.
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