As taxas de juros futuras encerraram o pregão de terça-feira com queda firme em toda a estrutura a termo da curva. O movimento ocorreu em um novo dia de queda nos rendimentos dos principais títulos públicos globais, na esteira dos dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos que ficaram abaixo das estimativas de consenso. Ao mesmo tempo, indicações conservadoras emitidas por membros do Banco Central ajudaram a reforçar a ideia de que a Selic poderia voltar a subir no curto prazo e, assim, contribuir para um firme alívio das taxas em prazos mais distantes.
Ao final do dia, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 oscilou de 10,75% no reajuste anterior para 10,73%; o DI de janeiro de 2026 passou de 11,545% para 11,385%; o DI de janeiro de 2027 caiu de 11,545% para 11,335%; e o DI de janeiro de 2029 caiu de 11,60% para 11,40%.
O dia foi de alívio para as principais curvas de juros do mundo, que apresentaram movimento descendente após os dados da inflação ao produtor (PPI) nos EUA. O índice de preços ao produtor do país subiu 0,1% de junho para julho, abaixo dos 0,2% esperados pelo mercado.
A divulgação reforçou mais uma vez as apostas num corte de 0,5 pontos percentuais na taxa de juro na reunião da Reserva Federal (Fed) em setembro. De acordo com o CME FedWatch, a probabilidade implícita nos futuros dos Fed Funds de um corte de 0,5 ponto na próxima reunião do banco central dos EUA passou de 50% para 53,5%, contra uma chance de 46,5% de um corte de 0,25 ponto.
A leitura também acabou exercendo pressão descendente sobre os rendimentos do Tesouro. O rendimento das notas do T de 2 anos caiu de 4,028% para 3,940%, enquanto a taxa das notas do T de 10 anos passou de 3,908% para 3,846%.
No ambiente doméstico, os agentes permanecem atentos às comunicações recentes dos membros do Banco Central. Ontem, o diretor de política monetária e principal candidato a assumir o comando da autoridade no próximo ano, Gabriel Galípolo, manifestou desconforto com o cenário inflacionário no Brasil e afirmou, literalmente, que a alta da taxa Selic estava “sobre a mesa”. Hoje, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação vem convergindo para a meta, mas que, mais recentemente, há alguns sinais de pressões inflacionárias.
“Os benefícios do tom ‘hawkish’ da autoridade de política monetária continuaram a influenciar os mercados locais e mais uma vez tivemos uma boa sessão. Hoje, apesar do recente tom ‘hawkish’ do Banco Central local, fomos brindados com uma divulgação de PPI mais baixa nos EUA, o que desencadeou outra boa ação de preços para os mercados emergentes”, aponta o profissional de tesouraria de uma instituição local.
Segundo essa fonte, o real acabou aproveitando o bom humor externo de hoje e o dólar fechou o dia com queda de 0,84%, sendo negociado a R$ 5,4494. “Agora estamos na metade do caminho dos R$ 5,40. Eu me pergunto: se chegarmos lá, qual será a reação do mercado, sem mais aumentos da Selic?”, questiona.
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