Os juros futuros apagaram toda a queda observada desde o início das negociações desta segunda-feira e encerraram o dia em alta, respaldados por novas declarações “hawkish” do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo. Há um sentimento crescente entre os participantes do mercado de que a autoridade monetária será levada a retomar o ciclo de aperto da Selic, que foi reforçado ao longo do dia, apesar do recente alívio no câmbio. Além disso, o salto dos preços do petróleo no mercado internacional também apoiou o movimento ascendente nas taxas futuras.
Ao final dos negócios desta segunda-feira no mercado de juros, a taxa do contrato de Depósito Interbancário (DI) para janeiro de 2025 passou de 10,745% no reajuste anterior para 10,765%; o DI referente a janeiro de 2026 passou de 11,54% para 11,565%; o do contrato de janeiro de 2027 passou de 11,555% para 11,56%; e o DI de janeiro de 2029 permaneceu inalterado em 11,62%.
O mercado de taxas de juros até apresentou movimento de retirada dos prêmios de risco da curva ao longo do dia, mas não sustentou a tendência de queda das taxas. Durante a tarde, a piora do clima no exterior, dada a escalada das tensões no Oriente Médio, e os sinais mais conservadores emitidos pelo Galípolo provocaram um forte ajuste nas taxas futuras, que, na maioria dos vértices, abandonaram quedas superiores a 10 pontos – base (0,1 ponto percentual) e começou a subir.
Os preços do petróleo, com o Brent novamente acima de US$ 80 por barril, apoiaram a incorporação de prêmios ao longo da curva, especialmente nos trechos mais curtos, num movimento que também coincidiu com novos discursos duros adotados por Galípolo em evento na Warren Investments. “Soou ‘falcão’ e a curva ‘moveu-se’, mesmo sem grandes novidades. Está muito claro que está na mesa a chance de aumento dos juros, mas o BC está dependendo dos dados”, afirma um gestor de renda fixa sob condição de anonimato.
Desde a semana passada, a possibilidade de alta da Selic ganhou adeptos tanto entre aqueles que já preveem algum reajuste este ano, como Itaú Asset, Legacy Capital, Novus Capital e JGP e Reag Investimentos, quanto em algumas casas que acreditam que o O BC só será obrigado a fazer algum ajuste na Selic em 2025 – nos casos da Apex Capital e da Kinea Investimentos.
Nesta segunda-feira, foi a vez da Oriz Partners entrar no primeiro grupo, projetando quatro altas de 0,25 ponto percentual, a partir da reunião de setembro, que levariam a Selic a 11,25% em dezembro e a 11,5% no início do próximo ano. “Este aumento no tom [na ata do Copom] nos faz acreditar que o mais provável, em setembro, é termos um ajuste de 0,25 ponto na Selic”, afirma o economista-chefe da Oriz Partners, Marcos De Marchi, ao avaliar ainda que as declarações de Galípolo também contribuíram para a revisão do cenário.
“[Galípolo] fez declarações muito incisivas na semana passada”, diz o economista, lembrando que, na visão de Galípolo, o cenário é “desconfortável” para o BC atingir a meta de inflação. Para o profissional de Oriz, os sinais da ata e as declarações “bastante duras” de Galípolo “sugerem-nos que, dadas as condições atuais — expectativas não ancoradas, câmbio pressionado e, principalmente, um gap de produto fechado, ou seja, a economia operando acima o potencial —, a situação já exigiria um aperto nas taxas de juros em breve”.
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