Talvez esteja na eleição errada, afirma Datena em sabatina | Política

“A eleição no início não pareceu tão difícil, porque me apresentei como o candidato contra a polarização, dizendo que nem Lula nem Bolsonaro governariam em São Paulo. Eu representei o novo, o diferente”, disse ele. “Aí apareceu um cara (Pablo Marçal, candidato pelo PRTB), completamente fora de linha, que distorceu os debates eleitorais, e o cenário mudou.”

Apesar de ter manifestado clareza sobre as dificuldades da sua candidatura, o candidato anunciou no início do programa a resposta a uma pergunta quase inevitável: “Antes que alguém me pergunte, quero dizer que não vou desistir. Caí nas pesquisas, mas acho que é o jogo. E o jogo está mudando.”

Datena atribui essa queda ao desempenho que teve no primeiro debate, realizado pela Rede Bandeirantes. “Meu desempenho foi muito ruim.

Segundo pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (28), o apresentador caiu 19% na pesquisa realizada em julho _ quando empatou tecnicamente na liderança com o emedebista Ricardo Nunes (20%) e o psolista Guilherme Boulos (19%) _ a 12%.

Antes na vanguarda, o candidato tucano agora está empatado tecnicamente com Tabata Amaral (PSB), que tem 8%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos.

Durante quase toda a audiência, Datena apresentou propostas vagas, sem previsão de gastos, para problemas como segurança pública, saúde e transporte público. Questionado sobre o facto do seu plano de governo ser mais uma carta de intenções do que uma reunião de propostas concretas, disse que esta era a melhor forma de ajudar a cidade.

“Não adianta criar um programa de governo se você tem um bando de criminosos se infiltrando no transporte público. A população já não aguenta mais ver números e planos do governo porque, de repente, é dinheiro que é roubado, dinheiro que prometem que vão investir e não investem nada e assim por diante”, disse, sem explicar como seriam esses problemas. impedir a apresentação de um programa.

Datena parecia vago mesmo em assuntos sobre os quais costuma falar com naturalidade. Questionado se aumentaria o número de integrantes da Guarda Civil Metropolitana, atualmente composta por 7 mil agentes, disse que poderá fazê-lo. Quanto será o aumento? Relutantemente, ele disse que talvez o número pudesse ser dobrado, “como disse Boulos”, e depois passou a falar sobre a importância de oferecer treinamento ao atual contingente.