O Ministro Gilmar Mendesdo Supremo Tribunal Federal (STF), respondeu a um pedido de Unidade e determinou o suspensão de decisões liminares concedidos contra a União para a compra de Remédio Elevidys – cuja dose custa cerca de R$ 17 milhões –, usada no tratamento de Distrofia muscular de Duchenneum doença rara. A suspensão ocorre até a conclusão de uma conciliação entre a União e o empresa farmacêutica Roche Brasil para negociações sobre preço e condições de aquisição do medicamento. A decisão sai nesta terça-feira (27).
Na decisão, o ministro traz advertências sobre a suspensão. Assim Ficam mantidas as decisões proferidas pelos ministros do STF e as decisões deferidas em favor das crianças que completarem 7 anos nos próximos 6 meses, contados da publicação da decisão. Nestes casos, o depósito do valor pela União está condicionado à prévia conclusão do teste de compatibilidade genética.
“No entanto, nem todas as liminares devem ser levantadas. Conforme relatado por Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]o pedido de registro do Elevidys foi feito pela farmacêutica para fornecimento a pacientes ambulatoriais que estejam na faixa etária de 4 a 7 anos”, escreveu Mendes na decisão.
Mendes também solicita que os ministros Alexandre de Moraes e Carmem Lúcia serão notificados da decisão, bem como os presidentes de todos os Tribunais Regionais Federais.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (AGU), foram identificados 55 processos em andamento, dos quais 13 possuem decisões liminares para o fornecimento de Elevidys, sendo que 11 deles ainda dependem de cumprimento do Ministério da Saúde.
A União informou que o eventual cumprimento dessas decisões trará um impacto de R$ 252 milhões aos cofres públicos – recursos que poderão ser economizados caso seja assinado um acordo proposto pela União com a farmacêutica.
A AGU diz ainda que se todos os pedidos feitos nas 55 ações em andamento fossem atendidos, o custo estimado para o sistema público de saúde, na situação atual, seria de R$ 1,15 bilhão.
“Destaco que esta decisão não tem o objetivo de revogar as liminares concedidas, mas apenas suspendê-las até a conclusão das negociações com o laboratório, o que poderá beneficiar não só os autores das ações em curso, mas todas as crianças com Distrofia muscular de Duchenne que residir no país”, explica Mendes.
O medicamento Elevidys ainda não possui registro na Anvisa. O pedido de registro do produto no país foi feito pela Roche Brasil e está em tramitação.
A primeira audiência de conciliação sobre o assunto foi realizada em 14 de agosto de 2024 e contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa, da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), da farmacêutica Roche Brasil, Hospital Vera Cruz (Campinas) e Hospital Infantil Sabará (São Paulo) – os únicos credenciados para aplicar o medicamento no Brasil –, o Ministério Público e autor da ação no STF. A próxima reunião está marcada para 30 de setembro de 2024.
A Roche não comentou até a publicação do relatório. O espaço permanece aberto.
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