O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para apurar o vazamento de mensagens trocadas por assessores do ministro Alexandre de Moraes na Corte e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O próprio ministro será o relator do caso.
De acordo com o Valor apurado, Moraes determinou a abertura da investigação com base em reportagens da imprensa que levantam a suspeita de envolvimento da polícia paulista no vazamento. O deputado Carla Zambelli (PL-SP) também é citado. A hipótese é que as informações tenham sido divulgadas com o objetivo de distorcer informações para obstruir a justiça.
Na semana passada, o jornal “Folha de S.Paulo” começou a publicar uma série de reportagens que mostram que o gabinete de Moraes no Supremo utilizou a Assessoria Especial de Combate à Desinformação do TSE, fora do rito formal, para colher informações sobre pessoas investigadas em inquéritos visando aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como um dos primeiros passos, o antigo chefe do órgão eleitoral Eduardo Tagliaferro será ouvido pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (22), em São Paulo. A esposa e o cunhado também foram intimados a prestar depoimento. Tagliaferro foi demitido do TSE em 9 de maio de 2023, após ser preso acusado de violência doméstica e disparo de arma de fogo. Seu celular teria sido entregue à Polícia Civil de São Paulo.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que instaurou procedimento na Corregedoria da instituição para apurar o possível envolvimento de um policial civil no vazamento de informações citadas nas reportagens.
Depois que o caso veio à tona, parlamentares da oposição, ligados a Bolsonaro, passaram a defender o impeachment de Moraes e a acusar o ministro de perseguição. Representantes dos Três Poderes, porém, saíram em defesa do juiz.
Na semana passada, o presidente do STF, Luís Roberto Barrosofez um discurso na abertura da sessão plenária em defesa do colega. Em seu discurso, ele destacou que os ministros do TSE têm poderes policiais para atuar. “O TSE tem o dever legal de atuar sempre que houver circulação de qualquer desinformação que represente risco ao processo eleitoral ou ao processo democrático. A ideia de que se trata de iniciativas tomadas à margem da lei é completamente errada. É desinformação jurídica.”
O presidente do STF disse ainda que o contexto em que os procedimentos foram adotados por Moraes não poderia ser esquecido, para que não houvesse “revisionismo histórico”, abstraindo que havia sério risco à democracia.
Durante a sessão, o próprio Moraes defendeu sua atuação tanto no Supremo quanto na presidência do TSE, cargo que ocupou entre agosto de 2022 e junho deste ano. “Nenhum dos assuntos diz respeito ao meu escritório, a mim ou à suavidade dos procedimentos”, disse ele.
O ministro destacou que seria “esquizofrênico” ele, que ocupava os dois cargos ao mesmo tempo, “oficializar-se”. Na época, Moraes também disse que não tinha “nada a esconder”. “Lamento que interpretações falsas, errôneas — de boa ou má fé — acabem produzindo o que precisamos combater neste país, que são as notícias fraudulentas.”
O advogado Eduardo Kuntz, que representa Tagliaferro, disse que enviou ofício ao STF para ter “acesso pleno e irrestrito aos elementos da informação”, mas que ainda não conseguiu acesso aos arquivos. Procurados, os assessores da deputada Carla Zambelli não comentaram.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo