Soja avança em Chicago com apoio do dólar e demanda

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Em sentido inverso, o milho e o trigo fecharam a sessão com preços em queda. A soja valorizou-se na bolsa de Chicago, dada a queda do dólar e ainda respondendo ao aumento da procura por subprodutos nos Estados Unidos. Os contratos com vencimento em julho fecharam a sessão desta segunda-feira (24/6) com alta de 1,27% nos contratos com vencimento em julho, que estavam cotados a US$ 11,7525 por bushel. Saiba mais taboola “A queda do dólar no Brasil acaba provocando compras de soja nos EUA. Além disso, o anúncio da venda do farelo de soja contribuiu para o aumento dos preços”, destaca Roberto Carlos Rafael, coproprietário da Germinar Agronegócios. Esta segunda-feira, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou a venda de 228 mil toneladas de farelo às Filipinas. A indicação de aumento na demanda impulsionou os preços do subproduto, que tiveram valorização de 2,70% em Chicago. Com expectativa de produção robusta para a safra americana, Rafael comenta que somente um problema climático no país poderá desencadear uma reação consistente nos contratos futuros negociados em bolsa. “Os próximos 40 dias serão cruciais para o desenvolvimento da safra nos EUA. A possibilidade de reação nos preços só existe com projeções de mau tempo, o que não aconteceu até agora, pois as condições do solo são excelentes”. Milho Nas negociações do milho em Chicago, os lotes para julho caíram 0,34%, para US$ 4,3350 o bushel. Além de condição favorável para o desenvolvimento da safra 2024/25 nos EUA, Roberto Carlos Rafael diz que o avanço da colheita de safrinha no Brasil favorece a sensação de ampla oferta do cereal. “Embora o Brasil não exporte tanto, há a sensação de que haverá mais produto para competir com a safra americana no segundo semestre”, ressalta. Num cenário com previsão de chuvas e sem registro de altas temperaturas para os solos americanos, Rafael diz que há especulações de que a área plantada com milho poderá crescer acima do previsto pelos agentes de mercado. Trigo O avanço da colheita do trigo em algumas das principais regiões produtoras manteve os preços em queda na bolsa de Chicago. Os papéis para julho fecharam em queda de 1,98%, cotados a US$ 6,57 o bushel. “Apesar de completar a quarta semana consecutiva de queda, o trigo voltou a cair. As quedas se devem ao ritmo acelerado da colheita das variedades de inverno nos Estados Unidos e ao bom estado do trigo de primavera”, afirma a consultoria Granar, em relatório. A empresa destaca ainda o avanço da colheita de trigo na região de Black Mar, que também influenciou o movimento dos preços “Os rendimentos da primeira colheita na Rússia estão acima das expectativas, mesmo depois da seca que atingiu o sul do país e das geadas tardias”.



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