Ó setor público consolidado fechou maio com défice primário de R$ 63,895 bilhões, conforme anunciado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (28). Em maio do ano passado, o resultado havia sido um déficit de R$ 50,172 bilhões.
Os dados do setor público consolidado envolvem o governo central (formado pela Previdência e Fazenda, além do próprio BC), estados, municípios e empresas estatais. Ficam excluídas da conta empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
O resultado de Maio reflectiu uma défice do governo central de R$ 60,778 bilhões e déficit de R$ 1,078 bilhão em Estados e municípios. Para o estatal teve déficit de R$ 2,039 bilhões.
Nos 12 meses até maio, por sua vez, o déficit atingiu R$ 280,228 bilhões, equivalente a 2,53% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos 12 meses até abril, o déficit foi de 2,41% do PIB.
Ó défice nominal, que inclui despesas com juros, atingiu R$ 138,256 bilhões em maio. Um ano antes, o resultado havia sido um déficit de R$ 119,226 bilhões.
O resultado nominal de maio refletiu um déficit primário de R$ 63,895 bilhões e uma conta de juros de R$ 74,361 bilhões.
Nos 12 meses até maio, por sua vez, o déficit nominal atingiu R$ 1,062 trilhão, equivalente a 9,57% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, foi negativo em 9,45% do PIB. A conta de juros no mesmo período somou R$ 781,624 bilhões, ou 7,04% do PIB, ante 7,03% em abril.
A dívida bruta dos governos no Brasil totalizaram R$ 8,523 trilhões em maio, equivalente a 76,8% do PIB. Em relação ao mês anterior, houve aumento de 0,5 ponto percentual (pp).
Segundo o BC, a variação mensal da dívida pode ser explicada principalmente pelos juros nominais apropriados, que contribuíram para um aumento de 0,6 pp, pelas emissões líquidas, um aumento de 0,1 pp e pela dívida reconhecida, um aumento de 0,1 pp. no PIB nominal contribuiu para reduzir este aumento em 0,4 pp
A dívida líquida do setor público não financeiro subiu 0,7 ponto percentual em relação ao PIB em maio e ficou em 62,2% (R$ 6,897 trilhões). A comparação é com abril.
Segundo o BC, a variação mensal pode ser explicada por um efeito ascendente de 0,6 pp do PIB do déficit primário e de 0,7 pp da apropriação de juros. A variação cambial teve efeito descendente de 0,2 pp do PIB, e crescimento do PIB nominal de 0,3 pp
Nesta sexta-feira, o BC atualizou as elasticidades das dívidas líquida e bruta do setor público para os seus principais índices.
Para a dívida líquida, uma valorização de 1% da taxa de câmbio leva a um aumento imediato de 0,08 pp do PIB, ou R$ 8,6 bilhões. Para cada aumento de 1 pp na Selic, mantida por 12 meses, há um aumento na dívida de 0,45 pp, ou R$ 50,3 bilhões. Um aumento de 1 pp na inflação, mantido por 12 meses, aumenta a dívida em 0,17 pp, ou R$ 19,3 bilhões.
No caso da dívida bruta, uma valorização de 1% da taxa de câmbio gera uma queda imediata de 0,09 pp, ou R$ 9,9 bilhões. Para cada aumento de 1 pp na Selic, mantido por 12 meses, há aumento de 0,41 pp na dívida, ou R$ 45,8 bilhões. Cada aumento de 1 pp na inflação, mantido por 12 meses, aumenta a dívida em 0,17 pp, ou R$ 19,1 bilhões.
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