O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)afirmou que o plenário da Câmara votará nesta quarta-feira (10) o projeto de lei que ratifica o acordo entre governo e Parlamento em relação à indenização por R$ 18 bilhões para isenção de folha de pagamento de 17 setores intensivos em mão de obra e municípios com até 156 mil habitantes. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto têm até 10 de agosto para aprovar e sancionar a proposta.
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O acordo entre os poderes Executivo e Legislativo será formalizado no relatório do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). O texto deve apresentar como fontes de compensação a repatriação de recursos, atualização de bens, além de uma espécie de “desenrolamento” das agências reguladoras, que prevê a renegociação de multas aplicadas pelos órgãos. A taxa para compras internacionais de até US$ 50, chamada de taxa “blusa”, também deve constar na conta.
“Está na pauta de amanhã no Senado. Se houver necessidade de mais tempo, vamos ouvir o relator sobre isso”, afirmou. “Essas sugestões que demos para a contrapartida são políticas públicas e programas baseados na lei, que é a repatriação de recursos internacionais, a regularização do patrimônio nacional, a atualização de pessoas ativas e jurídicas, a regularização de multas em agências reguladoras em um ‘desrolamento’ de multas que também pode servir como compensação. Tudo isso é suficiente para a coleção em 2024”, acrescentou Pacheco.
Após as declarações de Pacheco, o Ministro das Finanças, Fernando Haddad, afirmou que sua equipe apresentou novas propostas ao presidente do Senado. Segundo Haddad, as medidas têm potencial para compensar a isenção “por quatro anos”.
“Eles são [propostas] novos para compensar. Trouxemos-lhe um menu, mas isso encerra a conta”, disse o ministro aos jornalistas, à entrada da sede do ministério.
Segundo Haddad, caso as medidas não sejam suficientes, será cumprida a decisão do STF, que determinou que, caso não haja acordo, os efeitos da liminar que restabelece a folha salarial dos setores serão novamente aplicados.
“Infelizmente, se não cobrir, vamos fazer cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina o equilíbrio das contas”, disse. “Se não fechar [a conta]você tem que inventar outros [medidas] tão perto.”
O modelo de desoneração tributária da folha de pagamento para setores da economia foi instituído em 2011, como forma de estimular a criação de empregos. Desde então, foi prorrogado diversas vezes. É um modelo de substituição tributária, em que os segmentos afetados contribuem com uma alíquota de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre os salários. Juntos, os 17 setores geram cerca de 9 milhões de empregos.
No ano passado, o Congresso prorrogou a medida até o final de 2027. Além disso, estabeleceu que os municípios com população inferior a 156 mil habitantes poderão ter a contribuição previdenciária reduzida de 20% para 8%. O texto, porém, foi vetado pelo presidente Lula. Posteriormente, o veto presidencial foi derrubado pelo Congresso e, em resposta, o Executivo enviou uma medida provisória prevendo mais uma vez o fim das duas modalidades de desoneração tributária, entre outros pontos da agenda fiscal.
Após acordo, o governo propôs um projeto de lei que prevê a manutenção da isenção tributária neste ano e aumento progressivo a partir de 2025. A alíquota para os setores contemplados será de 5% sobre a folha de pagamento em 2025; 10% em 2026; 15% em 2027; e 20% (valor cobrado hoje de outras empresas) em 2028.
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