Se a Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) continuarem a crescer no ritmo atual, o quadro fiscal se mostraria insustentável no próximo ano, pois o cumprimento exigiria um corte de gastos com despesas discricionárias (não obrigatórias) de R$ 40 bilhões, aponta Pedro Schneider, economista do Itaú Unibanco.
“Sabemos que o espaço para corte de gastos discricionários é menor que esses R$ 40 bilhões”, disse Schneider durante reunião com jornalistas nesta quarta-feira. “É por isso que o governo está tomando medidas na parte administrativa, para rever os gastos, para que esse índice de concessões diminua.”
Segundo Schneider, ano a ano, a Segurança Social cresce a uma taxa de 5,5% a 6%, e o BPC, entre 11% e 12%.
Além do esforço deliberado do governo para travar parte destas concessões, Schneider destacou que parte deste aumento está relacionada com a redução da fila da Segurança Social. “Espera-se que, em algum momento, esses efeitos se estabilizem”, afirmou.
Com algumas receitas extraordinárias e também uma actividade mais forte, a probabilidade de o governo conseguir cumprir a meta de resultados primários este ano aumentou ainda mais, observou Schneider.
Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, disse que o PIB do Brasil em 2024 talvez seja mais próximo de 3% do que de 2%.
O peso dado às medidas fiscais extraordinárias nas discussões sobre ajuste fiscal, porém, só acaba adiando os debates para o ano seguinte, segundo economistas do Itaú.
Pedro Schneider afirmou ainda que o efeito da seca nos preços dos alimentos e, consequentemente, na inflação tende a ser mais volátil. “No curto prazo, isso vai e vem”, disse ele durante encontro com jornalistas nesta quarta-feira.
O que mais poderá afetar a inflação fechada em 2024, disse ele, é o caso do acionamento de bandeiras tarifárias de energia mais caras. “Mas, em geral, estes são choques que vêm e vão. Não é que o Banco Central tenha de reagir aos seus efeitos primários”, disse Schneider.
O problema, porém, é quando ocorrem choques sobre expectativas de inflação já não ancoradas, como é o caso actual. “Isso poderia gerar um efeito inflacionário mais persistente do que se as expectativas não fossem descontroladas”, disse ele.
Sobre os efeitos da seca no PIB, Schneider considerou que, aos olhos de hoje, há “pouca visibilidade” para fazer projeções.
Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, reconheceu que há uma discussão sobre um possível viés de queda do PIB agrícola devido à seca. “Vamos acompanhar isso”, disse ele. “Se afetar o plantio de soja de forma relevante, afetará o PIB agrícola no próximo ano”, disse.
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