A região amazônica concentra os principais terminais do Arco Norte e se consolidou como importante rota de escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste do país. Com a perspectiva de mais um ano de seca severa na Amazônia, a Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) já dá como certa a queda na movimentação de granéis vegetais nos portos da região em 2024. “Estávamos não consegue embarcar volume igual ao de 2023 devido aos problemas climáticos enfrentados em Mato Grosso. Ou seja, mesmo no período de cheia, com operação a 100%, não tivemos o mesmo volume de carga que tivemos em 2023”, afirma o presidente da associação, Flávio Acatauassú. Leia também: Seca do Norte faz exportação de milho migrar para portos do Sudeste Estações flutuantes de transbordo ampliam capacidade de transporte de grãos no Arco Norte Pará pretende ser principal corredor de exportação agrícola Com a seca no Centro-Oeste, que atrasou o calendário de produção Com plantio na região este ano, o volume de milho enviado aos portos da região amazônica caiu 11,5% no primeiro semestre deste ano, totalizando 3 milhões de toneladas, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Considerando todos os granéis sólidos vegetais, 26 milhões de toneladas foram movimentadas nos portos amazônicos de janeiro a junho deste ano, abaixo dos 26,5 milhões de toneladas no mesmo período de 2023, segundo o órgão. Ao longo do ano passado, o volume movimentado ultrapassou 53 milhões de toneladas, um aumento de 19% em relação a 2022. A região amazônica concentra os principais terminais do Arco Norte e se consolidou como importante rota de escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste do país justamente pelos rios que, hoje, estão em piores condições: Tapajós e Madeira. Segundo medições do Serviço Geológico Brasileiro, a Madeira atingiu a marca histórica de 2,07 metros em Porto Velho, Rondônia, no dia 6 de agosto, abaixo dos 3,86 metros observados na mesma época do ano passado e da média histórica do período, de 5,8 metros. Leia também: Governo de Roraima cria crédito emergencial para pecuaristas afetados pela seca Fraco La Niña deve prolongar estiagem na Amazônia até o final do ano Seca na Amazônia gera perdas para milho safrinha e ameaça safra 2024/25 No rio Tapajós, o monitoramento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA) apontou profundidade de 4,74 metros na estação Santarém na mesma data, abaixo dos 5,79 metros registrados no mesmo período do ano passado. Nos cálculos de Flávio Acatauassú, da Amport, a julgar pelo ritmo médio de queda do nível das águas dos dois rios neste ano, será necessário começar a restringir o volume de cargas nessas hidrovias a partir da segunda quinzena deste mês. A esperança, diz ele, é que condições climáticas mais favoráveis na margem esquerda do Amazonas permitam mitigar os efeitos da seca na margem direita da bacia. “Dizem os antigos que o rio Amazonas funciona como se fosse uma barreira para o rio Tapajós. Se o rio Amazonas desce, suga e seca o Tapajós”, afirma. Diante do cenário negativo, a Amport entregou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em maio, um plano de dragagem que deverá permitir a dragagem dos trechos mais críticos do Tapajós. “O edital está pronto, estamos apenas aguardando o lançamento da licença prévia em agosto. Por isso estamos ansiosos e otimistas de que até setembro teremos a dragagem dessas passagens críticas para mitigar um possível efeito da seca na navegação”, afirma o diretor. Saiba mais taboola Além do impacto na navegação, a falta de chuvas também impacta a produção de grãos no Norte. Segundo a Aprosoja-Pará, há relatos de queda na produtividade das culturas no Estado. “Temos muitas lavouras de milho que não dão nem palha. Não choveu, o milho ficou pendurado a meio metro de altura e as demais lavouras onde choveu um pouco mais têm produtividade abaixo de 80 sacas por hectare, podendo acabar abaixo de 30”, afirma o presidente da associação, Vanderlei Ataídes. Em Rondônia, o diretor-executivo da Aprosoja local, Victor Paiva, afirma que a produtividade média da soja no Estado na safra 2023/24 caiu 13%, para 52 sacas por hectare. E as perspectivas para a safra 2024/25 também são negativas. “O que esperamos do clima em Rondônia é a seca. O que aconteceu na safra passada provavelmente se repetirá e poderá até ser um pouco pior”, avalia.
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