Com ingressos esgotados desde maio para quatro dos sete dias de shows, o Rock in Rio não é aguardado apenas por uma legião de fãs. O festival, que completa 40 anos na edição de 2024, tornou-se uma fonte de renda bilionária para a cidade do Rio e para uma cadeia de diversas atividades econômicas.
Realizado a cada dois anos, o festival retorna à Cidade do Rock em setembro. Junto com o público esperado de cerca de 760 mil pessoas (700 mil pagantes, 35 mil VIPs e 28 mil credenciados) nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, o Rock in Rio vai gerar um impacto de R US$ 2,9 bilhões para a economia do Rio.
É o que aponta a quarta edição do “Estudo de Impacto Econômico do Rock in Rio”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com base em informações fornecidas pela organização. A retirada, antes do Valormostra que esse número é recorde desde 2017, quando a pesquisa começou.
Naquele ano, o festival movimentou R$ 2,42 bilhões. Depois saltou para R$ 2,58 bilhões em 2019, e chegou a R$ 2,69 bilhões em 2022. Os valores foram atualizados pelo IPCA do período.
“O Rock in Rio é fundamental para a economia carioca. A cidade já se prepara para esse evento, que tem magnitude semelhante ao Carnaval e ao Réveillon. Os hotéis ficam lotados e os voos lotam devido ao grande fluxo de turistas na cidade”, diz Luiz Gustavo Barbosa, responsável pelo estudo e professor da Escola de Administração Pública e de Empresas da FGV.
Este ano, uma iniciativa inédita visa reforçar a contribuição do festival para a economia carioca. Os ingressos darão direito a descontos em diversos pontos turísticos, como o Cristo Redentor e o Bondinho do Pão de Açúcar, durante todo o mês de setembro.
“Não vejo outra solução para o Rio de Janeiro que não passe pela equação da questão cultural, que desaguará na questão do turismo e do entretenimento. Essa é a vocação, a cara da cidade, mas muitas vezes essa vocação não é explorada ao máximo”, afirma o empresário Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio.
A edição deste ano também será responsável pela geração de 32,6 mil empregos na cidade, segundo análise da FGV. A cadeia envolve 14 atividades económicas relacionadas com os setores do turismo, transportes, logística, alimentação, alojamento e indústria audiovisual.
“E, obviamente, o setor da economia criativa. Você vai do cara ajustando um fio até alguém carregando o violão de um artista. Há um volume enorme de atividades de apoio e micro e pequenas empresas beneficiadas”, acrescenta o professor da FGV.
Quando as vendas foram abertas, em dezembro, quando as atrações ainda não haviam sido anunciadas, os 180 mil ingressos disponíveis esgotaram-se em apenas duas horas. Durante a venda oficial de ingressos em maio, quatro dias inteiros (13, 14, 20 e 22 de setembro) esgotaram em pouco mais de duas horas e meia.
Segundo a organização do festival, 54% dos compradores são do Estado do Rio e 20% de São Paulo. Além disso, os ingressos já foram vendidos para fãs de 31 países diferentes.
“Só a marca Rock in Rio vende a cidade do Rio de Janeiro, internacionalizando nossa imagem para além do Brasil”, afirma a secretária municipal de Turismo do Rio, Daniela Maia.
O professor da FGV aponta três fatores para o sucesso do evento: a solidez da marca Rock in Rio, a repetição a cada dois anos e a renovação da experiência oferecida ao público a cada nova edição.
Criado em 1985 e realizado em edições separadas em 1991 e 2001, o Rock in Rio voltou ao calendário de eventos da capital carioca em 2011. Desde então, é realizado a cada dois anos, com grande sucesso de público, e só foi adiado em 2021 por causa da pandemia.
“O Rock in Rio é a principal âncora de um calendário de eventos da cidade do Rio de Janeiro. Além disso, consegue manter-se atraente para diferentes gerações”, afirma Barbosa.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo