O grande risco para o Banco Central na agenda de inovação é a falta de independência financeira da autoridade, disse o diretor de regulação, Otávio Damaso, que participou do evento TQI nesta quinta-feira. “O BC tinha quase 7 mil funcionários [no passado] e hoje estamos em 3 mil. Não temos dinâmica para fazer RH e contratar funcionários. Precisamos de uma competição e estamos sem competições há mais de 10 anos”.
Dâmaso lembrou que parte da tecnologia que impulsiona inovações no sistema financeiro, como o Pix, foi feita pela autoridade. “Precisamos completar o ciclo de dar autonomia ao BC na questão financeira”, afirmou.
Questionado sobre os riscos na transição de alguns nomes da diretoria e da presidência do BC no ano que vem, Dâmaso disse ver “riscos zero para a agenda de inovação”. Segundo o dirigente, “o nosso corpo técnico é da mais elevada qualidade e todos estão empenhados em promover o crescimento do sistema financeiro”.
A agenda do BC vê a inovação como forma de estimular a concorrência, disse. “Nossa agenda de inovação prepara o sistema financeiro do futuro.”
Segundo o diretor do BC, a autoridade monetária ajuda o sistema financeiro a construir a infraestrutura sobre a qual se desenvolverá no futuro. “Nós organizamos, em alguns casos até criamos a infraestrutura, mas quem faz a inovação e os negócios são as pessoas e as instituições do sistema financeiro.”
Dâmaso lembrou que, historicamente, o setor no país sempre foi inovador. “Sempre tivemos uma pegada de inovação por diversos motivos e alguns nem tão bons, como no período de inflação alta quando precisávamos de tecnologia para sobreviver”, explicou.
Citou o sistema de registo de crédito (SRC), “que cobre mais de 99% do sistema financeiro”. Segundo o diretor, o SRC foi criado após a crise que atingiu bancos como Econômico e Nacional, em 1995. “Já faz algum tempo que começamos a olhar para esses sistemas de registro para estimular a concorrência”, disse.
A abertura do sistema financeiro a modelos inovadores ajudou a aumentar a concorrência em vários sectores, tais como instituições de pagamento e bancos. “Há vinte anos, sempre que um deputado ia ao Congresso para se pronunciar, era questionado sobre o alto nível de concentração e dependência de poucos bancos. demandas da sociedade, como as instituições de pagamento.”
Dâmaso citou como o sistema cadastral pode ajudar tanto na fiscalização do BC quanto na melhoria do sistema financeiro. Segundo o diretor, em 2014, no auge da operação Lava-Jato, a Petrobras decidiu suspender temporariamente os pagamentos a fornecedores até que todas as operações estivessem mapeadas. “O BC pensou, se a maior empresa do país fosse parar, como ficaria o sistema financeiro?”, disse.
O BC utilizou então o sistema de cadastro para mapear todos os fornecedores da Petrobras e todas as demais empresas que orbitam direta e indiretamente essa cadeia. “Pegamos todas as operações de crédito de cada uma das empresas e dos funcionários dessas empresas e verificamos quais bancos tinham exposição e o tamanho dessa exposição na cadeia Petrobras. Ou seja, começamos a olhar onde estão os problemas do sistema financeiro estávamos naquele momento. Com as informações, começou o trabalho de supervisão e nos coordenamos com cada banco para nos prepararmos para esses movimentos, aumentando o capital e reforçando provisões e outras iniciativas. Nesse período, a economia brasileira teve uma recessão significativa, mas nenhum banco brasileiro foi. falido.”
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