O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), aproveitou agenda pública desta quarta para fazer o que chamou de “terapia de grupo”. No discurso em que anunciou a cidade como sede da nova bolsa de valores brasileira, o prefeito criticou a gestão passada do município e do Estado e afirmou que “erros” afastaram os investimentos.
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“O Rio de Janeiro foi o epicentro das grandes crises brasileiras da última década. Isso aumentou um certo ressentimento, digamos assim, entre os atores privados em relação ao investimento no Rio”, disse Paes.
Sem citar casos específicos, o prefeito se referiu aos escândalos de corrupção que atingiram os últimos governadores do Rio —entre eles, Sérgio Cabralque foi preso na operação Lava-jato e era, até então, aliado de Paes.
Em seu discurso, o prefeito falou em “governadores que conhecemos” e “ex-governadores que saíram como saíram”. Só nos últimos cinco anos, seis dirigentes do Palácio Guanabara foram destituídos de cargos ou presos por suspeita de irregularidades durante seus mandatos.
“O Rio de Janeiro tem tido uma capacidade incrível de produzir governantes disruptivos, que desestruturam o setor privado, que perturbam a imagem da cidade e do Estado e que trazem problemas já conhecidos. Isso cria um cenário que faz com que as pessoas tenham alguma dificuldade em acreditar [no Rio]”, ele adicionou.
Já citando seu antecessor na prefeitura, Marcelo Crivella (Republicanos), Paes afirmou que a cidade era uma “tragédia completa” quando assumiu o terceiro mandato. Logo depois, ele também falou sobre o ex-governador Wilson Witzel (PMB), afastado do cargo por suspeitas de desvio de recursos públicos. “O Rio de Janeiro tentou fazer revoluções com um bispo e ex-juiz. O resto é história”.
Paes sofreu derrotas ao competir com ambos. Primeiro, Crivella — chamado bispo por sua ligação com a Igreja Universal — derrotou o atual aluno do prefeito, o deputado federal Pedro Paulo (PSD)nas eleições de 2016.
Depois, em 2018, Paes enfrentou Witzel no segundo turno nas eleições para o governo do estado, mas foi derrotado pelo ex-juiz por quase 20 pontos percentuais.
No discurso do prefeito desta quarta-feira, ele afirmou que, além do problema de gestão estadual e municipal, o Rio “perdeu a guerra narrativa”. A narrativa, na sua opinião, é “fundamental para que decisões económicas adequadas sejam tomadas”.
“O Rio tem outro problema, dando continuidade ao nosso DR aqui, que é o problema narrativo. É muito sério”, disse ela.
Nesse sentido, Paes reclamou de ver poucos agentes da iniciativa privada circulando pela cidade. Ele usou como exemplo os restaurantes da Marina da Glória, que, segundo ele, só é frequentado por “deputados, senadores e secretários estaduais e municipais”.
O autarca acrescentou que poderão até estar, no mesmo local, pessoas do “setor privado ligadas à milícia e ao tráfico de droga, por vezes, num canto escondido”.
Para finalizar, o prefeito traçou um paralelo com São Paulo, cidade e estado muitas vezes alvo de ironia pelo “jeito paulista de ser”. O prefeito, porém, destacou que o vizinho não é problema para o Rio.
“São Paulo não tem responsabilidade pelas nossas tragédias. Nossas tragédias dependem das nossas escolhas, da nossa incapacidade de reagir aos erros cometidos em relação ao Rio. Não vou me aprofundar nisso aqui. Mas também pela nossa capacidade de cometer tantos erros.”
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