A votação da regulamentação deve começar hoje com pontos indefinidos, como se as carnes da cesta básica terão ou não isenção de imposto A proposta entregue ontem pelo ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, ao coordenador do Conselho de Trabalho O Grupo de Reforma Tributária, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), tem sete principais reivindicações do ministério para mudanças no projeto de lei complementar (PLP) 68/2024, que deve começar a ser analisado nesta quarta-feira (7/10). Leia também Ministro quer isenção para alimentos in natura e mais imposto sobre agrotóxicos Haddad propõe aumento de cashback em troca de taxação sobre carnes A lista inclui isenções para alimentos in natura e para a sociobiodiversidade brasileira, incentivo à produção de biodiesel com matéria-prima agrícola familiar, proteção de leite nacional e combate aos ultraprocessados e açucarados, além da tributação de agrotóxicos. A intenção era convencer o GT a incluir essas medidas no parecer final que será votado no Plenário da Câmara dos Deputados. Espera-se que hoje seja apresentado um novo relatório sobre o principal projeto regulatório da reforma tributária. Ainda há vários pontos de incerteza ou que não há acordo para votação entre os deputados, principalmente sobre a isenção ou não da carne na cesta básica. A Frente Parlamentar Agrícola (FPA) contesta o impacto estimado pela equipa económica desta medida na taxa geral de imposto, de até 0,53 pontos percentuais, e exige a apresentação dos cálculos. A primeira exigência do MDA é garantir tratamento tributário adequado aos agricultores familiares não contribuintes quando comercializarem no regime de tributação diferenciada. A sugestão é incluir um parágrafo no texto do substitutivo para garantir que os créditos presumidos dos pequenos produtores não possam ser inferiores aos dos demais, que têm renda anual de até R$ 3,6 milhões. “A forma proposta de cálculo do crédito presumido no PLP 68 corre o risco de tornar a agricultura familiar – que é o público em sua maioria não contribuinte e com menor poder de mercado – menos competitiva em relação aos demais produtores rurais contribuintes”, diz o documento , ao qual a Globo Rural teve acesso. Pasta avalia que, dependendo da regulamentação da regra do crédito presumido, pode ser mais vantajoso comprar de agricultores contribuintes que geram maiores créditos tributários, o que obrigará o agricultor familiar a vender por um preço menor para compensar o comprador por essa diferença de crédito. presumível menor que lhe será repassado. Outra exigência é reconhecer, explicitamente, que as cooperativas e associações rurais também podem ser isentas de inscrição no regime de tributação do IBS (imposto sobre bens e serviços) e do CBS (contribuição sobre bens e serviços). A intenção também é deixar mais claro que essas entidades poderão beneficiar e industrializar a produção dos associados sem perder o benefício. O MDA ainda quer incluir o leite cru refrigerado e o arroz em casca na lista de produtos da cesta básica com alíquota zero. O Ministério também pediu para excluir a possibilidade de o leite reconstituído ter benefícios na cesta básica nacional. “Essa permissão abre espaço para a indústria importar leite em pó (isento por força da lei da cesta básica) e reconstituí-lo e vendê-lo sem ônus”, diz o documento. O ministério também quer que as essências de café e as bebidas ultraprocessadas de café sejam excluídas da cesta básica. Alimentação O Ministério liderado por Paulo Teixeira propôs a inclusão de alimentos da sociobiodiversidade na lista de frutas e hortaliças isentas “pela sua relevância ambiental, para os povos da floresta e para a nutrição”. A sugestão também é que os alimentos hortícolas minimamente processados não sejam excluídos da lista de isentos. A proposta é que hortaliças e frutas minimamente processadas beneficiem de redução de 100% do IVA. A lista inclui itens como castanha-do-pará, amêndoa de babaçu, castanha de caju, castanha de baru e óleos ou manteigas de copaíba, macaúba, pequi, buriti, entre outros. A ideia também é excluir os alimentos ultraprocessados que estarão na lista. “Praticidade e comodidade não podem ser privilégio apenas de produtos processados e ultraprocessados”, diz a proposta. Biocombustível O ministério também sugeriu a criação de um mecanismo presuntivo de crédito integral vinculado à compra de oleaginosas, como a soja, de produtores não contribuintes utilizados para a produção de biodiesel, desde que a empresa produtora do biocombustível tenha compromissos sociais com os pequenos produtor. O objetivo é contemplar o sistema existente desde 2005, com o Selo Biocombustível Social, que dá às usinas de biodiesel acesso preferencial ao mercado e redução de PIS/Pasep e Cofins sobre o biocombustível produzido a partir de matéria-prima da agricultura familiar. “A Constituição previu um tratamento tributário diferenciado para os biocombustíveis quando comparados aos combustíveis fósseis. O selo está em pleno funcionamento, com adesão de quase todos os produtores brasileiros de biodiesel. O certificado garantiu a participação de, em média, 70 mil famílias, com faturamento de quase R$ 6 bilhões, e aportes de assistência técnica de R$ 70 milhões”, disse o ministério. O MDA sugeriu a inclusão de um parágrafo no artigo do PLP que trata da tributação dos biocombustíveis, o que explica a garantia de taxas mais elevadas de crédito presumido para este tipo de comercialização. Agrotóxicos Por fim, o ministério defendeu a exclusão dos “agrotóxicos mais nocivos ao meio ambiente ou à saúde humana do benefício fiscal” da alíquota reduzida e pediu a inclusão desses itens na lista de produtos que terão tributação seletiva, com uma carga tributária mais elevada. “O projeto inclui redução ampla e indiscriminada de impostos para agrotóxicos independentemente do seu nível de toxicidade ao meio ambiente e à saúde humana”, diz o documento do MDA entregue ao coordenador da reforma tributária. A sugestão visa alinhar o tratamento tributário dos agrotóxicos ao atual marco regulatório de classificação desses produtos, diz a proposta. A ideia é também “estimular a transição gradual para uma produção agrícola sustentável baseada em bioinsumos” e sinalizar à indústria de pesticidas “vantagens para o desenvolvimento de produtos mais sustentáveis”.
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