Quem faz faculdade acaba conhecendo o nome de uma plataforma ligada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq): a plataforma Lattes. O portal, que registra dados de pesquisadores e professores de todo o Brasil, leva o nome César Lattescientista responsável pela descoberta das partículas do méson Pi, que ajudou a explicar melhor como funcionam os átomos.
Lattes nasceu em 11 de julho de 1924 em Curitiba, no Paraná, e se estivesse vivo completaria 100 anos em 2024. O brasileiro foi um dos físicos mais influentes do país, responsável por descobertas que moldaram a compreensão moderna das partículas física.
O feito de Lattes, no entanto, não lhe rendeu o premio Nobel na época, pois até 1960 a regra era premiar o líder da equipe responsável pela descoberta. Com isso, o chefe do laboratório, Cecil Powell, onde Lattes trabalhava desde 1946, recebeu o Prêmio Nobel em 1950 no lugar do brasileiro.
A não indicação de Lattes ao Prêmio Nobel e sua ausência na lista de vencedores geraram polêmica no Brasil e no mundo e, anos depois, o cientista retornou ao país e ajudou a fundar universidades e institutos que moldaram os rumos da ciência brasileira.
A descoberta do Brasil
Formado em Física pela Universidade de São Paulo em 1943, Lattes recebeu, três anos depois, uma bolsa para participar de um programa da Universidade de Bristol, no Reino Unido, que estudava calibração de novas emulsões nucleares. A pesquisa funcionou utilizando um detector de partículas que melhorou chapas fotográficas comuns na época.
Segundo a USP, foi em 1947 que Lattes conseguiu identificar a partícula subatômica. Após visitar o Departamento de Geografia da Universidade, o físico brasileiro identificou que o melhor local para expor as chapas fotográficas que ajudariam a confirmar a hipótese científica era o Monte Chacaltaya, em La Paz, na Bolívia, a 5.500 metros acima do nível do mar.
O méson pi, segundo a USP, é uma partícula subatômica responsável pela forte interação que mantém os núcleos atômicos unidos, sendo uma peça fundamental no quebra-cabeça da física nuclear. A descoberta de Lattes, juntamente com seus colegas Giuseppe Occhialini e Cecil Powell, revolucionou o campo e foi essencial para o desenvolvimento da teoria quântica de campos.
Legado científico e retorno ao Brasil
Após sua atuação na Inglaterra, Lattes foi convidado a atuar em institutos e universidades de todo o mundo. O cientista, porém, decidiu retornar ao Brasil e ajudou a fundar, em 1949, o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) no Rio de Janeiro, o CNPq em 1951, e o Instituto de Matemática Pura e Aplicada em 1952.
Lattes também desempenhou um papel crucial na defesa do investimento em ciência e ajudou a criar a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde deu continuidade às suas pesquisas e ao trabalho com as novas gerações de físicos.
Ao longo de sua carreira, Lattes recebeu inúmeros prêmios e homenagens, nacionais e internacionais, refletindo sua importância no campo da física e foi membro de academias científicas, incluindo a Academia Brasileira de Ciências e a Academia de Ciências do Terceiro Mundo. O cientista morreu em 2005, aos 80 anos, na cidade de Campinas (SP).
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