Subindo como um foguete, o dólar comercial não dá trégua ao real e já acumula alta de 17% este ano. Na tarde desta terça, subiu 0,8%, aproximando-se de R$ 5,70. Apesar de assustador e de parecer muito, o valor ainda está 35% abaixo da máxima histórica real de R$ 8,76 atingida em setembro de 2002, segundo cálculos da consultoria Elos Ayta.
Para atingir o preço máximo ajustado pela inflação no Brasil e nos Estados Unidos, o dólar ainda precisaria subir mais de 50%.
“Em setembro de 2002, o dólar atingiu um de seus picos mais significativos, atingindo R$ 8,76. Esse aumento foi impulsionado pelas incertezas políticas e econômicas antes das eleições presidenciais brasileiras que resultaram na ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder”, lembra Einar Rivero , consultor de dados financeiros e presidente executivo da Elos Ayta.
Se você não se lembra de ter visto o dólar bater R$ 8, você está certo. A conta leva em conta a inflação do Brasil (IPCA) e dos Estados Unidos (IPC-U) e não apenas o preço nominal. Nessa mesma escala, no nascimento do real, em 1994, o dólar custava R$ 3,81 e não R$ 1, como registravam os jornais da época.
A consultoria Elos Atyta utilizou a cotação Ptax para chegar a esses valores, que é uma média dos preços de negociação da moeda, calculada pelo Banco Central. Nesses parâmetros, o recorde real para o dólar seria de R$ 8,76. Mas esse número pode variar, caso haja alteração nos índices de inflação, por exemplo. Mas nada longe de R$ 8.
Em termos nominais, o recorde do dólar comercial foi de R$ 5,90, alcançado em 13 de maio de 2020, nos primeiros meses da pandemia. Para chegar lá é preciso bem menos, apenas 4,7% ou R$ 0,21.
Por outro lado, na comparação real, considerando a inflação, a moeda americana ainda está cerca de 20% abaixo desta marca, vista há quatro anos. Hoje em dia, o dólar naquela época valeria algo em torno de R$ 6,42 (Ptax).
“A análise mostra que a taxa de câmbio ajustada pelo IPCA e pelo IPC-U é altamente volátil, influenciada por acontecimentos macroeconômicos e políticos. “A valorização do dólar coincide com as crises, enquanto os períodos de queda refletem a confiança econômica e o fluxo de capital estrangeiro”, destaques .
O dólar mais baixo da história
Em julho de 2011, o real estava mais forte, chegando a R$ 2,31, em valores corrigidos, segundo Elos Ayta. “Esse período foi caracterizado por uma forte valorização do real, impulsionada pelo boom das commodities e por fluxos significativos de investimentos estrangeiros no Brasil”, lembra Rivero.
Nominalmente, esses valores giravam em torno de R$ 1,50. Na verdade, R$ 1 passou a valer mais que US$ 1, sem considerar a inflação. Isso ocorreu entre 1994 e 1999, nos primeiros anos do Plano Real, quando o governo ainda controlava a taxa de câmbio, monitorando sempre o índice de preços, para evitar a volta da hiperinflação que acabava de ficar para trás.
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