O tempo seco significa que a oferta de animais criados a pasto é cada vez mais escassa. O mercado físico de boi gordo continua aquecido, embora os preços tenham permanecido estáveis nesta quinta-feira (9/5). Ao longo da semana, os preços da arroba cresceram tanto para animais machos, quanto para vacas e novilhas. O impulso veio de uma oferta mais ajustada e de uma procura firme, e espera-se que os ganhos se mantenham. +Veja mais citações na ferramenta Globo Rural “O cenário para os próximos dias deve continuar favorável para o lado vendedor, principalmente se a oferta continuar moderada e as exportações mantiverem o ritmo atual”, disse a Scot Consultoria em nota. Texto inicial do plugin Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), referências para São Paulo, o preço bruto do gado vivo era de R$ 245 por arroba parcelado. “O cronograma de abate pouco mudou e dura de seis a 10 dias, dependendo do frigorífico. Este fator, mantendo o tamanho da escala, pode ser um dos motivos que tem travado o aumento mais rápido dos preços”, acrescentou Scot. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirmaram em nota que o clima é muito seco e a oferta de animais criados a pasto está cada vez mais escassa. Desta forma, os horários de abate dos matadouros deverão ser cobertos pelos animais em confinamento. “Do lado da demanda, os indicadores macroeconômicos mostram que o consumo brasileiro pode continuar firme. Em termos de exportações, as perspectivas também são favoráveis, tanto pelos preços competitivos da carne brasileira quanto pelo impacto da produção deficiente nos Estados Unidos desde o ano passado”, afirmou o Cepea. Do outro lado do mundo, o mercado chinês manteve-se firme esta semana, mas dando sinais de “limites”, alertou Agrifatto. “Os exportadores até tentaram aumentar ainda mais os preços iniciais, mas os importadores (chineses) se mostraram resistentes aos novos valores oferecidos (US$ 4,9 mil/t)”, disse a consultoria. Assim, segundo a Agrifatto, a carne bovina destinada à China registrou aumento de apenas 0,53% no período, com o corte dianteiro negociado em média a US$ 4,725 por tonelada. No período de 2024 a julho, frente ao mesmo período de 2023, a expansão das exportações brasileiras de carne bovina in natura para a China é de 13%, o que posiciona o país asiático como destino de 49,8% dos embarques. Nesse período, os preços por tonelada de carne em dólares diminuíram 12%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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