Preço do açúcar sobe e o do café cai na bolsa de Nova York

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A sessão também foi de alta para cacau e suco de laranja e queda para algodão. Os contratos de açúcar Demerara com entrega para março de 2025, os mais negociados na bolsa, fecharam em forte alta na Bolsa de Nova York nesta quarta-feira (18/9), avançando 5,69%, à cotação de 21,53 centavos de dólar por libra-peso. Fatores macroeconômicos contribuíram para a perspectiva otimista, com a queda da taxa anual de inflação nos Estados Unidos e em dia de ajuste nas taxas de juros americanas. Acompanhe os preços das commodities agrícolas no Globo Rural. Acesse aqui Além disso, a forte alta dos preços do petróleo contribuiu para a elevação dos preços do açúcar, pois há expectativa de que um mix produtivo mais intensivo em álcool seja alcançado pelas usinas de cana-de-açúcar para atender a demanda por combustíveis. A Hedgepoint Global Markets destaca o relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), que mostrou um mix de açúcar abaixo do esperado, de 48,85%, contrariando as previsões de mais de 49%. “Apesar da evolução otimista em relação aos biocombustíveis, os preços do açúcar continuam dependentes da paridade das exportações indianas, com a sua participação no comércio internacional restrita a preços acima dos 20-21 cêntimos por libra-peso”, destacaram os analistas. Lívea Coda, especialista de mercado da consultoria, explica que o ambiente de mercado do setor sucroalcooleiro continuou apresentando sinais de fragilidade. Dada a situação, o complexo energético tem “lutado para manter os seus ganhos”. “Apesar disso, o açúcar permaneceu resiliente, apoiado pela seca em curso no Centro-Sul do Brasil. Durante a primeira quinzena de Setembro, a região registou condições quentes e secas, sem qualquer alívio à vista. A baixa umidade relativa do ar e as altas temperaturas nas principais áreas produtoras de cana-de-açúcar têm levantado preocupações sobre o aumento do número de queimadas nos campos”, afirma. A quarta-feira do café foi de baixa para o café Arábica na Bolsa de Valores de Nova York. O contrato mais negociado, para dezembro de 2024, caiu 0,04%, fechando a US$ 2,6440 por libra-peso. A data de vencimento para março de 2025 foi ajustada para US$ 2,62. Barchart avaliou que as previsões do banco holandês Rabobank, de aumento na oferta global de café, pressionaram os preços. Por outro lado, o mercado continua monitorando a previsão do tempo no Brasil e seus possíveis efeitos nas plantações de café. O clima mais quente e seco nas áreas de produção pode afetar a saúde das plantas e o desenvolvimento da próxima colheita. “É certo que já há prejuízos, e não são pequenos, na formação da próxima safra”, avalia Eduardo Carvalhaes, analista e trader de café. “A seca continua, a situação dos cafezais é bastante preocupante”, acrescenta. Texto inicial do plugin Carvalhaes afirma que a previsão do tempo aponta para chuvas mais regulares nas regiões cafeeiras apenas em meados de outubro. Até lá, se a situação actual se mantiver, será suficiente apenas para estancar as perdas da nova colheita. “Só teremos alguma certeza de como será a colheita de 2025 em março. Ainda nem temos certeza sobre a colheita deste ano. E não é só no Brasil. Há problemas no Vietnã, na América Central”, ressalta. Na opinião do especialista, os fundamentos apontam para um viés de alta nos preços internacionais do café. Nesse cenário, ele avalia que as oscilações de preços na bolsa neste momento atendem mais a interesses de curto prazo, principalmente à movimentação de fundos de investimento. “Os fundamentos permanecem os mesmos. O consumo está indo bem. A Europa está estabilizada, até crescendo um pouco. Cresce em toda a Ásia, em alguns países produtores, como Vietnã e Indonésia. E o Brasil continua sendo o maior fornecedor de todos eles. E será cada vez mais importante. Não há país que tenha avançado tanto na produção, tanto em qualidade como em produtividade”, explica. Na sexta-feira (13/9), a Commodity Futures Trading Commission (CFTC), órgão dos Estados Unidos que regula o mercado de derivativos, informou que os fundos reforçaram a aposta na alta dos preços. Entre 3 e 10 de setembro, a posição líquida (diferença entre compra e venda de títulos) adquirida aumentou de 56,2 mil para 56,6 mil contratos. Os preços do café caíram, mas o clima no Brasil ainda preocupa e pode ser fator de valorização da commodity Tony Oliveira/CNA Cacau. Os contratos de cacau com vencimento em dezembro de 2024 subiram 2,55% em Nova York. Os preços terminaram em US$ 7.814 por tonelada. A volatilidade marca o comércio de amêndoas. Por um lado, os agentes de mercado ganham posições vendedores, após máximos históricos. Por outro lado, o Gana e a Costa do Marfim – os maiores produtores globais – vivem uma expansão económica, decisões políticas para aumentar o preço pago aos produtores locais e o clima, que afecta a oferta do produto. A Bloomberg informou que Gana está passando por um período de eleições presidenciais. No país, a produção de cacau caiu pelo quarto trimestre consecutivo, em 26,2%. “Gana é o segundo maior produtor mundial do ingrediente usado no chocolate e viu a produção despencar devido a condições climáticas adversas, doenças, falta de insumos e contrabando de grãos.” Algodão Os contratos futuros de algodão para entrega em dezembro, mais negociados na Bolsa de Nova York, fecharam em queda de 1,23%, a 71,27 centavos de dólar por libra-peso. A queda amplia a redução de ontem, com a percepção de que a alta de segunda foi exagerada, aponta Jack Scoville, do The Price Futures Group. Texto inicial do plugin Ainda há preocupações com a demanda, especialmente em Bangladesh e na China, em meio à perspectiva de aumento da produção dos EUA no próximo ano, aponta o analista. A procura tem sido mais fraca até agora, mas há esperanças de uma recuperação à medida que os preços caem. Os EUA deverão ter boas colheitas, mesmo após um período de calor intenso e com chuvas significativas que se aproximam da região, mas as colheitas em outras áreas são mais incertas. Suco de laranja As negociações dos contratos futuros de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) para entrega em novembro fecharam em alta de 2,22%, a US$ 4,9650 por libra-peso.



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