No mundo dos investimentos, conseguir aliar segurança e rentabilidade é o sonho de todos. Via de regra, quanto maior a aposta, maiores serão os riscos – e vice-versa. Mas não se engane: dentro desse universo de possibilidades existe um produto que vem ganhando adeptos não só por combinar garantia e lucro, mas porque é de fácil contratação quando comparado a outras modalidades oferecidas por bancos e corretoras. Estamos falando do Tesouro Direto.
Em junho, segundo boletim mensal do Tesouro Nacional, as vendas do Tesouro Direto registraram mais de R$ 5 milhões, sendo 36,1% do Tesouro Direto Selic. No mês anterior, o estoque do Tesouro Direto foi de R$ 143,2 bilhões, o que representa um aumento de 21,2% em relação ao mesmo período de 2023, quando estava no patamar de R$ 118,2 bilhões.
Para Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial Investimentosainda que de forma tímida, a corrida ao Tesouro é um sinal de maturidade dos investidores brasileiros, principalmente daqueles que ainda veem a poupança como o investimento mais seguro do mercado.
A segurança do Tesouro Direto está no DNA do produto. Criada em 2002, numa parceria entre o Governo Federal e a então BM&F Bovespa (atual B3), o modelo nada mais é do que a venda direta de títulos da dívida pública para pagar dívidas governamentais. Ou seja, o investidor passa a ser credor do governo, o que na prática torna a modalidade um produto com risco zero, mais seguro até que uma caderneta de poupança.
“O Tesouro Nacional garante o dinheiro e não há chance de o Brasil ir à falência”, afirma o especialista da Genial Investimentos, que oferece todos os tipos de aplicações do Tesouro em sua plataforma.
Afinal, o que é o Tesouro Direto?
Criado em 2002, o Tesouro Direto permite que qualquer pessoa invista em títulos públicos federais de forma fácil e online. Ou seja, pode-se dizer que ao comprar um título do Tesouro Direto o investidor está emprestando dinheiro ao governo.
O Tesouro Direto ganhou popularidade nos últimos anos e hoje é uma das modalidades de investimento mais democráticas; permitindo fazer investimentos com valores baixíssimos (a partir de R$ 30) e oferece liquidez diária para todos os títulos.
Quais são os 3 tipos de Tesouro Direto?
E não faltam opções. Os três tipos mais comuns de Tesouro Direto são:
- Tesouro Prefixado (com taxa de rentabilidade bloqueada)
- Tesouro Selic (com variação da Taxa Selic mais juros);
- Tesouro IPCA+ (que paga inflação mais taxas de juros).
Há também os “caçulas” Tesouro Direto Educa+ e Tesouro Direto Renda+, ambos lançados em 2023 e com finalidades diferentes – o Educa+ é focado no planejamento financeiro para a educação dos filhos e o Renda+ é uma alternativa de aposentadoria, embora com regras diferentes da Previdência Privada.
Saiba quanto rende cada modalidade (contribuição única de R$ 5 mil)
Título | Bilhete inicial | Maturidade | Rentabilidade anual | Valor líquido de resgate |
Tesouro Prefixado 2027 | R$ 31,03 | 01/01/2027 | 11,68% | R$ 6.200,22 |
Tesouro Prefixado 2031 | R$ 34,70 | 01/01/2031 | 11,85% | R$ 9.267,31 |
Tesouro Selic 2027 | R$ 153,01 | 01/03/2027 | Selic + 0,0621% | R$ 6.091,33 |
Tesouro Selic 2029 | R$ 152,24 | 01/03/2029 | Selic + 0,1478% | R$ 7.112,15 |
Tesouro PICA+ 2029 | R$ 32,63 | 15/05/2029 | IPCA + 6,21% | R$ 7.296,91 |
Tesouro PICA+ 2035 | R$ 46,01 | 15/05/2035 | IPCA + 6,11% | R$ 12.093,05 |
O princípio de ambos é o acúmulo de rendimentos até determinado período e a devolução do valor acumulado em parcelas mensais. E ambos usam apenas o IPCA como índice e são tributados dentro da tributação regressiva do IR, assim como os produtos tradicionais do Tesouro Direto.
“Tanto o Educa+ quanto o Renda+ dependem do volume e da regularidade dos aportes até o vencimento. Não podem ser vistos como substitutos da Segurança Social e não garantem que terão condições de pagar as mensalidades da faculdade. Tudo envolve planejamento e educação financeira. Antes de tudo, é fundamental fazer simulações e traçar como o investimento se enquadra no planejamento”, alerta Wis.
Por se tratar de um investimento de renda fixa, o Tesouro Direto é recomendado para quem tem perfil conservador. “Mas cabe na cesta dos investidores moderados e ousados”, pontua o especialista.
Independentemente do perfil, há um ponto que todos os investidores precisam ter em mente: a data de vencimento. Por se tratarem de instrumentos de financiamento da dívida pública, os prazos são longos: de três anos até 2045, dependendo da escolha.
“Idealmente, o investidor está disposto a manter o título até o vencimento. Se precisar se livrar dele no meio do caminho, provavelmente perderá dinheiro, principalmente se for consertado antecipadamente”, diz Wis.
O risco, diz o analista, existe devido à chamada “marcação a mercado”, ou seja, em situações em que o valor nominal do título pode ser inferior ao que o mercado vai oferecer para venda. Por exemplo: se o título pré-fixado foi adquirido com rendimento de 10% e há opções com taxa maior, o comprador só adquirirá o papel com o desconto oferecido.
As vantagens do Tesouro Direto Selic
Com o Tesouro Direto Selic não existe esse risco, diz Wis. “Além de não ser marcado a mercado e poder ser resgatado antecipadamente, o produto oferece melhor rentabilidademesmo com a cobrança de IR e taxa de custódia da B3”, explica.
Hoje, o mercado oferece investimentos com vencimento em 2027 a 2029, com taxas de entrada de R$ 152,95 e R$ 152,18, respectivamente. Os juros variam um pouco: 0,0616% para o título com vencimento em 2027 e 0,1477% em 2029, lembrando a regra do mercado, em que os juros de longo prazo sempre rendem melhor do que os juros de curto prazo.
O ganho do Tesouro Selic é significativo e há títulos a partir de R$ 30,00, o que só reforça a possibilidade de qualquer pessoa se tornar investidor. E a simulação pode ser feita no próprio site do Tesouro Direto – em um único aporte de R$ 10 mil com vencimento em 2027, o valor alcançado será de R$ 12.572,58, bem superior ao da caderneta poupança, que totalizará R$ 11.742,53 no âmbito do mesmas condições.
Quem investir os mesmos R$ 10 mil no papel com vencimento em 2029 receberá R$ 14.975,77 – enquanto o investidor que acreditou no livro terá R$ 13.311,35. O valor a ser resgatado pode ser ainda maior se o investidor fizer aportes regulares durante o período.
Tabela regressiva IR
De 0 a 180 dias | 22,5% da renda |
De 181 a 360 dias | 20% da renda |
De 361 a 720 dias | 17,5% da renda |
Mais de 721 dias | 15% da renda |
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