Demais, certo? Então é. E agora vamos explicar para você os cinco principais motivos e também o que fazer.
- 1) Em primeiro lugar, existe a parte doméstica de história. Se os investidores acreditarem que o cenário ficará mais nebuloso, acabam perseguindo dólares em busca de proteção no exterior. E tem sido assim na maioria dos pregões deste ano.
O resultado final é. Actualmente, o governo tem o objectivo de zerar o défice fiscal (ou seja, igualar as suas despesas e receitas).. O cumprimento deste objectivo seria um sinal de que a saúde financeira do país está em dia. Isso reduziria a percepção de risco e, portanto, os prêmios exigidos para investir no Brasil. Ou seja: com a percepção de que as contas públicas estão sob controle e a atividade está em alta, mais investidores se sentiriam confortáveis em investir seu dinheiro no Brasil.
O problema, porém, é que isso não deveria acontecer. Recentemente, o governo anunciou que a previsão de resultado primário do governo central para 2024 é de déficit de R$ 28,8 bilhões. O resultado está justamente dentro do limite permitido pelo quadro fiscal, o que levanta dúvidas sobre a sua viabilidade. Afinal, se as despesas crescerem (mesmo que um pouco), ou a receita cair, a conta não será mais encerrada.
- 2) Outro ponto importante que justifica o dólar mais alto é o taxas de juros em níveis recordes nos Estados Unidos.
Ó Tesouro Americano Já é considerado o porto mais seguro do mundo dos investimentos. E é, agora, pagando as taxas de juros mais altas em mais de duas décadas. Acreditava-se que começariam a cair lá no início do ano, mas até agora nada. Então, A qualquer sinal de risco, interno ou externo, parece uma boa ideia fugir para os Estados Unidos. Para isso, porém, é necessário comprar dólares para trocar por títulos da Casa Branca. Esta pressão compradora somada ao êxodo torna a moeda mais escassa e, portanto, mais cara.
- 3) Outro agravante que complementa essa “tempestade perfeita” para o dólar avançar frente ao real é o cenário de tensões geopolíticas que só pioraram.
Os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia e entre países do Médio Oriente, como o Irão e Israel, não mostram sinais de acabar tão cedo. E se isso acontecer, ou mesmo se piorarem, também leva os investidores a buscarem segurança nos Estados Unidos.
- 4) Nos últimos dias, a alta do dólar ganhou um novo capítulo que partiu do Política monetária japonesa.
O aumento das taxas de juros no Japão acaba revertendo o chamado “carry trade”. Esta é uma estratégia de investimento em que o investidor toma dinheiro emprestado onde as taxas de juros sobem, no caso histórico japonês, e o coloca para render onde as taxas de juros voam, no caso histórico brasileiro. Mas à medida que as taxas de juro japonesas começam a subir menos, este fluxo é parcialmente revertido. Daí o aumento da escassez da moeda americana no Brasil e, portanto, mais pressão ascendente.
- 5) A cereja do bolo amargo está em NÓS, e foi apresentado aos investidores na semana passada. Ó risco de recessão.
Desde a recuperação pós-pandemia da economia americana, os investidores de risco têm torcido por uma desaceleração. Sem isso, não haveria inflação fria a ponto de as taxas de juros caírem. Bem então. Parece que a desaceleração finalmente chegou. Mas a euforia inicial com o espaço aberto para a queda das taxas de juro já deu lugar à depressão. O risco de recessão nos Estados Unidos começou a dominar a narrativa do mercado. Novamente, razão para comprar dólares e procurar refúgio em títulos americanos, pagando mesmo menos do que agora, possivelmente nos próximos meses.
Mesmo que a narrativa da recessão ganhe corpo, o fato é que os juros mais baixos são um motivo nos Estados Unidos, com a Selic aqui parada, eles tendem a reduzir a fuga de dólares do Brasil ao longo do tempo. Afinal, o diferencial de juros entre lá e aqui será menor. E agora, o O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mostra sinais de que um corte nas taxas de juros se aproxima.
Danilo Igliori, economista-chefe da Nômadeafirma que esse cenário ganhou força especialmente após dados recentes mostrarem um enfraquecimento da economia americana, o que sugere que o Fed poderá até promover cortes mais intensos do que o previsto anteriormente.
“No cenário internacional, precisaríamos de um sinal mais forte de que o ciclo de corte das taxas de juro nos Estados Unidos será mais intenso do que o esperado até recentemente. Na realidade esta possibilidade aumentou significativamente nos últimos dias com a divulgação de fraca actividade e dados do mercado de trabalho” estados.
Porém, segundo especialistas, o Brasil precisa fazer a “lição de casa”, principalmente nas questões fiscais. Um problema a menos, se as tensões geopolíticas persistirem.
Então o que fazer?
“Não creio que seja hora dos investidores comprarem dólares, por exemplo. Especialmente se a Fed realmente reduzir as taxas de juro em Setembro. O único ponto que pode atrapalhar são as questões geopolíticas, que são feias. E isso assusta o mercado”, afirma. Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Investimentos Way. Igliori do Nomad concorda. Para ele, “o contexto de tensões geopolíticas não parece ter chances tangíveis de mudanças relevantes no curto prazo”.
Para Igliori, do Nomad, a principal diretriz é que Em tempos de grande incerteza, o ideal é “evitar movimentos bruscos e, em geral, moderar o apetite ao risco”. Ele afirma, porém, que Os investidores que pensam em alocar capital no exterior podem continuar com seu plano, principalmente se ele for pensado para o longo prazo.
“Todo investidor brasileiro deveria ter uma parcela relevante de seus ativos no exterior. Ajuda a reduzir riscos e amplia as possibilidades de retorno”, afirma. “Além disso, antecipar movimentos de curto prazo do dólar é ingrato e é A melhor opção é construir gradativamente sua carteira, formando um preço médio para compra de moeda”, completa.
O estrategista-chefe do Avenida, Guilherme Castro, tem uma opinião diferente. Para ele, comprar dólar é uma boa estratégia independente do período, justamente para proteger o investidor. Segundo o especialista, olhando para o longo prazo, o real sofreu forte desvalorização frente à moeda americana, o que deve continuar acontecendo dadas as diferenças de cenários econômicos entre Brasil e Estados Unidos.
“Achamos que sempre é hora de comprar dólar, nunca sabemos o amanhã, quando é hora de comprar dólar. Mesmo sem ter tido uma crise grave, o dólar chegou a esse patamar, então imagine se tivéssemos uma crise global grave”, afirma. “
Poderia ir ainda mais longe. Poderia haver uma correção amanhã? Pode ter. Mas no longo prazo, quando vemos Nos últimos 30 anos, a moeda brasileira perdeu 80% do seu valorcom problemas semelhantes aos que ainda temos hoje. Então, estruturalmente é uma questão de diferencial de inflação, de crescimento e da questão fiscal mais recentemente, então, eu diria que Sempre é hora de comprar dólares.”
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