O valor é 6,2% superior ao disponibilizado na temporada 23/24. O ministro do Desenvolvimento, Paulo Teixeira, confirmou o valor de R$ 76 bilhões em crédito para pequenos produtores no Plano Safra da Agricultura Familiar 24/25, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O aumento é de R$ 1 bilhão em relação ao valor anunciado anteriormente pelo colega da Agricultura, Carlos Fávaro. O valor extra virá de recursos dos Fundos Constitucionais. Leia também Governo retoma programa Ecoforte, com recursos do BB e BNDES Mudanças na regulamentação de limites de compra para agricultores familiares Agricultura familiar terá nova linha para máquinas e microcrédito O valor é 6,2% superior aos R$ 71,6 bilhões do defeso de domingo e supera em 43,3% os recursos disponibilizados em 22/23. Os detalhes foram anunciados nesta quarta-feira (7/3) em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Este é o segundo Plano Safra da Agricultura Familiar do presidente Lula. Tivemos um dilema que você[Lula} nos ajudou a resolver da melhor forma. Não sabíamos se seria possível apresentar um Plano Safra ainda maior ou se deveríamos manter o volume de recursos ou reduzir os juros. Vocês decidiram de forma bacana: aumentar os recursos e reduzir os juros”, disse Paulo Teixeira, na cerimônia. Juros e alimentos O Plano Safra da Agricultura Familiar 24/25 terá juros entre 0,5% e 6% ao ano, mesmo patamar da temporada anterior. Contudo, diversas linhas estratégicas de financiamento e investimento serão reduzidas em 1 ponto percentual. O custo de produção de alimentos considerados “essenciais” para a população brasileira será reduzido, de 4% para 3% ao ano. Os agricultores familiares que produzem arroz, feijão, mandioca, leite, frutas e verduras terão acesso às tarifas mais baratas. A medida abrange produtores de feijão-caupi, trigo, amendoim, alho, tomate, cebola, inhame, inhame, batata doce, batata, abacaxi, banana, açaí cultivado, cacau cultivado, laranja, tangerina, hortaliças, ervas medicinais, aromáticas e picantes. Quem produz commodities e outros produtos, como soja e milho, pagará o dobro, 6% ao ano, na linha de custos, mesma alíquota da temporada 2023/24. Os juros sobre o custo de produção de produtos orgânicos, agroecológicos e da sociobiodiversidade serão de 2% ao ano no Pronaf. Todas as linhas de financiamento têm limite de crédito de R$ 250 mil por beneficiário, mesmo teto da safra passada. O governo vai priorizar a produção de alimentos “essenciais” no prato da população brasileira no Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25. Os juros da linha de custos para o cultivo desses itens serão a metade da taxa cobrada no plantio de produtos tradicionais, como soja e milho, pelos agricultores familiares. O ministro do Arroz, Paulo Teixeira, anunciou a criação do programa “Arroz da Gente”, para estimular a produção de cereais em todo o país. A iniciativa inclui crédito com juros mais baixos e lançamento de contratos de opção para compra de até 200 mil toneladas de arroz da agricultura familiar. “Como a preocupação é ter arroz barato na mesa do povo, estamos lançando o programa Arroz da Gente. Plantar arroz em todo o país, com contratos de opção, de até 200 mil toneladas na agricultura familiar”, disse na cerimônia. Os produtores familiares de arroz terão uma estratégia específica, que prevê sete eixos, entre eles crédito, acompanhamento técnico, sementes, beneficiamento, comercialização e contratos de opção (estabelecimento de preço mínimo do produto pelo governo federal para garantir ao produtor a comercialização a um valor justo , de acordo com o mercado). A taxa de custo de produção será de 3% para o arroz convencional e de 2% para o arroz orgânico. Leite e milho O MDA informou ainda que nesta lista também constarão a produção leiteira, bem como o financiamento da pecuária para a apicultura, a pecuária leiteira, a avicultura poedeira, a aquicultura e a pesca, a ovinocaprinocultura e a exploração extractiva ecologicamente sustentável. O cultivo de milho, cujas operações combinadas atingem o valor de até R$ 20 mil por mutuário em cada ano agrícola, também terá taxas de juros reduzidas. Saiba mais taboola Máquinas agrícolas O Ministério do Desenvolvimento Agrário criou uma linha específica no programa Mais Alimentos para financiar máquinas, equipamentos e implementos para agricultores familiares com renda familiar anual inferior a R$ 100 mil. Os juros serão os menores entre os investimentos do Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25, de 2,5% ao ano. O limite de crédito será de R$ 50 mil por produtor. Segundo Paulo Teixeira, a linha geral de investimentos em máquinas, na Mais Alimentos, passará de R$ 7,7 bilhões na safra 2023/24 para R$ 9,9 bilhões nesta temporada. “Nesta nova linha queremos pedir para fazer uma máquina menor, mais familiar ao agricultor familiar, que entra na sua propriedade. É para microtratores, motocultivadores, colhedoras de forragem, implementos agroflorestais, estufas. Estamos adicionando uma linha com limite de até R$ 50 mil e juros de 2,5% ao ano para aquisição desses equipamentos”, disse Teixeira. A linha de Investimento Mais Alimentos Gama 1, para financiamento de cultivo protegido, armazenamento, ordenhadeiras e tanques de resfriamento, pesca e aquicultura, terá redução de juros, de 4% a 3% ao ano. O limite de crédito passará de R$ 210 mil para R$ 250 mil por beneficiário. Esse aumento também se aplica à aquisição de máquinas, colheitadeiras e implementos agrícolas. Neste caso, porém, os juros foram mantidos em 5% ao ano para a safra 2024/25. Empresas e cooperativas As linhas do Pronaf destinadas às empresas e cooperativas da agricultura familiar terão juros mantidos em 6% ao ano no Plano Safra 2024/25, mas com aumento do limite de financiamento. No caso do Pronaf Industrialização, o empreendimento familiar rural terá limite aumentado de R$ 210 milhões para R$ 250 mil. As cooperativas únicas terão R$ 33 milhões, ante R$ 30 na safra passada. As cooperativas centrais terão teto de financiamento aumentado de R$ 50 milhões para R$ 55 milhões. O limite individual para cooperado ou cooperado passará de R$ 60 mil para R$ 75 mil. Em todas as categorias, o prazo de reembolso é de 12 meses. No Pronaf Agroindústria, os investimentos de pessoas físicas terão o limite mantido em R$ 210 mil. As empresas familiares terão teto de R$ 450 mil ante R$ 420 mil do ciclo 2023/24. As cooperativas passarão de R$ 45 milhões para R$ 50 milhões. Em relação ao Pronaf Cotas-Partes, o limite para pessoas físicas passará de R$ 60 mil para R$ 75 mil. O das cooperativas passará de R$ 50 milhões para R$ 55 milhões. Outras linhas Também foi criada uma linha no Mais Alimentos para regularização fundiária de imóveis rurais, com limite de crédito de R$ 10 mil e juros de 6% ao ano. Para suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura e fruticultura, habitação rural e outros investimentos, as taxas de juros também foram mantidas em 6% ao ano, com aumento dos limites de financiamento para R$ 450 mil, R$ 80 mil e R$ 250 mil , respectivamente. As linhas do Pronaf Mulheres, Jovens, Semiárido, Florestal, Bioeconomia e Agroecologia terão queda de juros, de 4% para 3% ao ano para a safra 2024/25 com aumentos nos limites de crédito. Na linha Pronaf Mulher, para produtoras com renda familiar bruta de até R$ 100 mil, o limite foi dobrado, passando de R$ 25 mil para R$ 50 mil. Agroecologia O Ministério do Desenvolvimento Agrário quis destacar a produção orgânica, agroecológica e os produtos da sociobiodiversidade no Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/25. Os juros para cobrir esses itens serão de 2% ao ano por meio do Pronaf. Além de oferecer as menores taxas fora do microcrédito, o Ministério do Desenvolvimento Agrário também ampliou a lista de produtos da sociobiodiversidade que serão contemplados pelas taxas reduzidas, como o caju do cerrado, o cajá e o umbu. “Temos que aproveitar essa janela e estimular a transição agroecológica”, disse o ministro Paulo Teixeira. Microcrédito O microcrédito produtivo rural terá taxas de juros de 0,5% a 1,5% ao ano, com limite de crédito maior nas linhas do Plano Safra 24/25. O investimento de assentados da reforma agrária, beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário e do Programa de Cadastro e Regularização Fundiária, povos indígenas e comunidades quilombolas por meio da linha de crédito Pronaf A terá juros de 0,5% e limite ampliado de R$ 40 mil para R$ 50 mil. O prazo de reembolso é de 10 anos com três anos de carência e bônus de conformidade de 40%. O custo desse mesmo público por meio do Pronaf A/C terá juros de 1,5%, com limite aumentado de R$ 12 mil para R$ 20 mil. O período de reembolso varia de 1 a 2 anos. A renda bruta dos beneficiários elegíveis ao Pronaf B passou de R$ 40 mil para R$ 50 mil. As operações de custeio e investimentos terão juros de 0,5% nesta categoria. O limite de crédito para famílias com acesso ao Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) foi elevado de R$ 10 mil para R$ 12 mil. No caso das mulheres, o teto passou de R$ 12 mil para R$ 15 mil. O Ministério do Desenvolvimento Agrário também incluiu um limite para jovens, de R$ 8 mil. Os produtores das regiões da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) têm limite de R$ 4 mil, sem PNMPO. O prazo de reembolso é de 3 anos no caso de investimentos e de 1 a 2 anos para custos. O bônus de pagamento é de 25% em geral e de 40% para produtores das áreas Sudene e Sudam.
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