Pix por aproximação deve ter ‘impacto brutal’ na experiência do cliente, segundo presidente do Itaú | Tecnologia

Ele lembrou que o uso do Pix para pagamentos no comércio ainda apresenta alguns atritos, como o cliente inserir dados errados na chave Pix ou até riscos de fraude com o QR Code que o estabelecimento oferece. “O Pix por contato, com o uso de carteiras digitais, trará uma mudança brutal na experiência do cliente, até mesmo no quesito segurança.”

Durante a coletiva de imprensa, Maluhy afirmou ainda que o banco está muito animado com os resultados iniciais do “superapp”, lançado no mês passado. “Isso nos incentiva a acelerar o processo de migração de clientes”, disse ele.

Segundo ele, o plano inicial era migrar 2,5 milhões de clientes para o “superapp” até o final do ano, mas a sensação é de que esse ritmo pode ser duplicado.

O banco está fundindo seis aplicativos diferentes no app principal, trazendo “para dentro” 15 milhões de clientes que atualmente não têm acesso a uma gama completa de produtos e serviços. O plano é migrar essa base até o final de 2025, mas esse prazo máximo pode ser antecipado, dependendo da adesão. O projeto se chama “One Itaú”.

Maluhy comentou ainda que a queda nas receitas da conta corrente observada no segundo trimestre é, em grande parte, explicada pela isenção tarifária adotada para apoiar os clientes do Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas. “Dois terços da queda se devem à isenção que fizemos para clientes pessoas físicas e jurídicas no Rio Grande do Sul”, afirmou durante a apresentação dos resultados do segundo trimestre.

No período, as receitas em conta corrente totalizaram R$ 1,6 bilhão, queda de 4,1% no trimestre e de 6,8% em 12 meses.

Maluhy afirmou ainda que a margem financeira da instituição “é muito menos sensível às taxas de juros do que muitos analistas imaginam”. “Temos capacidade de administrar todos os fatores de risco do conglomerado e navegar por ciclos de maior volatilidade nas taxas de juros com um grau de sensibilidade ao CDI muito menor do que muitos imaginam”, afirmou.

Questionado sobre o crescimento da margem de mercado no segundo trimestre, o executivo afirmou que há uma componente de consistência e outra “de algumas posições específicas” que encontraram no período. Sobre possíveis avanços internacionais, Maluhy afirmou que não prevê “nenhuma movimentação relevante fora do Brasil”. “A tributação dificulta novas alocações de capital.”