O relatório preliminar sobre a queda do avião Voepass em Vinhedo (SP), no mês passado, mostra que os pilotos do avião comentaram problemas no sistema antigelo no início da viagem. O documento, divulgado hoje pelo Centro de Pesquisa e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), também mostrou que as condições meteorológicas indicavam “gelo severo” na rota.
No dia 9 de agosto, o avião, um ATR-72, decolou da cidade de Cascavel, no interior do Paraná, em direção a Guarulhos, em São Paulo. Em Vinhedo, o avião caiu de mais de 4 mil metros, matando todas as 62 pessoas a bordo.
“A tripulação comentou falhas no sistema de wing boot (borrachas que inflam para quebrar o gelo acumulado)”, disse o tenente-coronel Paulo Mendes Fróes.
“Foi previsto gelo severo na rota e a formação de gelo foi prevista entre 12.000 pés e 21.000 pés. Essas informações meteorológicas estavam disponíveis via internet”, acrescentou.
As gravações da caixa preta também mostraram que o copiloto da aeronave comentou “muito gelo” dois minutos antes do acidente, explica Fróes.
O relatório preliminar mostrou ainda que o avião voou por alguns minutos com o alerta de gelo, mas sem acionar o sistema de desagregação.
Segundo a investigação, a aeronave estava apta para o voo.
“A aeronave, no momento da decolagem de Cascavel, no dia 9, estava em condições de aeronavegabilidade de acordo com os padrões exigidos pela Agência Nacional de Aviação Civil. A última revisão foi concluída em 24 de junho de 2023. Quando falamos da última revisão, queremos dizer que foi a última intervenção de manutenção de forma significativa”, declarou Fróes.
Chefe do Cenipa, brigadeiro Marcelo Moreno afirmou que a investigação do órgão visa aumentar a segurança na aviação civil e não tem finalidade punitiva.
“Nosso compromisso com a sociedade é conduzir investigações independentes, transparentes, responsáveis e confiáveis. Tudo para dar segurança no transporte aéreo da nossa sociedade”, disse Moreno.
Após a divulgação do relatório, o Cenipa não descarta que o sistema antigelo não tenha sido mais acionado por decisão humana, mas que a investigação ainda vai esclarecer o que levou a aeronave a ter o aparelho desligado apesar do aviso no painel.
“As linhas de investigação do Cenipa não descartam nada. Quando conversamos, vamos pesquisar alguns outros componentes, temos a capacidade de fazer isso, de extrair memórias não voadoras de outros componentes para que possamos ver se o sistema estava realmente funcionando em detrimento daquele botão estar funcionando ou não. . Isto não é descartável. Esses são os próximos passos da investigação”, explicou o Tenente-Coronel Paulo Mendes Fróes.
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