O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, principal indicador do crescimento econômico, subiu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Greografia e Estatística (IBGE).
O número ficou acima da mediana das expectativas das 80 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Valor Data, que apontavam crescimento de 0,9%. O leque de projeções, porém, era amplo e variava de um aumento de 0,4% a um aumento de 1,5%.
Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,9 trilhões no segundo trimestre de 2024. Em relação ao segundo trimestre de 2023, o PIB aumentou 3,3%. Nessa base de comparação, a mediana das 74 casas apresentou aumento de 2,6%.
O que o mercado está de olho?
Primeiro, é preciso entender que o PIB dá ao mercado uma pista sobre a força da atividade local nos últimos meses. Neste momento, os investidores estão a olhar especialmente de perto para dados que poderão transformar-se em inflação. Isso porque a forte atividade traz consigo mais pressões inflacionárias, que é justamente o que preocupa o Banco Central nos últimos tempos.
Os dados ganham ainda mais importância neste momento em que os economistas estão recalibrando suas expectativas especialmente em relação à inflação e, claro, à Selic. Afinal, o Banco Central tem dado cada vez mais sinais de que a taxa básica de juros retornará à trajetória de alta para conter um possível avanço inflacionário.
Os últimos dados do IPCA (indicador oficial de inflação do país) mostraram que o índice voltou a acelerar em julho e atingiu o maior nível para o mês desde 2021. Em 12 meses, o índice acelerou para 4,5%, justamente o limite da meta traçada pelo governo. O centro da meta de inflação do Banco Central para este ano é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O IPCA-15, por sua vez, apresentou desaceleração na última leitura. O mesmo aconteceu com o Agosto IGP-M. Mas os dados que mostraram uma desaceleração da inflação ainda não foram suficientes para trazer alívio, como apontou Roberto Campos Neto, presidente do BC. E o futuro presidente do município, Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária, que tomará posse no final do ano, também tem dado sinais de ser a favor da subida das taxas de juro.
Para completar, dados de emprego econômico (uma das preocupações mais latentes do BC) continuam mostrando que a atividade continua forte e, portanto, as pressões inflacionárias continuam. Com isso, a tendência é que o Banco Central adote a postura de que “é melhor prevenir do que remediar” e aumente os juros na reunião da próxima semana.
- Leia também: Forte mercado de trabalho no Brasil preocupa Banco Central. Mas por que?
Como ficam a bolsa e a Selic?
Com uma atividade mais forte, portanto, o Banco Central pode utilizar mais juros para que isso não se converta em mais inflação. E, se as taxas de juro aumentarem, a rentabilidade dos activos de rendimento fixo também aumenta. Afinal, muitos deles têm o rendimento atrelado à Selic.
Se a renda fixa ganhar força, é possível esperar que o mercado de ações perca. Mas, segundo analistas, isso pode não acontecer com o Ibovespa.
Alguns especialistas afirmam que o corte nas taxas de juros que deverá ocorrer nos Estados Unidos na próxima semana poderá ajudar o mercado acionário brasileiro. Tal como um aumento nas taxas de juro favorece o rendimento fixo e penaliza o mercado bolsista, um corte nas taxas de juro faz o oposto. Isto significa, então, que o apetite ao risco dos investidores deverá aumentar, à medida que a rentabilidade da renda fixa americana deverá diminuir. E, segundo analistas, o Brasil parece um bom destino para os “Gringos”. Afinal, trata-se de um mercado grande e líquido, com uma economia que vai bem.
Outro ponto importante, segundo analistas, é que um aumento nas taxas de juros agora no Brasil poderia trazer um sinal positivo ao mercado. Isso porque daria origem à ideia de que o Banco Central está realmente empenhado no combate à inflação, a ponto de antecipar um movimento para evitar que ela volte, o que poderia gerar mais confiança externa no mercado brasileiro.
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