A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (26) o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sob acusação de insultar o presidente Lula (PT) por tê-lo chamado de “ladrão” durante discurso na sede da ONU em novembro de 2023.
A denúncia é assinada pelo vice-procurador-geral Hindemburgo Chateaubriand. Na peça, a PGR destaca que o suposto crime de insulto à honra do presidente foi confirmado pelo parlamentar ao ser intimado a prestar depoimento no inquérito aberto após a divulgação do episódio, no ano passado.
Nikolas discursava na 5ª Cúpula Transatlântica, ligada a movimentos conservadores, e disse que personalidades como Greta Thunberg e Leonardo Di Caprio, ligados às questões ambientais, teriam apoiado Lula nas eleições de 2022. O evento aconteceu na ONU, mas não tem relação com o órgão internacional.
“E isso se encaixa perfeitamente com Greta e Leonardo Di Caprio, por exemplo, que apoiaram o nosso presidente socialista, chamado Lula, um ladrão que deveria estar preso”, disse.
Após a denúncia, o parlamentar afirmou, nas redes sociais, que a declaração ocorreu em evento para o qual foi convidado como deputado federal autorizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e que o o discurso estaria amparado pela imunidade parlamentar, prevista na Constituição.
A investigação foi aberta a pedido do presidente. No momento do ocorrido, Lula entrou em contato com o Ministério da Justiça, que solicitou à PF a abertura de investigação. Nestes casos, a corporação tem que atender às solicitações do departamento, e a investigação foi aberta em janeiro deste ano.
O discurso de Nikolas Ferreira foi proferido no dia 17 de novembro de 2023 e está disponível até hoje em suas postagens nas redes sociais. Para a PGR, este facto indica que o crime de insulto à honra seria perpetuado.
Junto com a denúncia, a PGR apresentou pedido para que os vídeos com falas de Nikolas ofendendo Lula sejam retirados do ar pelo X (antigo Twitter), Instagram, YouTube e TikTok, mas que seu conteúdo seja preservado e enviado ao STF.
No pedido, o procurador afirma que as declarações não seriam abrangidas pela imunidade parlamentar e que, portanto, seriam provas de crime.
“No caso do caso, não houve, no âmbito da referência depreciativa feita pelo arguido ao Presidente da República, qualquer correlação possível com o exercício do mandato parlamentar. honra da vítima”, argumenta o órgão na manifestação.
O primeiro pedido da denúncia é que seja realizada audiência com Nikolas para discutir a possibilidade de acordo criminal, ou seja, acordo com o Ministério Público para que seja negociada pena alternativa, como pagamento de multa, evitando a abertura de uma ação criminosa.
Caso o acordo não seja aceito, a PGR defende a abertura de processo penal e que Nikolas seja julgado pelo Supremo. Agora, cabe ao ministro Luiz Fux, relator do caso, analisar quais medidas deverão ser adotadas.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo