A Polícia Federal (PF) deverá concluir em breve o consulta de joias e enviar o relatório final da investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
A expectativa é que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja indiciado no caso, que investiga a venda de joias e outros objetos de valor que foram recebidos como presentes oficiais durante o último governo. Pelas regras brasileiras, esses itens deveriam ter sido incorporados ao acervo do Estado.
A investigação também atinge outras pessoas próximas a Bolsonaro, como o tenente-coronel Mauro Cidex-assessor de ordem da Presidência e seu pai, Mauro Lourena Cidque é um general aposentado do Exército.
Mauro Cid foi um dos homens de confiança de Bolsonaro durante seu mandato. Após ser preso na investigação do esquema de fraude com cartão de vacina, ele decidiu fechar acordo de delação premiada com a PF.
A investigação do caso das joias começou em março do ano passado, depois que o jornal O Estado de S. Paulo revelou que, em outubro de 2021, membros do governo Bolsonaro tentaram entrar ilegalmente no Brasil com um kit entregue pelo governo da Arábia Saudita que continha peças cravejadas de diamantes.
O pacote ficou com um assessor do então Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Na época, o próprio ministro tentou convencer os agentes a liberarem os diamantes.
Com base nessas informações, a PF instaurou investigação e, em agosto de 2023, acionou o Operação Lucas 12:2que tinha como alvo o pai de Mauro Cid e outros personagens, como o advogado Frederico Wassef e o tenente Osmar Crivelattique também fez parte da equipe presidencial de Bolsonaro.
As investigações mostraram que foi montado um esquema para vender joias, relógios, esculturas e outros objetos valiosos nos Estados Unidos. Na época das transações, Lourena Cid chefiava o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami.
Recentemente, a PF descobriu a existência de uma nova joia, após realizar investigações nos EUA. No mês passado, Mauro Cid e seu pai foram chamados para prestar depoimento sobre o assunto.
Em março, a PF indiciou Bolsonaro, Mauro Cid e outras 15 pessoas no caso que investiga falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19. A Procuradoria-Geral da República (PGR), porém, pediu o aprofundamento das investigações. Nesta quinta-feira (4), foi lançada uma nova operação, com foco em nomes ligados a Duque de Caxias, como o ex-prefeito Washington Reis e a secretária de Saúde do município, Célia Serrano.
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