O Polícia Federal (PF) lançou a operação “Teatro Invisível”, que investiga suposta organização criminosa que atua desde 2016 e que influenciou pelo menos três eleições municipais no Estado de Rio de Janeiro.
Em nota, a PF afirma que uma das ações da suposta organização criminosa envolveu a contratação de atores para disseminar informações falsas. Essas pessoas recebiam R$ 2 mil por mês para exercer essa função, segundo as investigações.
Os coordenadores do empreendimento criminoso recebiam mais, cerca de R$ 5 mil por mês, segundo a PF. Alguns foram contratados pelas prefeituras durante as eleições municipais.
No ano eleitoral, quando o esquema entrou em vigor, os coordenadores foram demitidos de seus cargos e substituídos por “laranjas” – possíveis funcionários fantasmas – para manter o “direito” sobre eles, detalhou a PF no comunicado.
Na ação desta quinta estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também foi ordenado o congelamento judicial dos bens dos investigados, no valor total de R$ 1 milhão para cada pessoa investigada, detalhou a PF.
Esquema ‘sofisticado e lucrativo’
Segundo as investigações, a organização criminosa desenvolveu um esquema “sofisticado e rentável” baseado na contratação de pessoas com o objetivo de influenciar o processo eleitoral em diversos municípios do Estado de Rio de Janeiro.
Os empreiteiros, segundo a PF, após receberem instruções dos coordenadores sobre a disseminação de notícias falsas sobre determinado candidato a prefeito, passaram a circular diariamente pelo município alvo.
Isso foi feito com os supostos criminosos se infiltrando em locais com aglomeração de pessoas como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados. A ideia era difundir, entre os eleitores, declarações falsas sobre determinado candidato ao cargo de prefeito, com o objetivo de beneficiar o candidato para quem havia sido contratado o serviço criminal.
Além disso, segundo a PF, a “campanha” de propaganda criminosa teve um processo de medição de resultados incluído em seu planejamento, por meio da elaboração de relatórios diários de atividades.
Esses relatórios incluíam especificações sobre o número de eleitores abordados por dia, o número de eleitores de cada candidato e o número total de eleitores convertidos para o candidato beneficiado pelo esquema criminoso, informou a PF.
No comunicado, a PF detalhou que os autores dos fatos são investigados por organização criminosa, desvio de servidores para trabalhar no grupo criminoso, utilização de “golpistas” para contornar incompatibilidades com o exercício de funções públicas, lavagem de dinheiro, ilegalidade constrangimento dos servidores públicos (assédio eleitoral), bem como os tipos de infrações penais vinculadas à divulgação de notícias falsas e/ou desinformação, previstas no Código Eleitoral.
Além disso, embora a organização criminosa concentre suas operações e seus integrantes residam principalmente no município de São João de Meritina região metropolitana do Rio de Janeiro, a PF informou que ficou comprovado, por meio de investigações, que o esquema criminoso foi contratado e exportado para pelo menos outras dez cidades do estado.
A investigação foi conduzida pela Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais (DRCE) e pelo Gabinete de Direitos Humanos e Defesa Institucional (DELINST) da PF no Rio de Janeiro, contando também com o apoio do Ministério Público Eleitoral, detalhou a PF.
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