Depois de “nascer” na sandbox, o ambiente regulatório experimental criado por Comissão de Valores Mobiliários (CVM)o tokenização de ativos no mercado de capitais deverá dar novos passos na segunda fase do projeto piloto do Drex, a plataforma digital real.
Apesar de ainda não ter um cronograma definido, as possibilidades entusiasmam os participantes do mercado. Mas o que isso significa para os investidores?
A segunda fase do piloto Drex foi anunciada em maio pela Banco Central com o objetivo de “incorporar novas funcionalidades e realizar novos testes, promovendo a evolução e maturação do plataforma destinada a tokenizar o real”. É nesse programa que a CVM participará, observando o cumprimento dos aspectos regulatórios que devem ser observados nos casos de ativos classificados como valores mobiliários.
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“O sandbox regulatório demonstrou que o interesse na tokenização não estava apenas na emissão, na possibilidade de captação pública, mas em ter a possibilidade de transacionar ativos. Todos os projetos aprovados tiveram esse viés secundário. Então vamos testar os ativos que estão sob o guarda-chuva da CVM no ambiente Drex”, disse Antônio Carlos Berwanger, superintendente de Desenvolvimento de Mercado, CVMdurante o evento Finanças do Amanhã.
Dentro do sandbox da CVM, FIDCs já foram tokenizados e colocados no mercado (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e debêntures. Mas o leque de opções pode ser muito maior.
Segundo Berwanger, a definição de quais novos ativos poderão ser tokenizados sairá em breve do Banco Central. A CVM recebeu propostas de 16 consórcios participantes do pilotoe entre eles estão grandes bancos, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santanderalém de cooperativas de crédito e empresas de criptoativos.
Para Jihane Halabiadvogado especializado em direito digital e regulação bancária e de pagamentos e sócio fundador da Advogados de Halabia sinalização de testes com outros ativos na segunda fase não era esperada pelo mercado, mas é positiva para o país.
“A economia tokenizada só será possível com a união dos mercados financeiro e de capitais. A partir do momento em que um projeto de BC possibilita a cooperação, é uma demonstração de que ambos os agentes estão preocupados em criar a economia do futuro”, destacou Halabi.
Renato Gomesdiretor de Organização do Sistema Financeiro do AC, destaca que um dos ganhos dos processos de tokenização é a redução de “atritos”, como diferentes sistemas e prazos de liquidação, falta de sincronicidade e grande número de intermediários envolvidos na mesma emissão e negociação de ativos.
Com a tokenização, todas as etapas que envolvem o lançamento, negociação e liquidação de um ativo financeiro ou de valores mobiliários são descritas e realizadas por um contrato inteligente, o contratos inteligentes.
“A programação e execução automática de contratos reduz as margens para a existência de intermediários. Muitos modelos de negócios surgirão nesta base. Um deles será o provedor de liquidez”disse Gomes.
Reinaldo Rabelopresidente de MBendossa a visão de que o processo de integração entre a CVM e a plataforma Drex abrirá oportunidades para empresas do setor.
“Não há dúvida de que a tokenização favorece emissores e administradores e os testes no Drex beneficiarão empresas de criptoativos. O intermediário sempre existirá, pois nem todas as empresas do setor vão querer se especializar em todos os aspectos que envolvem a tokenização. E a regulamentação, quando bem feita, não atrapalha”, disse Rabelo.
Ele argumenta ainda que a tokenização permite uma melhor compreensão dos riscos das operações. “Muitas vezes, quando os investidores compram títulos de renda fixa, como LCI, LCA e CRI, compram sem saber exatamente o que representam.”
O anúncio da participação da CVM em processos de tokenização dentro da Drex é acompanhado de diversos desafios regulatórios.
Um deles são negociações ininterruptas. No mercado de criptoativos o mercado não fecha, eles funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. No mercado tradicional há dias e horários para começar e terminar negociaçõesnum período em que a liquidez está concentrada. “Com os ativos tokenizados tradicionais, como garantir a liquidez durante as negociações? Quais são os ganhos da negociação durante a noite: Teremos liquidez significativa?”, questiona Berwanger.
As questões de adequação (nome dado ao teste para avaliar o perfil do investidor e ver qual investimento é adequado para ele) e os riscos de práticas inadequadas por parte das operadoras também estão no radar.
Outro aspecto é que o processo de A tokenização de ativos permite que um ativo seja fracionado. E, a partir daí, diferentes pessoas podem comprar por um preço mais acessível.
Berwanger considera que esta parece ser uma opção promissora para trazer mais investidores para o mercado de capitais, mas com algumas implicações, incluindo a definição do poder de voto nas assembleias gerais. “Há questões legais e regulatórias a serem abordadas nesse sentido. É um desafio, mas acho que é superável. A tecnologia nos apresenta soluções, mas também nos traz novos problemas”, afirmou.
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