Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, descobriram que o dispositivo pode controlar o movimento durante o dia e a insônia à noite Representação do dispositivo usado nos dois estudos Reprodução/Phillp Starr Lab O marca-passo cerebral combinado com a abordagem adaptativa de estimulação cerebral profunda (ou aDBS ) que utiliza inteligência artificial (IA), mostrou resultados positivos no tratamento de problemas de movimento e insônia em pessoas com Parkinson. Dois estudos realizados por pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia, em São Francisco, mostraram evidências a favor do aparelho. No primeiro estudo, publicado nesta terça-feira (19) na revista científica Nature Medicine, mostrou que a nova tecnologia, que utiliza sinais cerebrais, reduziu em 50% os sintomas desconfortáveis dos participantes da pesquisa. O marcapasso usa métodos derivados de inteligência artificial (IA) para monitorar a atividade cerebral do paciente em busca de alterações nos sintomas. Assim, com um mecanismo de feedback contínuo, pode reduzir os sintomas assim que surgem. Isso significa que os estímulos diários são ajustados, o que facilita a rotina das pessoas com Parkinson. Nesta pesquisa, a equipe comparou essa tecnologia com um implante cerebral conhecido como constante (ou cDBS). Os pesquisadores realizaram um ensaio clínico com quatro pessoas para avaliar o funcionamento da abordagem durante a rotina do paciente. “Tem havido muito interesse em melhorar a terapia DBS, tornando-a adaptável e auto-regulada, mas só recentemente as ferramentas e métodos certos foram disponibilizados para permitir que as pessoas a utilizassem a longo prazo nas suas casas”, disse Philip Starr, professor de cirurgia neurológica. da Cátedra Dolores Cakebread, codiretora da Clínica de Distúrbios do Movimento e Neuromodulação da UCSF e uma das principais autoras do estudo, em comunicado. O segundo, publicado no início deste ano, concluiu que a ECP adaptativa tem o potencial de aliviar a insônia que aflige muitos pacientes com Parkinson. “A grande mudança que fizemos com o DBS adaptativo é que podemos detectar, em tempo real, onde um paciente está no espectro de sintomas e combinar isso com a quantidade exata de estimulação que ele precisa”, disse Little, professor associado de neurologia. . e autor sênior de ambos os estudos. Tanto Little quanto Starr são membros do Instituto Weill de Neurociências da UCSF. Prós e contras Os principais benefícios, segundo os pesquisadores, são porque a quantidade de medicamentos necessária e as oscilações dos sintomas são reduzidas. Por outro lado, o dispositivo também pode compensar ou subcompensar, fazendo com que os sintomas oscilem de um extremo ao outro durante o dia. Com base nessas descobertas, novas pesquisas poderão desenvolver novos tratamentos utilizando essa tecnologia para diferentes distúrbios neurológicos. “Vemos que isto tem um impacto profundo nos pacientes, com potencial não só para a doença de Parkinson, mas provavelmente também para condições psiquiátricas como depressão e transtorno obsessivo-compulsivo. Estamos no início de uma nova era de terapias de neuroestimulação”, conclui Starr.
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