O segundo trimestre trouxe queda de 1 ponto percentual na taxa de vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo, em relação ao primeiro trimestre, segundo as consultorias imobiliárias JLL e Colliers, que identificaram que 22% dos espaços dessa categoria no cidade estão vazias.
A queda é maior, 3,5 pontos percentuais para a JLL e 2 pontos para a Colliers, quando a comparação é feita com o segundo trimestre de 2023.
A absorção líquida do trimestre, que mostra o saldo entre espaços alugados e devolvidos, foi positiva em 65,8 mil metros quadrados, segundo a JLL. É o dobro do registado nos primeiros três meses do ano. “Observamos uma redução no número de áreas devolvidas”, diz Matsuyama.
Há menos edifícios de escritórios novos sendo alugados na cidade, o que também ajudou a reduzir a vacância. A JLL identificou 38,6 mil metros quadrados entregues no primeiro semestre, muito menos, proporcionalmente, aos 206,2 mil metros quadrados que entraram no mercado ao longo do ano passado.
Yara Matsuyama, diretora da divisão de escritórios da JLL, afirma que um volume maior de entregas só deverá ocorrer em 2025, quando três prédios deverão trazer 198 mil novos metros quadrados para a cidade, o que pode comprometer a atual tendência de queda nas taxas de vacância.
A Colliers também prevê mais 100 mil metros quadrados de novo estoque até o final do ano, principalmente nas regiões da Barra Funda, Chácara Santo Antônio, Itaim Bibi, Paulista, Pinheiros e Rebouças.
As novas locações na Barra Funda e Rebouças, regiões que não são consideradas “primárias” da cidade, superaram os retornos, em 8 mil e 6,5 mil metros quadrados, segundo a JLL. Para Matsuyama, isso é um sinal de que o mercado de escritórios está recuperando força.
Os maiores aluguéis do segundo trimestre foram realizados por empresas dos setores de aviação, publicidade e tecnologia.
O preço pedido para locação de escritórios de alto padrão subiu na cidade no último trimestre. Para os Colliers, passou de R$ 96 para R$ 99. Para a JLL, o movimento foi semelhante, passando de R$ 94,8 para R$ 99,95. A região com preço mais alto é o Itaim Bibi, com metro quadrado alugado por R$ 311 ou R$ 303.
Os escritórios de alto padrão mais baratos ficam na Marginal Sul, segundo a JLL, e cobram R$ 38 por metro quadrado. Para os Colliers, a região mais barata é Santo Amaro, onde o metrô custa R$ 27, em média.
Os dados do valor do arrendamento referem-se a ativos que estão disponíveis para serem ocupados. A consultora SiiLA lançou neste trimestre um novo indicador que inclui também o preço dos edifícios já ocupados.
Segundo Giancarlo Nicastro, CEO da empresa, o indicador de valor de mercado permite uma visão mais precisa do preço do imóvel, pois um proprietário pode pedir algo muito acima ou abaixo do preço da região e, assim, afetar toda a média para a área.
O Itaim Bibi também aparece como a região com preço mais alto, segundo o novo indicador, com média de R$ 307,12 por metro quadrado. A segunda região mais cara é a Faria Lima, com R$ 237,5.
Mesmo com o valor elevado, em ambos os casos o preço pedido pelo aluguel é ainda maior, com diferenças de 1,88% e 3,85%. A maior discrepância entre o valor de mercado e o preço pedido de aluguel ocorre na Avenida Juscelino Kubitschek, de 11,5%.
Observamos uma redução no número de áreas devolvidas”
-Yara Matsuyama
Nicastro afirma que será mais comum encontrar regiões com preço pedido superior ao valor de mercado, já que o setor imobiliário costuma negociar preços. Porém, algumas áreas podem ter preços pedidos inferiores ao valor real dos imóveis, como ocorreu no segundo trimestre na região da Berrini, que teve preço pedido 4,9% inferior ao valor de mercado.
“A Berrini tem boa localização, mas ativos mais antigos em comparação com Chucri Zaidan e Faria Lima, regiões muito próximas”, diz Nicastro.
Ele avalia que o segundo trimestre foi “forte” na cidade para escritórios, o que atribui às empresas “restringindo cada vez mais o modelo híbrido”.
A SiiLA prevê uma taxa de vacância de 19% na cidade no final do ano. O que pode atrapalhar essa projeção, pelo menos temporariamente, é a situação da WeWork, empresa de escritórios compartilhados que é a segunda maior locadora de imóveis corporativos da cidade, atrás apenas do banco Santander.
Segundo reportagem publicada no dia 16 no Gasodutosite comercial de Valor, a empresa atrasou o aluguel de alguns espaços que ocupa, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Essas áreas pertencem a diversos fundos de investimento imobiliário (FII). Pelo menos nove já relataram atrasos.
A SiiLA estima que no pior cenário, de entrega de todos os escritórios alugados pela empresa, a taxa de vacância em São Paulo subiria 1,4 ponto percentual. Porém, Nicastro não aposta nisso. “Acredito que a WeWork não vai fechar, mas provavelmente deverá ficar em regiões mais rentáveis e retornar outras”, afirma.
Matsuyama avalia que alguns prédios ocupados pela empresa podem sofrer mais, já que a WeWork tem estratégia de ocupar grandes áreas em cada prédio. A JLL projeta, no pior cenário, um impacto de 2 pontos percentuais na taxa de vacância da cidade.
A WeWork foi abordada por Valor para falar sobre o assunto, mas só voltou no final da edição. A empresa está em recuperação judicial nos Estados Unidos. Na América Latina, atua por meio de joint venture com o SoftBank.
consignado para servidor público
empréstimo pessoal banco pan
simulador emprestimo aposentado caixa
renovação emprestimo consignado
empréstimo com desconto em folha para assalariado
banco itau emprestimo